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Sushiman Sassá comanda curso que completa vinte anos no Itaim

Sushiman Sassá comanda curso que completa vinte anos no Itaim

Você já pensou em colocar a mão na massa – no caso, no arroz japonês, em peixes e especiarias – para aprender a fazer sushis, o símbolo da refinada, deliciosa e cada vez mais amada cozinha japonesa? Pois essa possibilidade existe em São Paulo, a capital da gastronomia. E as vantagens são que o curso é aberto a qualquer pessoa, inclusive crianças, e as aulas acontecem sob a batuta de um expert no assunto, o sushiman Sassá.

À frente da Escola Sassá Sushi, dos restaurantes de mesmo nome, e do serviço de delivery – que entrega mais de doze mil pedidos por mês e foi eleito o Rei do Delivery pela revista Veja São Paulo –, Sassá confessa que ama mesmo o seu papel de professor. “Este ano a escola completa vinte anos e já certificou mais de quinze mil alunos. É muito gratificante poder passar esse conhecimento para pessoas dos mais diversos perfis e idades”, diz o sushiman, engenheiro têxtil que deixou a carreira movido por sua paixão pela culinária japonesa.

Ministrado por Sassá e os sushimen Dudu e Irã, o curso tem aulas com duração de três horas para até vinte alunos. No módulo básico, o uso dos utensílios e principais temperos, as dicas de corte do peixe, a melhor forma de cozinhar e enrolar o gohan (arroz japonês) e a elaboração de diferentes sushis, uramakis, temakis, hossomakis e sashimis fazem parte do programa.

Prestes a fazer vestibular de gastronomia, Camila Serodio Gianotti, de 18 anos, participou do curso em outubro. “A experiência foi incrível e além de tudo divertida. Não imaginava que havia tantos detalhes na elaboração do sushi. Agora, estou louca para fazer em casa”, ela diz. As aulas custam entre R$ 250 a R$ 450 e acontecem na unidade do Itaim, na Av. Horácio Lafer, 640, tel. 3078-4538.

Terapia do Oriente de Luiza Sato com técnicas para aliviar tensões

Terapia do Oriente de Luiza Sato com técnicas para aliviar tensões

Há 38 anos no mercado, a marca Luiza Sato é referência em shiatsu, técnica milenar japonesa que utiliza a pressão dos dedos para aliviar tensões.

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Shiatsu é uma terapia manual desenvolvida no Japão, no início do século XX, embora originária da China. Hoje é reconhecida pelo Ministério da Saúde e indicada para prevenir e tratar diversas doenças. A massagem shiatsu é utilizada, basicamente, no tratamento de perturbações específicas, como stress, enxaquecas, dores musculares no pescoço e costas, artrite, insônias, problemas digestivos e no alívio dos sintomas da TPM. Ela melhora a circulação sanguínea e desobstrui os meridianos energéticos espalhados pelo corpo. Fale com nossos terapeutas e agende seu horário. Pinheiros (55 11) 2804-9858 (55 11) 98897-1194 (WhatsApp) Vila Leopoldina (55 11) 2533-2102 (55 11) 95414-3030 (WhatsApp) #shiatsu #massagemshiatsu #massagem #bemestar #dornascostas #enxaqueca #insonia #insônia #terapiaoriental #shiatsuluizasato #luizasato

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EM UMA CASA na rua Costa Carvalho, no bairro paulistano de Pinheiros, fica instalada uma das clínicas de shiatsu Luiza Sato. Dentre as 21 unidades da marca em São Paulo, esta tem uma
diferença: as sócias, Yumi Teshirogi e Suely Kazue Funai, tiveram aulas da técnica oriental diretamente com Luiza Sato, a grande referência brasileira do shiatsu. As duas discípulas tornaram-se amigas e terapeutas de confiança da mestra e, treze anos atrás,
acabaram ganhando duas franquias, em Pinheiros e Vila Leopoldina.

