Mais passageiros passaram pelo aeroporto turco (Istambul) em 2020 do que nos tradicionalmente movimentadíssimos hubs do Reino Unido, da França, da Alemanha e da Holanda
Nem Heathrow (Londres), nem Charles de Gaule (Paris), nem Schiphol (Amsterdam) e nem Rhein-Main (Frankfurt): o aeroporto europeu que teve maior movimento em 2020 foi o de Istambul, na Turquia. Por lá passaram 23,4 milhões de viajantes. Em seguida, veio o de Paris (com 22,3 milhões de pessoas transportadas) e só então o de Londres (com 22,1 milhões), que tradicionalmente lidera este ranking.
Inaugurado em outubro de 2018, o Aeroporto Internacional de Istambul é o mais moderno do Velho Continente e o mais gigantesco: tem capacidade para receber 90 milhões de passageiros por ano, com a possibilidade de ampliar esse contingente para 200 milhões/ano. Possui 143 fingers (pontes de embarque), 371 spots para estacionamento de aeronaves e 228 guichês de imigração e controle de passaporte.
Todos os aeroportos da Europa tiveram quedas drásticas na movimentação em 2020 por causa da pandemia do coronavírus, e o Reino Unido possui uma das políticas mais restritivas de circulação de viajantes do mundo. Tanto que os voos ligando a Inglaterra ao Brasil estão suspensos.
Os números seguem em queda por lá. O total mensal de passageiros no aeroporto de Heathrow em fevereiro de 2021 caiu para menos de 500 mil – o menor desde 1966! O tombo foi de 91% em relação ao ano passado. Se compararmos a performance desses terminais europeus com a de Guarulhos – o mais movimentado da América Latina –, veremos que o Aeroporto Internacional de São Paulo até que conseguiu ter um desempenho razoável durante o período da pandemia. Por lá passaram 20 milhões de passageiros ao longo dos doze meses de 2020. A queda nos voos internacionais foi enorme, mas os voos domésticos seguraram a onda, respondendo por mais de 85% dessa movimentação.
Radar
SP-BsAs
Autoridades do Brasil e da Argentina negociam a criação de uma ponte aérea entre o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e o Aeroparque, em Buenos Aires. O processo de internacionalização de Congonhas é uma ideia que está sendo discutida na Infraero e pode ser mais um atrativo para os candidatos a operadores do aeroporto paulistano, que deve entrar na 7ª rodada de concessões, em 2022.
Rotas bloqueadas
A Latam Airlines avisa que as rotas de São Paulo (Guarulhos) para Barcelona (Espanha), Joanesburgo (África do Sul), Milão (Itália) e Tel Aviv (Israel) só devem voltar a ser operadas, na melhor das hipóteses, a partir de novembro. Os voos já estavam suspensos e com venda fechada desde o início da pandemia. Quem tiver bilhetes para essas rotas serão atendidos por companhias aéreas parceiras, como a Iberia, a Lufthansa e a Virgin Atantic, via Madri ou Frankfurt.
Preços em baixa
Em 2020, voar pelo Brasil foi mais barato do que nunca. O Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas da Anac, que faz esse cálculo desde 2002, mostra que o preço médio das tarifas comercializadas no ano passado ficou em R$ 376,29. Em 2019, a média alcançou R$ 439,89. O recuo foi de 14,5%. No período, 9% das passagens foram comercializadas com tarifas abaixo de R$ 100, e os bilhetes acima de R$ 1,5 mil representaram apenas 1,5% do total vendido.
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