A médica e empresária Mariana Maciel está à frente da Thronus, que oferece soluções tecnológicas avançadas e educa sobre o consumo seguro e eficaz da cannabis medicinal

Na vanguarda da pesquisa e do desenvolvimento de tratamentos com cannabis medicinal, Mariana Maciel deixou a emergência e os plantões do Samu para embarcar em um aprofundamento ainda incipiente entre os médicos brasileiros. Em 2018, ela se mudou para o Canadá, onde estudou os benefícios terapêuticos da planta.

“Nunca havia tido contato com a cannabis, inclusive tinha preconceito e uma cabeça muito fechada para o uso. Mas o conhecimento trouxe liberdade e a quebra de um estigma. Os resultados são reais e já observo que as histórias dos pacientes são poderosas”, conta. Ela fundou ao lado de seu marido e sócio, Kieran Halpin, a Thronus – que oferece soluções tecnológicas avançadas e educa a comunidade médica e os pacientes sobre o consumo seguro e eficaz da cannabis medicinal.

Mariana Maciel, fundadora da Thronus – foto Polyane Costa

A experiência da médica e empresária no Canadá, onde o mercado de cannabis é regulado, contrastou fortemente com a realidade brasileira. “Eu me senti no dever de mudar esse panorama como cidadã e médica. O Brasil é totalmente prematuro no assunto e necessita de avanços significativos”, destaca. Os desafios enfrentados ao empreender com cannabis medicinal foram diversos, incluindo a resistência para abrir contas bancárias e encontrar soluções logísticas. “Porém, com a regulamentação no país, já se observa o aumento na oferta e na demanda por esses produtos. Estima-se que o mercado movimentará cerca de R$ 26 bilhões até 2025, com a potencial criação de mais de 117 mil empregos e 430 mil pessoas atendidas.”

A Thronus desenvolve produtos inovadores como o Bisaliv, que utiliza tecnologia PowerNano para disponibilizar soluções hidrossolúveis mais eficazes e convenientes para a administração de remédios. “O mercado se adapta rapidamente para atender às necessidades dos pacientes e acompanhar as oportunidades criadas pela evolução das regulamentações e pelo avanço da ciência”, finaliza.