Rota com escala em Madri é a conexão mais rápida entre o Brasil e a China. Suspensas pouco antes da pandemia, viagens duram “apenas” um pouco mais de 22 horas, incluindo a escala no aeroporto espanhol de Barajas

Após um hiato de 4 anos, a Air China retoma os voos ligando São Paulo a Pequim. A rota terá dois voos semanais já a partir do dia 28 de abril, com escala em Madri, como era anteriormente. A ligação será operada por aviões Boeing 787-9 Dreamliner, com 293 lugares (30 na Executiva, 34 na Premium Economy e 229 na Econômica).

A notícia é mais uma prova da recuperação da malha aérea internacional aos níveis pré-pandemia e restabelece de forma rápida e prática a conexão do Brasil com a China. Na ida, às quartas e sábados, os voos saem de São Paulo (Guarulhos) às 10h05 e chegam à China 22 horas e 20 minutos depois, às 19h30 (horário local), após um voo de 9h30 até Madri e outro de 10 horas e 50 minutos, da capital espanhola até Pequim. A parada no aeroporto de Barajas é de apenas duas horas, e a distância total percorrida é de aproximadamente 17.600 quilômetros.

Boeing 787 Dreamliner da Air China – foto divulgação

Nenhuma outra companhia realiza esse percurso em menos de 24 horas, e todas as outras conexões (via Dubai, Doha, Addis Abeba, Istambul, Frankfurt, Londres, Paris, Zurique ou Amsterdam) têm pelo menos uma “perna” com mais de 11h de duração. Apenas para chegar em Dubai, por exemplo, o primeiro trecho demora quase 15 horas, e o segundo é de mais 7 horas e meia. Via Paris, o primeiro trecho é de 11 horas e 10 minutos, e o segundo, de 11 horas e 25 minutos. Via Istambul, o segundo trecho é de 9h, mas o primeiro (de São Paulo até a cidade turca) demora longas 12 horas e 40 minutos. E, em todas essas alternativas, a escala é invariavelmente mais longa do que a da Air China em Madri.

A Air China é uma companhia aérea que faz parte da Star Alliance – informação relevante para quem quiser emitir um bilhete para Pequim com milhas. Para compras em dinheiro, o preço de cada passagem começa na casa dos R$ 7.000.

Radar

Marravilha
A Azul firmou parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e será a companhia aérea oficial para o transporte do Time Brasil aos Jogos Olímpicos de Paris. E não são só os nossos atletas que vão se dar bem: durante os meses de julho e agosto, as refeições servidas nos voos diários que ligam o Aeroporto Internacional de Viracopos ao Aeroporto de Orly, no sul de Paris, terão menu assinado pelo chef Claude Troisgros.

Decolagem
Mitsuko Tottori, de 59 anos, assumiu o cargo de presidente da Japan Airlines no dia 1º de abril. Essa notícia já é algo excepcional, uma vez que a promoção de mulheres é escassa nas grandes empresas japonesas. Mas a história é ainda mais bacana porque Mitsuko começou na JAL como aeromoça em 1985 e apenas passou a ocupar cargos de responsabilidade em 2005.

Adult Airlines
Tom Stokely, um dos fundadores do site de conteúdo adulto Onlyfans, foi recentemente anunciado como novo membro ativo (sem trocadilhos) do conselho da nova companhia aérea britânica Global Airlines, que em breve vai operar voos de Londres (do terminal de Gatwick) para Nova York e Los Angeles, com gigantes Airbus A380 de 450 lugares em três classes. Desafiando as companhias tradicionais com a promessa de reviver a “Era de Ouro da Aviação”, a Global vai servir champanhe Laurent-Perrier a bordo e fornecer serviço de chofer até o aeroporto aos clientes da Primeira Classe.