Com o aumento do preço do diesel, as montadoras já estão oferecendo alternativas elétricas ou movidas a gás e hidrogênio. Além de eficientes e sustentáveis, são opções que permitem que o Brasil seja autossuficiente.
O Brasil acaba de mergulhar em mais uma crise causada pelo (des) governo federal: a do diesel. Os preços do combustível estão em forte alta por causa da elevação de seu preço internacional e das seguidas desvalorizações do real. E, sem diesel, a economia do país literalmente não tem como rodar!
Em vez de esperar que medidas artificiais e improvisadas segurem o preço do diesel, o mais certo é se livrar da dependência desse combustível. É isso o que estão fazendo empresas como Bayer, JBS e Danone, entre outras. Essa é uma grande oportunidade para as montadoras de caminhões, que já trabalham nesse “novo normal”. Por exemplo: na Europa e na Coreia do Sul, respectivamente, a Mercedes e a Hyundai desenvolvem modelos movidos a hidrogênio (que pode ser obtido a partir do etanol); na Suécia, a Volvo eletrificou todos os seus veículos de transporte de carga.
Aqui no Brasil, a Volkswagen produz caminhões 100% elétricos (a linha e-Delivery, oferecida em versões de 2 ou 3 eixos). Já a Scania do Brasil aposta em veículos de carga pesada que têm a mesma potência que os modelos a diesel. Apesar de ser um combustível fóssil, ele é menos poluente e pode ser substituído pelo biometano, produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A marca escandinava produz também caminhões movidos a etanol.
Até a New Holland, fabricante de máquinas agrícolas, lançou este ano no Brasil seu primeiro trator movido a biometano. Como deu para ver, opções não faltam. Os preços ainda podem ser elevados e a produção reduzida, mas esse é o inevitável futuro. Antes de comprar mais um caminhão ou trator a diesel, pense nisso e tenha em mente que este nefasto combustível fóssil que, além de caro, é o que mais polui a atmosfera e o meio ambiente!
Prosa rápida
Estragonofe
Por causa da invasão russa, a colheita de grãos da Ucrânia neste ano de 2022 será de cerca de 48,5 milhões de toneladas, segundo o vice-ministro da Agricultura, Taras Vysotskyi. No ano passado, a safra somou cerca de 86 milhões de toneladas. E as coisas por lá não devem voltar ao normal tão cedo, mesmo que a guerra termine logo. A área total semeada no país diminuiu 25% em 2022, comprometendo colheitas futuras.
Cara fertilidade
As dificuldades na obtenção de fertilizantes no mercado internacional fizeram os importadores brasileiros acelerar as compras. Em maio, o país importou 4,1 milhões de toneladas, 57% a mais do que em 2021. A disparada dos preços dos fertilizantes, causada pelas sanções comerciais à Rússia, fez o Brasil gastar US$ 9,6 bilhões com esses produtos nos cinco primeiros meses do ano. Esse valor supera em 178% o verificado de janeiro a maio do ano passado!
Agro em debate
A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) promove no dia 1º de agosto no hotel Sheraton WTC São Paulo o 21º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em parceria com a B3. Seguindo o mote “Integrar para Fortalecer”, o evento contará com a participação de empresários, líderes setoriais, autoridades públicas e profissionais ligados ao agro, além do ex-presidente Michel Temer. Informações e inscrições pelo site www.congressoabag.com.br.
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