logo
logo

A velejadora olímpica Isabel Swan defende a preservação das águas e a participação de atletas na gestão esportiva

por | mar 9, 2020 | Pessoas & Ideias | 0 Comentários

A imagem emblemática da velejadora carioca Isabel Swan recolhendo lixo da Baía da Guanabara enquanto disputava as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, ficou na memória de todos que lutam para proteger a natureza. “É necessário que os atletas se mobilizem. Sem a preservação do meio ambiente não há condições para desenvolver o esporte”, defende. Hoje, Isabel levanta a bandeira da representatividade dos atletas – é a única brasileira na Comissão de Atletas Pan-Americana – e é uma das principais vozes a favor da proteção dos recursos hídricos e do acesso ao saneamento básico.

Isabel Swan, nas Olimpíadas de 2016, no Rio. Foto: Divulgação

Isabel Swan, nas Olimpíadas de 2016, no Rio. Foto: Divulgação

O encantamento pela vela surgiu cedo para Isabel Swan. Em 1992, a madrinha da velejadora voltava dos Jogos Olímpicos de Barcelona e a menina de 9 anos se empolgava com a possibilidade de também representar o país na maior competição esportiva do mundo. Incentivada pela família de velejadores e após muito treino, Isabel foi para as Olimpíadas de Pequim, em 2008, de onde saiu com a primeira medalha do Brasil na categoria feminina. “Até então não existiam mulheres medalhistas na vela no país, nós abrimos esse espaço”, conta.

Ela é membro da Comissão de Atletas nas Américas e seu objetivo é representar os demais esportistas brasileiros. “Acredito muito que esse é o caminho, uma maior participação na gestão esportiva para prevenir a corrupção e as injustiças!”, enfatiza.

Aprender sobre a parte administrativa também é a aposta da velejadora para sua transição de carreira: “Já participei de um programa global para recolocação no mercado do atleta, tenho aprendido muito sobre governança, além das possibilidades de parceria com clubes e empresas”.

Para Isabel Swan, a universalização do saneamento básico tem tudo a ver com o esporte. Ela é embaixadora do Instituto Trata Brasil, que reúne dados e ações para a conscientização desse tema. “Existem mais de 20 milhões de mulheres sem acesso ao tratamento de esgoto no país, isso impacta o aprendizado e a capacidade de trabalho delas. Como podemos esperar que elas sejam potenciais atletas nessas condições?”, questiona.

0 comentários
Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *