Raquel Machado é fundadora do Instituto Libio, que atua na reabilitação de animais silvestres vítimas do tráfico, na educação ambiental e na gestão de reservas

Em 2010, após adquirir um sítio em Porto Feliz, no interior de São Paulo, a médica dermatologista Raquel Machado se deparou com o fato que mudaria seu propósito de vida. “O antigo proprietário deixou no local um papagaio em uma gaiola. Foi aí que encarei pela primeira vez o problema do tráfico de animais. Desde então, foram anos trabalhando como pessoa física com animais vítimas do tráfico, até que em 2020 eu resolvi fundar um instituto para poder realizar projetos com um impacto maior”, conta.

Raquel atualmente é presidente do Instituto Libio, que atua em três frentes principais: reabilitação de animais silvestres vítimas do tráfico e maus tratos, educação ambiental em parceria com escolas municipais e criação e gestão de refúgios. Ela também administra reservas privadas no Mato Grosso do Sul e Pará, visando a conservação da fauna brasileira e de seus habitats. Os locais são destinados à pesquisa, visitação e educação ambiental; e ela ainda é conselheira da Fundação Neotrópica do Brasil, da SOS Pantanal e do Onçafari.

A médica Raquel Machado, fundadora do Instituto Libio – FOTO Lavinia Gavazzi

Prestes a completar três anos de vida, seu mantenedor em Porto Feliz conta, hoje, com 19 recintos, tem capacidade para abrigar 150 animais e resulta na reabilitação de animais silvestres e soltura em áreas adequadas. O Instituto (www.libio.org.br) se mantém por meio de doações e qualquer um pode contribuir com as causas, seja apadrinhando um animal ou um recinto, patrocinando a reabilitação e soltura, doando alimentos e material de construção para novos recintos, ou auxiliando na criação de novas reservas.

“Meu grande sonho é poder formar um cinturão verde protegendo o sul da Amazônia e ampliar a parte de educação ambiental contra o tráfico de animais para as escolas de todo Brasil”, finaliza.