O interesse por reformar ambientes, ampliar áreas externas e trazer maior bem-estar para a família em casa aumentou durante a pandemia. Para concretizar esses desejos, a procura por projetos no interior de São Paulo disparou no ano passado. Com o afrouxamento das restrições sanitárias, o “boom” por melhorar espaços e se mudar passou, mas alguns conceitos ficaram.
“Acredito que as pessoas viram alternativas para conviver em família sem estarem fechadas em ambientes onde não se pode colocar os pés na grama e muito menos ver o céu. Muitos valores foram repensados nesse período”, afirma o arquiteto Gabriel Garbin, sócio de um escritório em São Paulo. Com o trabalho remoto ou híbrido, integrar o espaço do home-office à área externa foi uma das principais tendências que ficaram. “O cliente viu que pode ter um jardim dentro do escritório.”
Para além de um lugar agradável e adequado para o trabalho em casa, a maior atenção aos ambientes sociais e a integração de outros cômodos continuam em alta. “Buscamos compor espaços mais abertos para os jardins, usufruir da ventilação e iluminação natural nessas casas.”
O arquiteto David Ito, com escritório também na capital paulista, assinou recentes projetos em Campinas e região. Para ele, as tendências pós-pandêmicas na arquitetura passam ainda pela valorização da mão de obra qualificada, menos resíduo de obra, maior velocidade na construção e pelo uso de materiais recicláveis. “Nesses projetos destacaria a arquitetura saudável, que é a associação da sustentabilidade com a qualidade de vida dos clientes, aliadas ao rigor estético, com um desenho mais minimalista e muita atenção aos detalhes.”
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