China, Índia e Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de alimentos

por | set 5, 2022 | Agronegócio, Coluna | 0 Comentários

Dados mostram que a produção da agropecuária brasileira pode ser muito representativa na economia nacional, mas nos mercados globais ainda não tem o mesmo ‘peso’ de potências como China e EUA

Não, o Brasil não é o maior produtor de alimentos do planeta. Nem o segundo. E nem o terceiro. Na verdade, ficamos atrás de China, Índia e Estados Unidos. Também não somos o maior exportador de alimentos. Ou seja: infelizmente não somos o tal “celeiro do mundo”, como muita gente insiste em matraquear.

Em 2020, a produção de alimentos na China totalizou US$ 1,5 trilhão. O país é o líder em cereais, verduras, ovos e peixes. Ainda assim, por causa de sua enorme população, importa aproximadamente um quarto do que consome. Já a Índia, o segundo mais populoso país do mundo, produziu alimentos que somaram US$ 382 bilhões em 2020. A nação é a maior produtora mundial de leite, juta e leguminosas como lentilha e grão-de-bico. É também é a segunda maior produtora mundial de arroz, trigo, cana-de-açúcar, frutas, algodão e amendoim.

 

Agricultura Na China | Foto Divulgação

Agricultura Na China | Foto Divulgação

 

Nos Estados Unidos, a produção de alimentos gerou um total de US$ 306 bilhões em 2020. Milho, carne bovina, soja, laticínios e aves são as cinco principais commodities agrícolas da terra do Tio Sam. O país é o líder em exportações agrícolas, com US$ 147,9 bilhões – principalmente para os mercados chinês, canadense, mexicano e japonês.

Aí, na 4ª posição no ranking mundial, aparece o Brasil, com uma produção de alimentos que, em 2020, agregou US$ 125,3 bilhões à economia nacional. Somos os maiores exportadores mundiais de soja, açúcar, carne bovina congelada e aves. Outras importantes commodities agrícolas do agronegócio nacional são o café, o suco de laranja, o milho, o algodão e o cacau.

Resumindo: para nos tornarmos o principal produtor mundial de alimentos, ainda há muito trabalho a ser feito. E o caminho para isso é incrementar a produtividade, e não ampliar a área cultivada – principalmente se isso envolver desmatamento.

Prosa rápida

Segura, peão!
Nos dias 16, 17, 23 e 24 deste mês acontece mais uma edição do Jaguariúna Rodeo Festival. Além de provas equestres e de rodeio, a programação inclui shows de estrelas do sertanejo, como Ana Castela, Jorge & Mateus, Gustavo Mioto, Zé Neto & Cristiano e Gusttavo Lima, além de artistas de outros gêneros, como Alok, Dennis e Wesley Safadão. Ingressos de R $ 30 (arena) a R$ 500 (camarote).

Lucro proteinado
A brasileira Marfrig, uma das maiores empresas de proteína animal do mundo, relatou uma receita de R$ 34,5 bilhões e um lucro líquido de R$ 4,3 bilhões no segundo trimestre deste ano. A carne bovina contribuiu com 63% desse total, enquanto os produtos derivados de aves e suínos – agora relevantes após a incorporação da BRF – representaram 37% das vendas totais. A operação nos Estados Unidos respondeu por 38% das receitas totais. Na sequência, vêm Brasil (com 25%), China e Hong Kong (12%) e Japão e Europa (4%, cada).

Democracia & agro
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura lançou no início de agosto uma carta em defesa da democracia e do processo eleitoral, que classifica como “inquestionável”. Entre os integrantes do grupo estão a Amaggi (um dos maiores players do segmento de soja), a BRF, a JBS, a Marfrig, a Suzano e a Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), além de bancos (como Bradesco, Itaú e Santander) e grandes empresas como Natura, Nestlé e Carrefour.

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