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Tecnologia e segurança: carros autônomos são o novo foco das montadoras

por | nov 2, 2018 | