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Liniker lança seu segundo álbum e é presença garantida no Lollapalooza

por | abr 1, 2019 | Pessoas | 0 Comentários

“Vos faço canção de antemão/ Do que resta desse nosso não”, canta Liniker na música de ritmo afro-caribenho “Lava”. Essa e outras 12 canções constroem o recém-lançado álbum “Goela Abaixo”, da banda Liniker e os Caramelows. As novas letras e melodias são um pouco diferentes do primeiro disco, “Remonta”, que discorre sobre amor em ritmo de soul e R&B. “Estamos mais maduros agora, menos platônicos sobre os afetos, o novo álbum fala de assuntos que precisamos colocar para fora”, conta.

Essa segurança parece estar alinhada à própria maturidade da cantora, que se mostra mais firme sobre quem é e o que quer expressar. Liniker é mulher, cantora e atriz. É tímida longe do microfone, seu tom é suave na conversa para esta entrevista. Mas quando canta, sua firmeza transborda. “Nos shows, grito e respiro junto com a banda e o público”.

Usar barba, turbante e saia no palco pode até ter chocado muita gente, mas a cantora não se incomodou. Até porque já era o momento de seu rosto estar presente na música. Uma mulher trans ainda  não havia conquistado esse espaço. Em 2015, gravações no Youtube alcançaram 15 milhões de visualizações, lançando o som de Liniker. Um ano depois, com o financiamento coletivo de fãs, veio o primeiro disco.

O sucesso deslanchou, surgiram turnês pelo Brasil, França, Alemanha, Inglaterra, EUA, entre outros lugares. Para seguir com seu talento, as referências são como alimento. “Minhas inspirações são principalmente mulheres negras, como as cantoras Alicia Keys, Lauren Hill e Sharon Jones”. “Goela Abaixo” reflete esse respeito à pluralidade na música. O disco foi produzido durante viagens por 25 países com a participação de artistas como Tássia Reis e as cantoras ganesas Florence Adooni e Lizzy Amaliyenga.

Com diversos caminhos trilhados, sonha ainda em fazer cinema. “Escrever músicas para filmes e atuar é o que almejo”. Mas o foco agora é o presente. Liniker, que já cantou no Lollapalooza em 2018, repete a dose neste mês. “Adoro festivais, o clima é diferente de um show fechado, a agitação do público é maior e o line-up do dia nos inspira também”. E completa, empolgada: “Vai ser bafo!”.

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