O transporte do futuro será cada vez mais elétrico, autônomo, conectado e compartilhado

por | dez 29, 2020 | Coluna, Mobilidade, Projetando | 0 Comentários

2021 desponta com tendências sustentáveis de mobilidade urbana, um tema que vem sendo repensado e reinventado. O uso da bicicleta cresce cada vez mais; a micromobilidade elétrica inova, com diferentes modais; e o transporte coletivo se renova, com interfaces digitais, como a bilhetagem eletrônica e ônibus elétricos. Além disso, os veículos autônomos, que pareciam distantes, já são uma realidade em vários países.

A Eletricz, distribuidora com sede em São Paulo, que é representante da marca KingSong, um dos maiores fabricantes de monociclos elétricos do planeta, acaba de lançar o KS-S18, equipado com um inédito projeto de suspensão ajustável a ar de acordo com o peso do condutor. Segundo Márcio Canzian, CEO da Eletricz, trata-se de uma grande revolução para o crescente mercado mundial de monociclos elétricos. “O monociclo traz mais segurança ao condutor, ao mesmo tempo em que proporciona alto desempenho. O motor permite atingir até 50 km/h de velocidade máxima e superar subidas com ângulo de até 40 graus, percorrendo tranquilamente qualquer ladeira de uma metrópole como São Paulo”, diz.

Um modal novo e inédito, criado na Nova Zelândia, é a bicicleta elétrica aquática Manta5 Hydrofoil Bike, que une tecnologia e sustentabilidade. Com um minúsculo motor elétrico de 400W movido a bateria de lítio, ela usa hidrofólios (estrutura que se sustenta no líquido devido à curvatura) e uma pequena hélice propulsora para se movimentar acima da linha d’água. Quando o ciclista pedala e impulsiona o veículo para a frente, a água passa pelos hidrofólios e gera sustentação da mesma forma que as asas do avião.

 

Foto divulgação

 

Já o carro voador, que parecia uma realidade para lá de futurista, aparece em projetos de diversas empresas, como a Embraer X, que apresentou em junho de 2019 seu protótipo em parceria com a Uber Elevate, além de marcas como a Hyundai, a Toyota e a americana Terrafugia.

Em geral com sistema de condução autônoma, motor elétrico e silencioso, o eVTOL (em livre tradução, veículo elétrico de decolagem e pouso vertical) também pode apresentar módulo terrestre para andar no chão. De acordo com pesquisa da Universidade de Michigan, as emissões desse modal são 52% mais baixas do que os veículos a gasolina. A autonomia costuma ser reduzida, indicada para rodar na cidade, em distâncias curtas.

Se trata de um projeto ainda embrionário, pois será necessário construir rotas de voo e uma infraestrutura completa nas cidades para acolher esses veículos que parecem saídos da ficção. Afinal, onde guardá-los? Nas varandas dos apartamentos, em garagens suspensas? Mesmo com todas as incertezas, a empresa de consultoria Porsche prevê que, em 2035, 23 mil eVTOLs estarão voando sobre as nossas cabeças, no mundo. Até lá, que a gente consiga, no Brasil, compartilhar com segurança, respeito e gentileza as ruas das nossas cidades. Caso contrário, não adiantará nada chegar aos céus.

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