Em uma cidade estressada como São Paulo, foi natural a popularização do shiatsu. Trata-se de uma terapia baseada na filosofia oriental que trabalha o equilíbrio por meio da manipulação das fibras musculares de um conjunto dos pontos corporais, os chamados meridianos. No entanto, o estilo desenvolvido por Luiza Sato se estende para além do tratamento energético, estimulando também os pontos fisiológicos, de acordo com as demandas do cliente. “Ao longo de uma sessão, nós passamos por todos os meridianos, mas se você está com dores pontuais, seja nos músculos, ligamentos ou articulações, nós sairemos dos meridianos para trabalhar sobre o local necessário, pois temos sabedoria para fazer isso”, explica Erika Yumi.

Na unidade Pinheiros, todas as terapeutas são formadas e treinadas pelas sócias. A maioria delas é japonesa ou descendente de orientais. E, além das mãos mágicas das massagistas e do escalda-pés que inicia a sessão do shiatsu, o local também faz parte da terapia: uma casa tranquila, com som ambiente, minijardins japoneses e o chão completamente forrado por tatames. Sim, lá é obrigatório tirar os sapatos para relaxar.

LUIZA SATO
Rua Costa Carvalho, 277, Pinheiros tel. 2804-9858

Rua Campo Grande, 459, tel. 2533-2102, Vila Leopoldina.

Cremosa Vinil completa um ano

Cremosa Vinil completa um ano

Da esquerda para a direita, Julia Weck , Rafa Jazz e Laura Mercy

O coletivo de DJs Cremosa Vinil completa um ano de vida com discotecagens feitas 100% em LPs para todo mundo dançar

Cremosa Vinil é um coletivo musical formado pelo trio Laura Mercy, Rafa Jazz e Julia Weck que abrange diferentes gêneros da black music, como jazz, soul, funk, boogie, disco, entre outros ritmos. Há um ano elas se revezam atrás das pick-ups discotecando músicas “cremosas”. “Eu tenho mais facilidade para caracterizar sons de forma sinestésica, pelo sabor, pela textura”, explica Laura, de 30 anos, formada em Relações Públicas. A cientista social Julia, de 26, completa: “Cremosa é a textura do som que escolhemos para tocar”. Elas dão alguns exemplos famosos: “Let’s get it on”, do Marvin Gaye, “Everybody loves the sunshine”, do Roy Ayers e “Rock with you”, do Michael Jackson.

Para um coletivo de apenas um ano, a trajetória das meninas já é de sucesso. A primeira grande apresentação que fizeram foi em janeiro deste ano, quando abriram o show do cantor americano Mayer Hawthorne, no Cine Joia, para mais de mil pessoas. “Muita gente nos procurou nas redes sociais para dizer que curtiu nosso som – mais até do que o show do Hawthorne. Foi um dia realmente mágico”, relembra Julia. Hoje integrantes do circuito Sesc e com uma agenda movimentada, elas sonham com o dia em que participarão de uma Boiler Room na Califórnia e com turnês em festivais de verão na Europa.

Em toda session, gravação ou festa que a Cremosa discoteca, cada uma delas leva cerca de 50 a 80 discos. Mesmo sendo um suporte mais pesado, trabalhoso de carregar pra lá e pra cá e restrito ao que já foi gravado em LP, elas não abrem exceção. “No vinil você precisa estar por perto caso a agulha pule, precisa virar o disco quando um dos lados chega ao fim, precisa interagir com as capas para escolher a faixa. É uma outra forma de se relacionar com a música, você acaba prestando muito mais atenção no que está ouvindo”, conta Rafa, de 31. “Eu tenho a loja de discos Casa Brasilis, gravo discos e integro a Cremosa, que discoteca com LPs, ou seja, eu vivo o disco de vinil!”.  Tanto Rafa Jazz, quanto Julia Weck e Laura Mercy dedicaram anos de vida à pesquisa musical. E foi esta paixão em comum pela música e pelos discos a responsável por formar esta bela equipe feminina atrás das pickups.

Sets da cremosa vinil em outubro

03/10 – Happy Hour no Terraço – Sesc Avenida Paulista

13/10 – Festival SP na rua – Palco Cremosa e prato do dia

17/10 – Happy Hour no Terraço – Sesc Avenida Paulista

Dira Paes revela suas opiniões sobre a nação

Dira Paes revela suas opiniões sobre a nação

Dira Paes, 2018

Um trem transbordando minérios passa por Marabá, município localizado na região sudeste do Pará. São tantos vagões que, olhando fixamente para um mesmo ponto do extenso modal, é possível observá-lo por longos minutos. O trem torna a aparecer de tempos em tempos, carregando mais minérios. Provavelmente o destino final desta carga é o Terminal de Ponta da Madeira, próximo ao Porto de Itaqui, no litoral do Maranhão. Nessa paisagem, além do trem repleto de matéria-prima para a produção de bens tecnológicos, há pessoas necessitadas, pedindo um saco de farinha que seja, para matar a fome.

