Brasil avança nas iniciativas no trabalho para as mulheres que são mães

por | maio 2, 2023 | Lifestyle | 0 Comentários

Empresas investem em iniciativas para mulheres que são mães no ambiente corporativo, mas ainda há muito a ser implementado para que o mercado seja mais inclusivo

O Dia das Mães é uma data que, além de comemorativa, deve ser reflexiva. Quantas mulheres abrem mão de suas carreiras para se dedicar aos filhos? Quantas foram demitidas logo após a licença-maternidade? De todas as que perderam seus empregos, quantas são chefes de família? Essas perguntas são importantes para compreendermos o cenário atual do mercado de trabalho para as mulheres que são mães e quais novas práticas podem ser adotadas pelas empresas para se tornarem mais inclusivas.

Em setembro de 2022, entrou em vigor no país a Lei 14.457/22, que institui o Programa Emprega + Mulheres, com regras mais flexíveis de trabalho e férias, benefício do reembolso-creche, em substituição ao berçário nas empresas, além de medidas de apoio à volta ao trabalho após a licença-maternidade. “Acredito que entre as melhores ações para funcionárias grávidas está dar uma perspectiva de carreira, ou pelo menos traçar planos do que deve acontecer no seu retorno”, analisa Luana Génot, Fundadora e Diretora Executiva do Instituto Identidades do Brasil, e que está grávida de seu segundo filho. Sua empresa, por exemplo, oferece plano de saúde (estendido para dependentes), licença-maternidade de 180 dias, vale terapia em acréscimo ao plano de saúde, além de auxílio home office, refeição e alimentação.

 

Luana Génot, do Instituto Identidades do Brasil - Foto Fernando Torquatto

Luana Génot, do Instituto Identidades do Brasil – Foto Fernando Torquatto

 

Para Luana, além dos benefícios de base, as empresas deveriam implementar a licença parental tanto para casais heteroafetivos, quanto homoafetivos e quaisquer outras configurações familiares. “Para a construção de redes parentais que funcionem, será preciso investir muito nos próximos anos no avanço das políticas públicas. E quando falo disso é sobre auxílios que possam apoiar a questão da pensão e permanência da criança na creche.”

Apesar de o Brasil estar à frente de muitos países no quesito benefícios para as mães – como, por exemplo, os Estados Unidos, onde a licença parental remunerada não é obrigatória –, ainda há muito o que melhorar. Este ano, um relatório da Bloomberg destacou Islândia, Estônia, Alemanha, Canadá e Nova Zelândia como os cinco melhores países do mundo para pais que trabalham. “Algumas nações também estão implementando a jornada de quatro dias de trabalho, que pode apoiar muito no momento de maternidade”, finaliza Luana Génot.

 

Exemplos a serem seguidos

Natura
Oferece licença-maternidade de seis meses, licença-paternidade de 40 dias e auxílio creche.

Grupo Boticário
Disponibiliza licença-maternidade também de 180 dias, licença parental de 120 dias e auxílio babá ou auxílio creche.

Nestlé
Política Global de Proteção à Maternidade, que inclui pelo menos 14 semanas de licença-maternidade paga e o direito de prolongar a licença por até seis meses; flexibilização de horários e intervalos para amamentação; espaços de amamentação no local de trabalho.

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