Oficialmente, a data que marca o aniversário da chegada dos imigrantes japoneses ao Brasil é 18 de junho, quando o navio Kasato Maru desembarcou no Porto de Santos. No entanto, excepcionalmente este ano, em que se festeja os 110 anos da imigração japonesa, as celebrações oficiais foram adiadas para o mês de julho. E o motivo é um só: coincidir com o Festival do Japão, que chega à sua 21ª edição reconhecido como o principal evento de divulgação da cultura nipônica no Brasil.
Organizado pelo Kenren (Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil), o festival faz parte do calendário turístico de São Paulo e tem sido um grande sucesso todos os anos. Para se ter uma ideia de sua grandeza, ele é considerado o maior evento da cultura japonesa no mundo. Somente no ano passado, recebeu 182 mil visitantes, sendo que 59% deles eram não descendentes de japoneses. Para este ano, a previsão é que 200 mil pessoas compareçam ao evento entre os dias 20 e 22 de julho no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, que reservou 45 mil m² de área coberta para o festival.
Contando com a colaboração oficial do governo do Japão, além do apoio do governo brasileiro, o Festival do Japão acontece pela união e esforço de 15.000 voluntários, que trabalham para a realização desse projeto cultural. O objetivo é preservar e divulgar a cultura japonesa, perpetuando as tradições entre as novas gerações.
Nesse evento recheado de atrações como shows, performances e espetáculos, a gastronomia é realmente a protagonista – e a Praça da Gastronomia, com seus 54 estandes representando a culinária de cada uma das 47 províncias do Japão, reúne a maior parte dos visitantes. Lá você pode encontrar de receitas familiares, passadas de geração em geração, a novidades e tendências japonesas. Uma curiosidade neste ano é que o festival tentará bater o recorde de exposição do “Maior Mostruário de Pratos da Culinária Japonesa” no Guinnes World Records. Toda a arrecadação dos estandes é destinada à manutenção do trabalho das associações de províncias e entidades beneficentes convidadas.
Na Arena 110 anos, haverá a comemoração dos 110 anos da Imigração Japonesa com a participação prevista da ilustre princesa Mako, neta mais velha do imperador japonês Akihito do Japão, além das apresentações de cerca de 50 grupos artísticos de músicas, danças e artes.
Já no Palco Vermelho e Branco, haverá atividades com participação do público, demonstrações de artes marciais, esportes e danças folclóricas como o Bon Odori. Na Área Cultural, o público terá contato com manifestações como o chadô (a cerimônia do chá), a exposição de ikebana (arranjos florais), e diferentes workshops. E para quem gosta de animes, mangás e filmes, o Akiba Cosplay reúne cosplayers (ato de se fantasiar e interpretar um personagem da ficção) do Brasil.
O Festival terá ainda o concurso Miss Nikkey Brasil, uma área com atividades lúdicas para crianças e outra com programação especial para a terceira idade.
Kumon arma estande no Festival do Japão:
Na feira, o visitante poderá conhecer um pouco mais sobre o método de estudo que está presente em 50 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes no mundo.
De acordo com Yumi Kajihara, gerente da filial japonesa do Kumon, de 2017 para cá foi registrado um aumento de 10% na procura. “Nosso público é composto por crianças descendentes de famílias japonesas que já têm uma proximidade com a cultura, e por jovens a partir dos 16 anos. São adolescentes que conhecem os mangás, desenhos e jogos de computador e querem aprender a língua e saber mais sobre o modo de vida dos japoneses”, diz Yumi.
Quem visitar o estande da marca poderá sair com o nome escrito em Kanji (ideogramas).
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