Quem observou atentamente esta cena foi Dira Paes, a atriz brasileira cuja fama chegou de modo exponencial com as interpretações de Solineuza, em “A Diarista”, Norminha, em “Caminho das Índias”, Celeste, em “Amores Roubados”, Beatriz Raposo em “Velho Chico” e por aí segue a lista de atuações na TV e no cinema. “De onde está saindo essa matéria-prima? É inesgotável? Por que há gente passando fome diante destes vagões carregados de riqueza? Para mim esta cena é incongruente, lastimável”, desabafa, inquieta, a mãe e ativista de 49 anos.

Nascida em Abaetetuba, no Pará, Ecleidira Maria Fonseca Paes cresceu na capital do estado, em uma realidade extremamente privilegiada. “Eu aprendi a nadar nos igarapés (rios amazônicos), pude presenciar o movimento das águas, tive contato com sabores e cheiros brasileiros, com a poesia, com a prosa, com óperas”. Quando adolescente, ela queria ser engenheira, frequentar grandes obras, edificar construções. Mas aos quinze anos seu talento para a atuação foi descoberto pelo professor de literatura do colegial, que recomendou a aluna fazer o teste de elenco para participar de um filme que estava recrutando meninas com traços indígenas. Dentre centenas de garotas, ela foi escolhida para atuar na produção americana “Floresta das Esmeraldas” (1985). Com este trabalho – remunerado em dólar –, Dira conseguiu sua independência financeira e, depois de muito pensar, embrenhou-se na carreira de atriz, no Rio de Janeiro, com 17 anos.

Vivendo há décadas na Barra da Tijuca, Dira se cansou da tarja de “atriz paraense”. “Assim como não utilizam como principal característica das atrizes do Rio o fato delas serem do Sudeste, não quero ser definida sempre e primeiramente como atriz do Pará”. Ela explica: “Eu sou o Pará. Eu nasci lá, sou uma cabocla amazônica. Mas é preciso olhar para o nortista com um olhar de integração, não de regionalização. Sou uma atriz brasileira. O resto do país costuma enquadrar tudo e todos que vêm do Norte como ‘exótico’. Temos muito orgulho da nossa cultura, mas conectada a ela há muita modernidade, nós somos muito mais do que ‘o exótico’.”

AMARELO MANGA

Crescer em contato com a natureza amazônica proporcionou a Dira o que todo cidadão do mundo deveria ter: consciência ambiental. A atriz cresceu com o sonho de ter uma casa ecologicamente correta. “É uma tentativa de estar de acordo com as demandas do novo mundo, do novo tempo e do novo normal”. E ela conseguiu. Edificada em uma ilha na Barra da Tijuca, a atriz mandou construir uma casa do zero, com sistema de drenagem de água da chuva, coleta seletiva, energia solar e água de reuso para os vasos sanitários – coisa que pouca gente faz. Ela conta que o terreno na ilha foi um caso de paixão à primeira vista. “Coqueiros, mangueira, jabuticabeira, caramboleira, jaqueira, abacateiro, araçazeiro, pé de graviola, de pitanga, de acerola. Havia só árvores e mais nada”. Atualmente, em seu sítio urbano, há muitas outras árvores plantadas, além de sua delicada coleção viva de orquídeas.

https://www.instagram.com/p/BoMnsFNg4kX

“Me senti muito privilegiada por poder ter toda essa vegetação em casa. A relação com com a vitalidade da natureza é muito gratificante”. Dira relembra, inclusive, daqueles que ela considera os verdadeiros guardiões da floresta. “Temos muito a aprender com os índios do Brasil: a terra é a grande mãe e eles respeitam muito o fato de que ela nos dá tudo”. A crítica vem em seguida: “Os índios estão muito atentos ao que está acontecendo e lutam sozinhos, enquanto nós, ‘civilizados’, queremos continuamente destruir tudo – veja só o que aconteceu com a Mata Atlântica!”.

