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Tulipa Ruiz lança o álbum “TU”

Tulipa Ruiz lança o álbum “TU”

Em tempos de excesso de informação, a cantora Tulipa Ruiz lança “TU”, seu manifesto artístico em prol da simplicidade. O álbum é composto por nove faixas, sendo cinco inéditas e quatro releituras executadas à moda acústica.

Com a participação do irmão Gustavo Ruiz (violão e produção), e de Stéphane San Juan (percussão), a proposta “nude” da obra traz um ar mais intimista às composições e ressalta a força das letras. O próprio título já carrega a ideia central, pois brinca com o sentido ambíguo entre o apelido da cantora e o pronome de tratamento, convidando o público a se confundir com a artista em um “eu” e “outro” de fronteiras diluídas. O que, inclusive, é representado pela própria ilustração da capa, na qual enxergamos tanto uma só cabeça quanto uma justaposição de duas, ainda que unidas pelo mesmo pescoço.

O novo álbum de Tulipa Rui foi gravado em Nova York, no estúdio de Scotty Hard, no Brooklyn

Por isso, apesar de parecer simples, o quarto trabalho da cantora tem uma sonoridade elaborada com diálogos entre percussão e violão que tendem a acentuar o canto. Por vezes, esse recurso tem o efeito de contrariar a expectativa do ouvinte, exigindo, assim, mais atenção às sutilezas. Um exemplo está na faixa-título, embalada por um ritmo apressado que estanca toda vez que o “tu” é dito, interrompendo o fluxo dos instrumentos por um breve momento e prosseguindo com um jogo sonoro de sílabas iguais em palavras diferentes (aliterações).

IMS recebe exposição de Chichico Alkmim

IMS recebe exposição de Chichico Alkmim

Com estreia no dia 23 de janeiro, o IMS, localizado na Avenida Paulista, 2424, exibirá a mostra que reúne 300 imagens feitas por Francisco Augusto Alkmim (1886-1978), o Chichico. O fotógrafo mineiro autodidata foi responsável por compor um mosaico social de sua época na cidade de Diamantina; além de casamentos, batismos, velórios, festas tradicionais, eventos religiosos e a paisagem, ele fotografava a parcela mais pobre da população – o que não era um costume dos fotógrafos na época. Isso torna a obra de Alkmim ainda mais especial e um retrato fiel das primeiras décadas do século XX na região.

Maria Bernadette Alkmim, filha de Chichico Alkmim. Diamantina, MG, c. década de 1920

Em 1913, ele montou seu estúdio em Diamantina. Até então, Chichico era o único fotógrafo da cidade, e conseguiu capturar a transição entre modernização iniciada na prosperidade econômica e tradição da forte cultura local, registrando os eventos de lá até o início dos anos 1950.

Entre seus méritos, ele conseguiu extrair das pessoas expressões poéticas, em tom quase teatral, em uma época em que fotos eram posadas ao estilo do retrato familiar. Na exposição “Chichico, fotógrafo” você verá fotografias originais, objetos de seu laboratório e uma máquina de fole similar à utilizada por ele, em salas organizadas de acordo com as fases de seu trabalho.