Produção de vacinas é a nova missão do agronegócio

por | out 5, 2021 | Agronegócio, Negócios, Pessoas & Ideias, Saúde & Bem Estar, Sustentabilidade | 0 Comentários

Pesquisadores do mundo todo – ou pelo menos dos países que acreditam e investem em Ciência – estão usando a engenharia genética e a biologia sintética para produzir remédios e vacinas em plantações, transformando vegetais em verdadeiros biorreatores naturais.

 

Foto Divulgação

 

No Canadá, por exemplo, a empresa Medicago está realizando os testes clínicos de uma vacina sintetizada em plantas para combater a Covid-19. O imunizante imita a camada externa do vírus para estimular a resposta imunológica em humanos e foi desenvolvido em apenas três semanas usando técnicas da chamada “agricultura molecular”. Voluntários brasileiros estão participando desses testes, que foram autorizados pela Anvisa. Os testes das fases 1 e 2 já demonstraram que ela é segura. Na fase 3, será avaliada a eficácia do imunizante. A Medicago é líder em tecnologia à base de plantas e, em 2009, produziu uma vacina contra o H1N1 em apenas 19 dias!

Surgida em 1986, a agricultura molecular ganhou impulso na década passada, quando o Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, aprovou a primeira proteína terapêutica derivada de plantas para a utilização em humanos.

Outra possibilidade que se abre com essas técnicas da agricultura molecular é o desenvolvimento de biomedicamentos comestíveis. As pessoas com diabetes poderão comer pêssegos geneticamente modificados e aposentar as injeções de insulina. Ou, em vez de tomar no braço uma vacina contra a gripe, as pessoas só terão de beber um suco imunizante feito com laranjas com genes “editados”.

Prosa rápida

Emprego no campo
O número de pessoas ocupadas no agronegócio em junho deste ano foi de 18 milhões, um aumento de 7,9% ante os 16,73 milhões de 2020, segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura da USP, em Piracicaba. Todos os segmentos tiveram alta no número de ocupados, mas o avanço principal foi registrado na pecuária.

Diversificação
A Camil acaba de fechar a aquisição da marca de café Seleto, que pertencia à JDE Brasil, dona de outras marcas, como Pilão, Pelé e Moka. O valor da transação não foi informado. A Camil é uma tradicional produtora de arroz e feijão, e recentemente adquiriu a companhia de massas Santa Amália por R$ 260 milhões, em um claro movimento de diversificação de seu portfólio.

Vacas loucas
O Ministério da Agricultura confirmou dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (doença da vaca louca) em frigoríficos do Mato Grosso e Minas Gerais. Por causa disso, as exportações de carne bovina para a China (o maior importador desse produto) foram temporariamente suspensas. A Secretaria de Defesa Agropecuária já confirmou que esses dois casos são isolados e atípicos. Nos últimos 25 anos, apenas seis casos dessa doença foram registrados no país. Essas duas ocorrências de agora se referem a vacas de idade já avançada e de descarte, que não eram mais úteis na produção de bezerros ou de leite.

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