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Região da Emilia Romagna é o lugar ideal para os amantes de carros de luxo

por | jun 1, 2019 | Viagens | 0 Comentários

Basilica di San Petronio na Piazza Maggiore, principal praça de Bolonha

A primeira edição do Motor Valley Fest aconteceu entre os dias 15 e 20 de maio na Emilia Romagna, uma região lindíssima da Itália, que marca a fronteira entre o norte e o centro do país.

O lugar é conhecido como Motor Valley, por reunir as marcas de automóveis mais famosas, os autódromos e os centros de treinamento especializados na área automotiva, acolheu durante seis dias turistas do mundo todo, colecionadores, talentos dessa área, CEOs de fabricantes de carros e muitos investidores.

Afinal, nenhum outro destino no planeta tem essa expertise em carros superesportivos. É nessa região que se concentram as fábricas de marcas como Maserati, Ferrari, Lamborghini, Pagani, Ducati e Alfa Romeo, entre outras.

Além disso, o evento traz a – inesquecível – oportunidade de experimentar a adrenalina em test drives, passeios com pilotos profissionais em pistas e off road e em imersões com os dream teams de marcas como a Ferrari, por exemplo.

Capital gastronômica

Iniciamos o roteiro por Bolonha, que fica a apenas 35 minutos de Florença e uma hora de Milão. Com seus 40 quilômetros de arcadas no centro da cidade medieval, Bolonha é um lindo museu a céu aberto. Conhecida como La Rossa (A Vermelha), por causa de seus edifícios medievais de terracota, a cidade acolhe igrejas belíssimas – vale conhecer o Santuário della Madonna di San Luca, localizado numa colina – , museus e muita história.

Comércio em Bologna

Você pode escolher entre achados etruscos e múmias egípcias, pinturas de Giorgio Morandi ou Guido Reni, arte contemporânea ou espadas medievais e ainda pode visitar sua universidade, a mais antiga da Europa, e descobrir o que atraiu tantos estudantes ao longo dos séculos.

Além de ser a sede das marcas Lamborghini e Ducati, Bolonha também é considerada a capital gastronômica da Itália, especialmente por algumas de suas delícias, conhecidas mundialmente: tortellini, lasagne verdi e tagliatelle, entre outros pratos famosos.

No dia seguinte, visitamos a Dallara Academy, fábrica de chassis que montou um interessantíssimo centro de treinamento para crianças. À noite, no sofisticado Palácio Ducal, aconteceu o jantar de abertura do Motor Valley Fest, uma degustação orquestrada pelo chef italiano Massimo Bottura, que ostenta 3 estrelas Michelin.

Joias automotivas

Já em Modena, a primeira visita do dia foi à fábrica da Maserati, marca que existe desde 1914 e conta com gloriosos feitos, tanto em estradas como nas pistas.

Foi interessante conhecer a fábrica e saber de curiosidades como a alta customização dos carros Maserati: os italianos mudam absolutamente tudo quando adquirem o seu carro, da cor do couro do banco às rodas e direção.

A fábrica da Pagani, em San Cesario Sul Panaro, a trinta minutos de Modena, é um capítulo à parte. Fundada pelo argentino Horácio Pagani, ela produz modelos de alta performance que são verdadeiras joias artesanais, vendidas a preços que variam de 3 a 15 milhões de euros. Os clientes da fábrica são em geral xeiques ou bilionários que vivem mundo afora. Os carros, como o modelo Zonda Cinque, são feitos com chassis de fibra de carbono e produzidos em tiragem limitada: apenas dois veículos por mês.

Museu da Ferrari em Maranello

Uma pausa para degustação na fábrica dos vinhos Lambrusco mostrou o outro lado de Modena, uma cidade que vive intensamente a gastronomia e também a música. Internacionalmente conhecida por suas óperas e pelo ensino de canto, Modena é a terra natal do famoso tenor Luciano Pavarotti. Por isso, assistir a uma ópera no belíssimo teatro Luciano Pavarotti Opera House se mostrou uma experiência mais do que especial.

“Prosciutto” e boa música

No dia seguinte, acompanhamos a passagem da mais estilosa, clássica e bela corrida de 1000 milhas, com 430 carros clássicos fabricados entre 1927 e 1957 passando pelo centro de Modena. A corrida, que saiu de Brescia, foi realizada em quatro dias, e é um evento seguido por moradores e turistas de diversas partes do mundo.

A despedida de Modena se deu no Museu Enzo Ferrari, instalado onde existia a oficina de Alfredo Ferrari, pai de Enzo. Outro museu imperdível é o Museu Ferrari de Maranello, com sua mostra que agrada tanto o conhecedor de carros históricos quanto o amante das corridas de Fórmula 1.

Emilia Romagna realmente é um lugar marcante para os amantes do automobilismo. Tem 15 museus de automóveis, 16 coleções privadas, 4 autódromos, 188 equipes de corrida – incluindo a Ferrari –, e 5 fabricantes de carros superesportivos. Tudo isso gera 64 mil empregos e 5 bilhões de euros por ano. Cerca de 1,8 milhão de turistas vão à região por ano, gerando 300 milhões de euros na economia.

Já na cidade de Parma, conhecida por suas especialidades – o parmigiano Regiano, o presunto de Parma e o culatello – visitamos a Antica Corte Pallavicina, um dos melhores produtores de culatello do mundo. Um presunto realmente excepcional, curado em porões em um período que vai de 12 a 30 meses, e vendido para restaurantes de luxo do mundo todo e figuras da realeza. Plaquinhas pregadas nos presuntos mostram clientes cativos como os príncipes Charles, da Inglaterra, e Alberto, de Mônaco, além da renomada Osteria Francescana, casa do premiado chef Massimo Bottura.

Estátua de Ayrton Senna, em Imola, cidade onde o campeão morreu

O passo seguinte do nosso roteiro foi a cidade de Imola, no autódromo onde o campeão Ayrton Senna morreu aos 34 anos, há exatos 25 anos. Lá foi inaugurada em 10 de abril a exposição “Ayrton Magico” no museu multimídia. A mostra conta a história do campeão brasileiro através de uma narrativa inovadora e interativa. A exposição fica até o final de novembro e inclui vídeos, entrevistas, imagens e vários registros importantes desse grande piloto, venerado mundialmente.

Sem dúvida, um fecho especial para uma viagem que surpreendeu por seus inúmeros saberes e atrativos, como a arte, a engenharia, o design, a tecnologia, além da alta gastronomia, da cultura e da tradição.

Luiz Melo viajou a convite da ENIT – Agência Nacional Italiana de Turismo, e da APT Servizi Emilia Romagna – Agência de Promoção Turística da Região Emilia Romagna.

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