2 FILHOS

Nascida em uma família de sete filhos, na qual ninguém era privilegiado em relação ao outro, Dira é feliz por não ter tido filho único. Ela deu à luz Inácio, hoje com dez anos, e Martim, que este mês completa três. Uma das principais preocupações da atriz é ensinar os meninos que trabalhar é bom e faz bem, por isso fez questão de levá-los aos sets de todos os filmes que gravou este ano. “Todo mundo deveria levar os filhos ao trabalho ao menos uma vez na vida, pois eles precisam dimensionar a ausência dos pais”. Diariamente, a mãe-onça despede-se das crias com um sorriso no rosto, ao invés do tristonho clássico “a mamãe tem que trabalhar”.

Nas horas vagas, Dira brinca com os pequenos de esconde-esconde, de correr, de pular, de carrinho, de avião, de super herói. Nas férias escolares, no entanto, ela faz questão de levá-los para a Amazônia. Em razão destas visitas, Martim, o filho mais novo, acha normal comer maniçoba (feijoada amazônica feita com a folha da maniva triturada e cozida por seis dias) e tem como fruta preferida o taperebá – tanto o prato quanto a fruta são desconhecidos para muitos brasileiros.

Em viagem recente a Marabá, os dois aprenderam a dançar carimbó e marujada – e amaram. “Quero muito que eles carreguem esta identidade, pois tudo que é original, tudo que você sabe por experiência de vida, é muito mais genuíno. Ao invés de virar uma pessoa verbal, você vai se transformando em uma pessoa que conta as coisas através do corpo, das vivências”.

https://www.instagram.com/p/Bf8_HnPhRwn

PRÓXIMOS TRABALHOS

Na próxima novela das 19h, “Verão 90 Graus”, de Jorge Fernando e Isabel Oliveira, Dira será Janaína. A novela será uma celebração aos anos 1990, com sol, praia, música e humor. “As gerações de agora são os filhos dos anos 1990, então creio que muitos ficarão curiosos para saber como era a vida dos pais na juventude”.

Além da TV, a atriz atuou em três longas este ano, ainda sem previsão de lançamento: “Divino Amor”, de Gabriel Mascaro (diretor de Boi Neon), “Veneza”, de Miguel Falabella, e “Pureza”, de Renato Barbieri. “Estou muito feliz com estas produções, pois tive a chance de brincar com o colorido de três personagens bem diferentes entre si”. Em “Divino Amor”, ela será Joana, uma escriturária religiosa que tenta impedir que as pessoas se divorciem quando vão ao cartório. Em “Veneza”, será Rita, uma das meninas do Casa da Gringa (um bordel). E, por último, em “Pureza”, interpretará a personagem de nome homônimo. Baseado em uma história real, o filme retrata a vida de Dona Pureza, uma fazedora de tijolo e mãe de um filho que saiu de casa a fim de uma nova chance na vida e que não volta para casa. Preocupada, ela resolve sair pelo Brasil a procurá-lo e, nessa jornada, acaba deflagrando o trabalho escravo contemporâneo, fazendo as primeiras imagens desta atividade ilegal. “Eu me senti convocada para interpretar Pureza. É um marco para mim, um encontro de atriz e cidadã num mesmo lugar”.

HUMANOS DIREITOS

Apresentadora do “Criança Esperança” e diretora geral da ONG Humanos Direitos – movimento de pessoas públicas que buscam dar visibilidade a causas que não têm visibilidade –, desde pequena Dira se envolve com causas sociais. No colégio, fazia parte dos movimentos estudantis e já se preocupava com a Amazônia e as injustiças sociais que presenciava por lá.

https://www.instagram.com/p/BmBRS7UAI2G

“Eu sempre tive a preocupação de olhar para as pessoas que estão nos interiores do Brasil, pois de uma maneira ou de outra, nas cidades você tem visibilidade, e no interior não – isso em um país extremamente rural. Nós viramos as costas para o Brasil rural”. A ativista convida os leitores a estacionarem os olhares sobre as frutas de suas casas: “Provavelmente houve uma demanda muito grande de pessoas e mãos para estas frutas chegarem até a fruteira. É preciso valorizar as frutas e pensar sobre a origem de cada produto”.

