Néli Pereira lança livro sobre o poder dos botânicos brasileiros e sua versatilidade na coquetelaria

por | dez 11, 2022 | Ideias, Pessoas, Pessoas & Ideias | 0 Comentários

Conhecida por seu trabalho à frente Espaço Zebra, Néli acaba de lançar livro “Da Botica ao Boteco – Plantas, Garrafadas e a Coquetelaria Brasileira”, livro que esmiúça o potencial de raízes e ervas nacionais no preparo de ótimos drinques. 

A mixologista Néli Pereira acaba de lançar “Da Botica ao Boteco – Plantas, Garrafadas e a Coquetelaria Brasileira”, livro que esmiúça o potencial de raízes e ervas nacionais no preparo de ótimos drinques. Todos conhecemos as características do limão siciliano, do açafrão espanhol e da lavanda francesa, não é? Mas muito poucos são os que sabem definir o aroma e o sabor da jurubeba, do mastruz, da carqueja e da aroeira. Isso precisa mudar, e Néli nos ajuda a entender e valorizar o poder desses botânicos brazucas.

Conhecida por seu trabalho criando, preparando e servindo coquetéis no balcão do Espaço Zebra, no Bixiga, a ex-jornalista (com passagens pela BBC e pela Band News) relata ao longo de 208 páginas as vivências, conversas e aventuras que fizeram parte de sua pesquisa com experiências que vão de Peruíbe, no litoral de São Paulo, a Belém, no Pará. Entre uma história e outra, a autora aproveita para passar as receitas de alguns drinques para tornar a leitura ainda mais agradável.

Neli - Garrafadas | Foto Paulo Cardone

Neli – Garrafadas | Foto Paulo Cardone

É muito bom saber que o tucupi pode ser o protagonista no preparo do Febre Amarela, um coquetel de sabor intenso que tem o gim como base alcoólica. Ou que o licor de catuaba fica muito bem como substituto do vermute no Negroni. Assim como grandes chefs lutam pela consolidação de uma gastronomia genuinamente brasileira a partir do uso de receitas e ingredientes locais, Néli e outros raros mixologistas daqui batalham pela gênese de uma coquetelaria brasileira, a partir da valorização e do uso de botânicos regionais.

“Oxalá quando termine a leitura, a sede de Brasil e a vontade de beber pelo país invadam seu corpo e sua casa, que as jurubebas e os açaís bailem imersos nas suas batidas e que não faltem mastruz e guaco nesse brinde. Espero que essas ervas curem a doença brasileira de achar que o nosso é pior ou menos valoroso”, enseja a autora.

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