Na contramão da crise do varejo físico, o setor de e-commerce cresceu pelo menos 40% no país durante a pandemia do coronavírus
Como alternativa ao isolamento social, o comércio eletrônico ganhou cerca de 5 milhões de novos clientes desde o início da quarentena. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) registrou o lançamento de quase 90 mil novas lojas online a partir de março.
Somente no primeiro mês da crise, o número de consumidores com pelo menos uma compra virtual foi de um milhão. A tendência que fortaleceu as grandes plataformas de comércio online, por outro lado abriu também novos caminhos para o setor varejista e, mais do que isso, criou uma alternativa para pequenos empreendedores.
O grande varejo especializado em e-commerce abriu os braços para lojistas sem infraestrutura e capital para frete. Com suas lojas fechadas, o Magazine Luiza acelerou o projeto Parceiro Magalu, agregando em sua plataforma pequenos negócios em troca de uma comissão por venda.
O programa superou as expectativas do grupo de Maria Luiza Trajano. Lançado em 31 de março, em três meses ultrapassou 40 mil cadastros.
Comércio regional e pequenas lojas de bairro romperam fronteiras e por meio dessa parceria expandiram sua área de atuação para todo o território nacional utilizando o serviço de frete do Magalu.De São Paulo, maior mercado consumidor do Brasil, até Epitaciolândia, no Acre, pequenos comércios ganharam um vendedor poderoso, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Já o Mercado Livre, maior empresa de e-commerce do país, vem nadando de braçadas desde o início da pandemia. Seu balanço do primeiro trimestre do ano é recheado de boas notícias. Cresceu 70,5% em faturamento, atingindo um valor líquido de US$ 652 milhões. No total, o volume de vendas foi de US$3,4 bilhões, o que representou um crescimento de 34,2%.
Na avaliação da empresa, atuando em uma das áreas menos afetadas pela pandemia da Covid-19, apesar do impacto inicial e da incerteza financeira de seus clientes, a recuperação começou já em abril.
O levantamento do Mercado Livre na América Latina revela que o marketplace sofreu baixa significativa durante a semana de 18 a 24 de março. No mês seguinte, porém, houve uma forte recuperação, com taxas de crescimento aceleradas em itens vendidos em volume transacionado, da ordem de quase 75%.
E embora o comportamento do comprador tenha se modificado, com redução de compra de itens não essenciais, cresceram as categorias de saúde, produtos cotidianos e brinquedos.
Outras grandes marcas também se movimentaram pelo mundo digital, como a Samsung, que criou a página “Conecte-se à sua casa”, com uma série de ações promocionais direcionadas ao e-commerce de redes varejistas parceiras.
A ViaVarejo, dona das Casas Bahia, Extra.com e Ponto Frio, colocou cerca de 20 mil vendedores, impedidos de ir às lojas, para vender via WhatsApp.
A situação atípica mudou completamente qualquer previsão que se fazia para o comércio eletrônico brasileiro e a primeira experiência de compra online deve fazer com que isso se torne um hábito para as pessoas.
EXCELENTE NOTICIA, PARA ESTE MOMENTO, AS EMPRESAS QUE SOUBERAM REALOCAR OS FUNCIONÁRIOS E DAR CONTINUIDADE NAS FUNÇÕES QUE O MERCADO VAI SE ADAPTANDO.