Bilhetes da Ponte Aérea subiram mais de 300% de abril de 2021 para abril de 2022; entre os voos internacionais, a maior alta foi verificada na rota entre São Paulo e Lisboa, que deu um pulo de 98% apenas no início deste ano
Os preços das passagens aéreas no Brasil dispararam em 2022. É o que mostram vários diferentes levantamentos. Pesquisa conduzida pela Onfly, startup especializada em gestão de viagens para empresas, com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostra que os trechos São Paulo ao Rio e de São Paulo à cidade de Belo Horizonte – as duas rotas comerciais mais importantes do país – apresentaram as maiores variações.
O tíquete médio Congonhas-Confins-Congonhas subiu 301% de abril de 2021 para 2022, de R$ 340 para R$ 1.024. Os bilhetes da ponte aérea Rio-SP tiveram alta de 316% nesse mesmo período, de R$ 601 para R$ 1.904. Dois foram os fatores primordiais para esse salto: o reajuste que as companhias aéreas realizaram no período de retomada das viagens após a fase de baixíssima demanda, o meteórico aumento da busca por viagens após o fim das quarentenas e a flexibilização das barreiras sanitárias e a elevação dos preços do petróleo e do querosene de aviação, turbinada ainda mais pelas sucessivas altas do dólar em relação ao real.
Em estudo feito pelo buscador de voos Viajala, as passagens aéreas estão até 174% mais caras em relação ao que era cobrado em janeiro de 2020, antes da pandemia. A viagem de ida e volta entre São Paulo e Salvador, por exemplo, disparou de R$ 469 para R$ 1.288, e os voos de ida e volta entre Rio de Janeiro e João Pessoa, pularam de R$ 849 para R$ 2.060.
A passagem aérea internacional mais procurada, de São Paulo a Lisboa, sofreu elevação média de 98% apenas nos três primeiros meses deste ano, de R$ 3.549 para R$ 7.025, segundo dados do Skyscanner. Para países da Europa, o aumento médio foi de 24%, enquanto os tíquetes para a América do Norte escalaram 9% no primeiro trimestre.
Radar
African connection
A Embratur anunciou que, em breve, duas companhias aéreas do norte da África terão voos para o Brasil. Uma é a Royal Air Maroc, que voltará a operar a rota Casablanca-São Paulo, suspensa na pandemia. A outra é inédita: a Egypt Air, que já cultiva há anos um projeto de criar uma ligação do Brasil com o Egito, agora parece que vai finalmente operar uma rota regular entre São Paulo e a cidade do Cairo.
Brasil-Portugal
Por causa do verão europeu, a portuguesa TAP reforçou ainda mais sua operação aérea no Brasil, operando até 30 de setembro 74 voos semanais entre Lisboa e Porto e cidades como São Paulo-GRU (21), Rio de Janeiro-Galeão (12), Fortaleza (7), Salvador (5), Recife (7), Natal (3), Maceió (2), Belém (3), Belo Horizonte (6), Brasília (5) e Porto Alegre (3). Assim, a TAP Air Portugal se estabelece como a principal companhia aérea internacional ligando o Brasil à Europa.
Brasil-Panamá
Em breve, a Copa Airlines vai ter ainda mais voos semanais no Brasil do que a TAP está operando neste momento. Até dezembro, a empresa terá um total de 82 voos semanais entre o Brasil e a Cidade do Panamá. Os voos sairão de São Paulo-GRU (42), Rio-Galeão (14), Belo Horizonte (7), Brasília (7), Manaus (5) e Porto Alegre (7). Para 2024, a empresa analisa a opção de voar para outras cidades, como Recife, Salvador, Curitiba e Florianópolis.
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