Depois do cancelamento de suas edições de 2020, feiras como Agrishow e Fenasucro & Agrocana têm sua programação alterada mais uma vez
A retomada no setor de eventos ligados ao agronegócio está sendo difícil. Para quem esperava uma reação em 2021, as perspectivas não são animadoras. Com a gestão atual do Governo Federal no controle da pandemia e com a vacinação avançando a passos de tartaruga, a cada semana que passa mais eventos programados para junho, julho e agosto vão sendo cancelados, adiados ou postergados.
A Agrishow, uma das principais feiras de máquinas e tecnologias agrícolas do mundo, que tradicionalmente ocorre no mês de maio em Ribeirão Preto, foi adiada mais uma vez. A edição de 2020, inicialmente programada para 27 de abril a 1º de maio de 2020 e reagendada para 21 a 25 de junho deste ano, agora deve ser realizada só entre 25 e 29 de abril de 2022.
Em 2019, quando ocorreu normalmente, a Agrishow gerou quase R$ 3 bilhões em negócios. Levantamento feito pela organizadora do evento com expositores revelou que a maioria deles não acredita na possibilidade da execução de um evento neste ano em razão das restrições sanitárias e das ameaças ainda representadas pela pandemia, afinal o país ainda tem mais de 1.500 mortes a cada dia – mais do que o pico registrado em 2020. A situação da saúde pública no Brasil ainda é considerada grave.
Em Sertãozinho, principal polo da indústria de bioenergia sucroenergética do mundo, a Fenasucro & Agrocana foi adiada de 17 a 20 de agosto para 9 a 12 de novembro deste ano. O adiamento foi anunciado pela Reed Exhibitions, organizadora desses importantes eventos, visando resguardar a saúde e a integridade de todos os participantes.
Não é uma canetada que vai decretar o fim da pandemia.
Prosa rápida
Ferro x Soja
A soja vai perder o título de produto que mais rende dólares na carteira de exportações do Brasil. Em 2021, a receita com exportações de minério de ferro brasileiro deve crescer cerca de 60% em relação a 2019, chegando a US$ 41,25 bilhões, segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). De acordo com levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), as exportações de soja devem ser de “apenas” US$ 37,2 bilhões neste ano.
Abacaxi fashion
O Piñatex é um tecido feito a partir do abacaxi. Para produzir um metro quadrado, são consumidas 480 folhas da fruta, retiradas de cerca de 20 abacaxizeiros. Tão resistente quanto o couro animal, o Piñatex é a matéria-prima de uma linha de sapatos recém-lançados pela Insecta, marca de calçados veganos. Eles estão à venda no e-commerce www.insectashoes.com
Mango hype
O Brasil teve a maior exportação de mangas dos últimos 20 anos em 2020. O crescimento em relação à safra de 2019 foi de 13%. No total, foram enviadas ao exterior 243 mil toneladas da fruta em 2020, que geraram uma receita total de US$ 247 milhões. E o grande responsável por esse recorde é o Vale do São Francisco, região entre os estados de Pernambuco e Bahia, que produziu simplesmente 87% do volume embarcado. As variedades que fazem mais sucesso lá fora são a Tommy, a Kent e a Palmer.
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