Fabricada na Serra da Mantiqueira e no Rio Grande do Sul, a marca Sabiá conquista o maior prêmio do setor e se destaca pelo cuidado na produção
Um azeite de qualidade, entre outras características, é aquele consumido ainda jovem e localmente. Na vanguarda em apresentar aos brasileiros esse frescor, o Sabiá acabou mesmo por colocar o país no mapa dos melhores do mundo. Produzido em Santo Antônio do Pinhal, na Serra da Mantiqueira, e no Sudeste Gaúcho, o azeite já acumula uma extensa lista de prêmios internacionais. Recentemente, a marca foi escolhida como a empresa do ano no concurso italiano Lodo Guide, de Gênova – a premiação mais antiga e uma das mais reconhecidas do setor de azeite de oliva extravirgem do mundo.
As mãos e as mentes por trás desse produto premiado são da jornalista Bia Pereira e do empresário Bob Costa. Em 2014, os dois se apaixonaram pelo universo da olivicultura e, então, se aprofundaram nos estudos sobre a história e o cultivo de um dos produtos mais antigos da humanidade. “Se relacionar com algo dessa envergadura nos emociona e estimula muito, afinal o azeite faz muito bem para as pessoas”, resume Bob.
Decididos a transformar em olivais os pastos onde criavam gado na fazenda em Santo Antônio do Pinhal, eles foram atrás dos melhores profissionais para entender sobre manejo, cultivo das oliveiras, equipamentos e técnicas. Além de todo empenho e paixão, as condições climáticas eram favoráveis – a oliveira para produzir fruto precisa ter pelo menos 300 horas de temperaturas abaixo de 12 graus durante o ano e a fazenda, a 1.100 metros de altitude, tinha essa característica.
Por lá, as azeitonas são colhidas no ponto ideal de maturação, ainda verdes. O processo de extração do azeite segue rigorosamente as recomendações internacionais e conta ainda com a máquina extratora italiana Mori-TEM – uma das melhores do mundo, com tecnologia de ponta e que foi desenhada especialmente para as características dos frutos locais. “A Serra da Mantiqueira, com seu imenso charme, reúne boas condições para a cultura e, pelo perfil dos pomares menores, os produtores podem ter uma dedicação muito maior, produzindo um excelente azeite”, explica.
Todo esse trabalho garantiu um ano histórico para o Sabiá e para a olivicultura brasileira como um todo. A safra deste ano levou mais de 20 pódios, inclusive com alguns recordes. Além do reconhecimento do Lodo Guide, a marca conquistou outros três prêmios, no New York International Olive Oil Competition: o Blend de Terroir e o rótulo de Arbequina levaram ouro, enquanto o Koroneiki foi prata. “Nossa maior preocupação sempre foi com a qualidade, e não com a quantidade, para que o Sabiá continue sendo esse produto tão desejado no Brasil e até por todos os concursos internacionais.”
Hoje, com apenas quatro safras comercializadas, o azeite da marca já acumula 83 prêmios internacionais. Nas prateleiras, os consumidores podem encontrar as variedades Arbequina e Arbosana, de origem espanhola, Koroneiki, da Grécia, e Coratina, da Itália, que figuram nos pomares das fazendas e dão origem a azeites monovarietais, ou seja, extraídos de frutos de apenas um tipo – todos oferecidos em garrafas de 250 ml. Há ainda o Blend de Terroir (em garrafas de 250ml e 500 ml), feito com azeites das duas propriedades, que resulta em um produto equilibrado, aromático e frutado. “É um azeite muito novo para os consumidores brasileiros, pois é fresco, com muito aroma, picância e amargor. É muito diferente dos produtos que estamos acostumados a comprar de grandes envasadores, com azeites de vários lugares e safras antigas”, conclui Bob Costa.
Imersão na qualidade
É possível conhecer a fazenda Sabiá, em Santo Antônio do Pinhal, e participar da degustação de azeites, aos finais de semana, das 10h às 12h e das 14h às 17h. O valor é de R$ 59 por pessoa e é necessário agendamento via whatsapp, no número (12) 3666-2282. Além de empórios e supermercados nas capitais do Sul e Sudeste – e ainda Salvador, Palmas e Brasília – o azeite está à venda no site www.lojaazeitesabia.com.br
Li a matéria publicada em 19/10/2023 muito me alegro em tomar conhecimento da produção de um azeite de qualidade no Brasil, competindo com os melhores produtores do mundo,embora não sendo encontrado na minha região,(Maranhão)gostaria de ter acesso ao azeite