Graças à ajuda do governo francês, os restaurantes, os bares e as casas noturnas de Paris puderam fechar as portas durante a pandemia sem ter que pagar nem aluguel e nenhum outro tipo de tributo à prefeitura. Com essa condição garantindo a sobrevivência dos negócios, a maioria dos empresários desses setores de entretenimento da cidade mais visitada do mundo resolveram aproveitar esses meses de fechamento para reformar e reinventar os seus estabelecimentos.
Acabo de voltar da cidade maravilhosa e posso afirmar que está mais linda, mais simpática e mais sedutora do que nunca. Todos estão nas ruas, celebrando mais do que nunca o direito de ser feliz, de comer bem e de se divertir. A prova disso é que alguns dos endereços mais badalados de Paris ficaram ainda mais hype após a reabertura do comércio. Listo aqui cinco restaurantes clássicos que reabriram recentemente, todos com cara e cardápio novos, já aprovados pelo público.
O Monsieur Bleu, aos pés do Palais de Tokyo e de frente para a Torre Eiffel, foi repaginado pelo mais queridinho dos arquitetos do momento, Joseph Dirand, e está simplesmente de tirar o fôlego. O mesmo Joseph Dirand assina as melhorias do Girafe, em plena Cité de l’Architecture. Os peixes e os frutos do mar são ali prestigiados como em nenhum outro lugar.
Ainda sob a mesma assinatura, o Loulou reina ao ar livre no coração do Palais do Louvre. Não é raro ver o público levantar-se no fim da noite e dançar ao lado das mesas. À beira do rio Sena, em pleno bairro Saint Germain, o Lapérouse (quai des Grands Augustins) continua no topo, recebendo celebridades do mundo todo e tendo o aclamado chef Christophe Michalak no comando das panelas.
Também indico o Balagan, que oferece comida israelense e do Oriente Médio, revisitada de maneira tão interessante que pede dias de antecedência para conseguir uma reserva. No térreo do hotel Renaissance/ Place Vendôme, esse restaurante está fascinando todo mundo em Paris.
E, entre as baladas, recomendo fortemente as minhas três casas noturnas favoritas para ajudar a digestão ao sair desses restaurantes, onde é impossível não passar do limite. O velho e bom Chez Castel, em pleno Saint Germain, agora recebe público na faixa dos 30 a 40 anos. E o Raspoutine, clube dos Champs-Élysées, inspirado no homônimo russo, propõe cada vez mais noites regadas a champanhes grands crus.
Finalmente, em plena Avenue Montaigne, às sextas e aos sábados, o Le Club do restaurante Manko – do proprietário peruano Gastón Acurio, com influências cruzadas entre China, Japão, Europa e África – abre as suas portas para experiências exclusivas, apresentando DJs de primeira linha sem divulgação prévia.
Paris continua sendo uma festa permanente na mesa e na noite. Aproveite!
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