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Caribe acena com clássicas e ousadas propostas para quem busca sal, sol e algo mais

por | nov 9, 2018 | Cruzeiros, Turismo | 0 Comentários

Nem os piratas conhecem todo o Caribe. Por mais vezes que a gente vá a alguma de suas ilhas, sempre descobre que existem outras ainda a explorar. De tempos em tempos, alguns destinos despontam como novidades, enquanto outros nunca saem de moda e só se consolidam ainda mais como clássicos atemporais – aqueles que nunca ficam fora dos roteiros.

No time das ilhas inexploradas, destacamos a encantadora Anguilla, e no bloco dos sucessos eternos vamos falar de Cuba, que agora vive um novo momento, com a distensão de seu atrito de cinco décadas com os Estados Unidos e o início de uma ligeira abertura política e econômica.

50 tons de azul

Anguilla é um território britânico ultramarinho formado por uma esguia ilha principal em formato de enguia e uma porção de pequeninas ilhotas. Fica a leste das Ilhas Virgens Britânicas e ao norte de St. Maarten. É cada vez mais procurada por viajantes que buscam suas praias de areias finas e brancas e suas águas azul-turquesa. Faz parte da rota dos jetsetters que gostam de paz e sofisticação mas, de preferência, sem badalação, ostentação ou paparazzi.

Os points mais famosos são a vila de Sandy Ground (local da marina que abriga os iates e veleiros e onde concentram, se também os melhores bares e restaurantes), a tranquila enseada de Rendezvous Bay e o isolado e encantador banco de areia de Sandy Island – onde funciona um bar que recepciona
seus visitantes com lagostas grelhadas na hora e refrescantes e coloridos drinques à base de rum.

Para os mergulhadores, os picos mais interessantes são as cavernas, os recifes e os naufrágios de Prickly Pear Cays. Os românticos preferem Shoal Bay East, praia com um inspirador mar que tem muito mais do que 50 tons de azul. Já quem quiser uma experiência única e memorável deve se dirigir a Cove Bay, onde é possível alugar garanhões e éguas no Seaside Stables para fazer uma cavalgada dentro das águas rasas e cristalinas do mar.

Dos hotéis da ilha, uma das melhores opções é o The Reef by Cuisinart – um recém-inaugurado empreendimento que faz parte da rede global Small Luxury Hotels of the World e fica de frente para o mar na praia de Merrywing Bay, com amplas suítes, campo de golfe, spa e equipamentos para diversos esportes náuticos. As diárias variam de US$ 750 a US$ 1.300.

Para chegar a Anguilla de avião, você vai ter de voar até San Juan (em Porto Rico) e então pegar um voo da Air Sunshine, da Seaborne ou da Cape Air. De barco, é possível chegar via St. Maarten.

Atmosfera retrô

Já Cuba é uma ilha em que praia é apenas mais um ingrediente do vasto pacote de atrações. Este é um momento histórico e importante na terra da rumba, da salsa e do merengue. Depois do encontro de Raúl Castro e Barack Obama, ficou mais fácil visitar este país socialista que agora se abre para o turismo. Mesmo com voos diários chegando no aeroporto diretamente de Nova York, de Miami e de Atlanta ou de navios que saem de Fort Lauderdale, desembarcar em Havana ainda dá a impressão de que acabamos de fazer uma viagem pelo Túnel do Tempo.

O Malecón (o bonito bulevar que percorre a orla da capital) e as ruas de paralelepípedos são tomadas por carrões antigos das décadas de 50 e 60, dividindo o espaço com charretes. A internet é tão lenta que dá vontade de escrever uma carta ou fazer uma fogueira para enviar sinais de fumaça. Mas este é um dos grandes charmes da ilha. E se você ainda quiser usufruir essa atmosfera retrô, é melhor se apressar.

Os músicos tocando na rua aqueles ritmos locais, as dançarinas e os dançarinos mostrando um requebrado inigualável, os bares servindo daiquiris e mojitos elaborados com rum da melhor qualidade e as tabaqueras oferecendo charutos enrolados à mão com as melhores folhas de fumo do mundo são
encantos que não existem em nenhum outro lugar.

Flanar por entre as lindas construções coloniais de Havana, Trinidad, Santiago e Cienfuegos é um programão. Jantar em um dos encantadores paladares – restaurantes caseiros inspirados no bufê que a empreendedora personagem de Regina Duarte comandava na novela “Vale Tudo” – é muito melhor do que ir a um dos estabelecimentos instalados na zona turística. As visitas às fábricas de charutos e destilarias de rum são passeios enriquecedores, assim como o tour pela cidade a bordo de um desses velhos carrões ou no side-car de uma motocicleta da época da Segunda Guerra.

Apesar do glamour vintage, a rede hoteleira ainda é bem defasada em termos de tecnologia e isso às vezes é irritante, mas aos poucos ela vai se modernizando. Hotéis como o Mercure, o Iberostar e o Meliá Cohiba têm confortáveis acomodações e diárias bem razoáveis (entre US$ 110 e US$ 500).

Se a ideia é chegar por via aérea, Miami é a melhor opção, mas há também voos que saem da capital da Cidade do México, da capital do Panamá e de Bogotá (na Colômbia), que são boas rotas para quem vem de São Paulo ou Rio. E, agora que os cruzeiros estão liberados, pegar um dos confortáveis navios da Norwegian ou da Oceania Cruises (que passam por Great Stirrup Cay, a paradisíaca ilha particular da companhia nas Bahamas) são também excelentes alternativas – principalmente se você não quiser ficar hospedado em terra.

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