Quem já conhece São Paulo sabe o quanto é sofrido andar pela rua, principalmente na hora do almoço, no primeiro mês do ano. Se por um lado janeiro é o mês perfeito para conhecer ou revisitar os bons restaurantes mais distantes da nossa rotina, em função do trânsito bem mais ameno do que no resto do ano, também é o mês mais desconfortável para quem gosta de sair a pé para almoçar.
De qualquer maneira, uma coisa é certa: até quem não tem o hábito de frequentar sorveterias o ano inteiro se deixa encantar pela promessa de frescor que a avalanche de novas bandeiras de “gelatos” de alta qualidade promete. Se for para tomar um sorvete após o almoço, ou mesmo no fim de semana, faço aqui uma lista de sugestões, em que TODAS as sorveterias citadas são de muita qualidade.
Vamos começar pelos Jardins, berço obrigatório de toda novidade. Na rua Oscar Freire, a não por acaso famosa Bacio di Latte, com oito anos de idade, já abriu 40 lojas só na capital… Dá para acreditar ? E isso fabricando seus sorvetes diariamente em todas as suas lojas… É sucesso absoluto nas ruas, nos shoppings e nos aeroportos do Brasil. Ao pedir um café em qualquer uma das lojas, você ganha uma mini porção do produto no sabor bacio di latte, que praticamente obriga você a fazer outro pedido…
Um pouco mais à frente, no mesmo quarteirão, está o Le Botteghe di Leonardo, por muitos eleito como o hit da categoria. Ali só entram estabilizantes naturais, tipo farinha de alfarroba. E se assim o desejar, pode sair de lá chupando um picolé de vários sabores selecionados.
Perto dali, na Padre João Manoel, encontra se a Dri Dri, instalada desde 2014 e primeira filial dessa sorveteria londrina. Ali não se utilizam aromatizantes, corantes ou emulsificantes. Tangerina com manjericão é um hit da casa.
Na Artur de Azevedo, em Pinheiros, encontra-se a mais comentada de 2019, a Frida e Mina. Nada de corantes ou estabilizantes, apenas produtos orgânicos. Exatamente isso. Não é de estranhar os resultados espetaculares, tais como crocante de macadâmia e morango com balsâmico.
A alguns passos, na Joaquim Antunes, a famosa Albero dei Gelati, com sede em Milão e sucesso absoluto em Nova York, abriu suas portas em São Paulo levantando a bandeira do gelato agrícola, com 100% ingredientes orgânicos e biodinâmicos. Você pode até optar por uma variedade vegana tipo sorbet de chocolate, limão ou manga. Essa é a única gelateria com direito a 3 cones no guia Gambero Rosso da Itália, uma referência inegável.
Mais perto da estação Vila Madalena de metrô, a Stuzzi se destaca pelos sorvetes artesanais sem glúten e sem lactose. Isso faz com que seja a preferida dos veganos. Até o copinho é comestível, feito de mandioquinha.
Finalmente acabo minha lista com a Cuor di Crema. Sempre protegidos da luz e do oxigênio, os gelados preservam a textura lisa e cremosa, e são especialmente apreciados pelas variações de chocolates amargos de diversas origens.
O bairro campeão de sorveterias de qualidade por metro quadrado é, de longe, os Jardins. Outra boa notícia é que todas essas casas oferecem também um ótimo café, o que é outro motivo agradável para quem está em dúvida se deve ou não se refrescar à italiana…
Até!
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