O livro “São Paulo nas alturas”, do jornalista Raul Juste Lores, apresenta a trajetória de arquitetos e empresários que deixaram sua marca na capital
Entre 1950 e 1960, uma combinação particular permitiu que São Paulo fosse palco de uma revolução até então inédita em sua história – a união de arquitetos criativos, empreendedores ambiciosos e a disponibilidade de capital financeiro possibilitou as condições necessárias para que obras icônicas saíssem das pranchetas e ganhassem as ruas da Pauliceia, modificando seu cenário arquitetônico. Sobrevoando projetos como Copan, Conjunto Nacional, Galeria do Rock, edifício Itália, Bretagne, Paquita, o livro “São Paulo nas alturas”, do jornalista Raul Juste Lores, apresenta a trajetória de arquitetos e empresários que deixaram sua marca na capital.
Na primeira edição, em 2018, o livro vendeu 20 mil unidades e se tornou o best-seller sobre arquitetura. Para o autor, é uma publicação que discute principalmente a história da cidade: “Falamos pouco sobre essa metrópole acanhada. Pouco conhecemos seu enredo que ainda carece de narrativas”, pontua. O livro ainda aborda o Plano Diretor, inflação, economia e as contribuições de imigrantes para o urbanismo. “O maior motivo para escrever foi para saciar a minha curiosidade, queria entender como São Paulo conseguiu ser tão ousada na arquitetura naquele contexto.”
Raul é jornalista, escritor e pesquisador de arquitetura e urbanismo. Foi repórter especial da Folha de S. Paulo e correspondente em Washington, Nova York, Pequim e Buenos Aires para o mesmo jornal. “Quando você mora em cidades como a capital argentina, descobre as vantagens de uma cidade compacta e de uso misto, onde moradia, trabalho e lazer estão juntos em diferentes bairros”, comenta.
Em 2011, ele ganhou o prêmio APCA de Difusão, na categoria Arquitetura. “São Paulo nas alturas” foi finalista do prêmio Jabuti de 2018 e, desde 2021, o jornalista mantém um canal homônimo no YouTube, com 11 milhões de visualizações e 112 mil inscritos. “Discuto os potenciais de São Paulo, mostro lugares pouco conhecidos, debato como melhorar a qualidade de vida e busco valorizar quem construiu bons edifícios na cidade.”
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