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Consumidor consciente: saber a origem e os processos de fabricação do produto

por | dez 5, 2018 | Sustentabilidade | 0 Comentários

Bolsa artesanal da marca Catarina Mina

O olhar atento a tudo aquilo que envolve o consumo, e até mesmo ao que vem antes do ato da compra, é o que torna o consumidor apto a cobrar melhorias das marcas e do poder público. Ao conhecermos os processos de fabricação dos produtos que consumimos podemos, além de exigir mudanças positivas, fazer escolhas melhores. O consumo consciente é o oposto da compra por impulso, de forma imediatista e excessiva – aquela que supre uma satisfação rápida e não considera as consequências ambientais e sociais desse ato.

Quanto mais sustentável melhor

O movimento ASAP (As Sustainable As Possible) é um chamado da marca de roupas e calçados Osklen para a urgência da adoção de um estilo de vida alinhado a práticas socioambientais. A coleção de verão, recém-lançada, reafirma esse propósito e divulga um manifesto em defesa dos mares e oceanos.

A Osklen lançou a primeira camiseta feita de algodão orgânico em 1998 e, ao longo de dez anos, atingiu um milhão de garrafas PET recicladas para a criação de peças. Em 2011, Oskar Metsavaht, fundador e diretor de criação da marca, recebeu o título de Embaixador para Cultura da Paz e da Sustentabilidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Conexão floresta

O selo Origens Brasil protege a Amazônia e os povos da floresta

O selo Origens Brasil parte da perspectiva de que é possível um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, que possa gerar impactos positivos para a conservação da floresta – tudo isso com a valorização dos produtos, da cultura e do modo de vida das populações tradicionais.

A iniciativa, articulada pelo Imaflora e pelo Instituto Socioambiental, mapeia e conecta as empresas aos povos da floresta, baseada em relações comerciais éticas, de longo prazo. O site do selo ajuda a identificar a origem do que consumimos, atuando como um elo de conexão entre produtores e consumidores por meio de uma plataforma digital e uma rede colaborativa que promove relações comerciais éticas, transparentes e equilibradas.

A transparência está na moda

Especializada na criação e desenvolvimento de bolsas feitas à mão, a marca cearense Catarina Mina abriu todos os seus custos para o consumidor final e passou a investir mais nas suas artesãs, que têm participação nas vendas. A grife foi a primeira do segmento de moda a colocar às claras as etapas do processo de produção de suas bolsas.

Modelo da Osklen

No site, é possível constatar os valores que vão para cada parte da cadeia produtiva. Isso inclui desde o design proposto pela estilista, o trabalho das artesãs, das costureiras que finalizam a peça e até mesmo o dia a dia das funcionárias que embalam o artesanato. A Catarina Mina faz parte de movimentos mundiais como o Fashion Revolution, campanha para a erradicação do trabalho escravo nas marcas de moda.

Conscientização para mudar

Criado em 15 de março de 2001, Dia Mundial do Consumidor, o Instituto Akatu é uma organização não governamental que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente. As atividades estão focadas na mudança de comportamento do consumidor e são realizadas a partir de duas frentes de atuação: educação e comunicação, com o desenvolvimento de campanhas, conteúdos e metodologias, pesquisas e eventos. O Akatu também atua junto a empresas que buscam caminhos para essa nova economia, ajudando a identificar oportunidades que levem a novos modelos de produção e consumo, que respeitem o ambiente e o bem-estar.

Compartilhar é o futuro

Por que precisamos comprar tudo o que usamos? A Roupateca é um serviço de guarda-roupa compartilhado, que promove o conceito da moda circular. Em vez de ter um armário limitado de gastar comprando o que vai ser pouco usado, na Roupateca os clientes têm acesso a um grande acervo e definem um valor para investimento em moda. Assim, usam peças com as quais podem ficar até duas semanas, depois desse tempo trocam por outras na próxima visita. Além de compartilhado, o guarda-roupa também é construído de forma colaborativa.

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