ESTAMOS JUNTOS

“Acho que precisamos colocar mais mulheres na política, merecemos mais espaço”, responde Dira ao ser questionada sobre as eleições deste mês. Em segundo lugar, veio à cabeça da artista a questão do discurso político polarizado. “Tenho amigos que pensam diferente de mim, mas que querem as mesmas coisas que eu. Então vamos caminhar juntos?”

Quanto aos aspectos estruturais da política brasileira, ela reflete inconformada sobre os males quinhentistas da nação. “A corrupção é um dos grandes problemas do país, mas há corrupção no mundo todo, então não é possível que esta seja a única justificativa para o país não dar certo. Eu não tenho respostas, mas tento me desdobrar, pois tenho dois filhos e quero um Brasil melhor para eles”. Ela finaliza o tema com uma triste comparação: “Ora, a corrupção existe no Japão também, um país que consegue se recuperar de um tsunami em dois meses, enquanto nós não fomos capazes nem de terminar o metrô para a Copa e as Olimpíadas”. E emenda: “Se tivéssemos investido nas novas gerações com o mesmo ímpeto que nos preparamos para estes megaeventos, com certeza estaríamos colhendo muito mais frutos”.

https://www.instagram.com/p/BlWO1eSgQR2/

A GRANDE FAMÍLIA

Peregrinação do Círio de Nazaré, Belém do Pará. Logo pela manhã, no segundo domingo do mês de outubro, cerca de dois milhões de pessoas caminham juntas, em uma congregação de amor e paz, da Catedral da Sé até a Praça Nossa Senhora de Nazaré. Nestes dias, os bairros ficam tranquilos e existe um respeito divino entre todas as religiões presentes na cidade, que oram juntas. Quem descreve esta cena é, mais uma vez, Dira Paes. O evento que acontece em Belém há mais de 300 anos – e que é o momento ideal para quem quer se encontrar com a cultura paraense – vem na memória de Dira quando questionada sobre fé. “Sou devota de Nossa Senhora Aparecida. Acredito em Deus, nessa força maior que rege a energia de tudo e todos”. Para a atriz, esse grande potencial energético está em todos os seres vivos, inclusive no próprio homem, passível de transformar e transferir essa energia. “Acredito muito no poder de mudança que existe dentro de cada ser humano”.

Últimos dias para ver a exposição “Reinventário do Tide”

Últimos dias para ver a exposição “Reinventário do Tide”

Calígrafo, artista gráfico, artista plástico e ilustrador, Tide Hellmeister (1942 – 2008) encontrou sua principal forma de expressão nas colagens. Em cada uma de suas obras é possível perceber que Tide compreende o design moderno, o “padrão internacional” das décadas de 60 e 70, sem deixar de utilizar elementos destoantes, sejam estes considerados obsoletos ou inovadores. Artista produtivo, Tide criou mais de três mil obras, deixando como legado um acervo rico em volume e conteúdo.

“Me encarreguei de fazer o inventário e a catalogação de todo o trabalho do meu pai, mas, em função do volume, estava quase ficando maluco”, desabafa André Hellmeister. Com a intenção de colocar a vasta obra do artista em movimento, André e Claudio Rocha, ambos artistas gráficos e condutores do Estúdio Collages, idealizaram o projeto “Reiventário do Tide”. Velhos parceiros, amigos e artistas foram convidados a entrar em contato com o acervo e produzir peças criadas a partir de imagens, fragmentos ou referências gráficas da obra de Tide, a fim de revitalizar e ressignificar seu trabalho.

Os artistas exploram técnicas gráficas como a serigrafia, o letterpress, a impressão digital, o carimbo e a colagem. Entre os convidados estão Paulo André Chagas, Gabriela Castro, Gustavo Marchetti, Guto Lacaz, Luiz Basile, Manuela Eichner, Marcos Mello e Murilo Martins. A exposição das obras é parte do Festival PAX.

Reinventário do Tide
Panamericana Escola de Arte e Design, tel. 3887-4200. Até 15 de setembro.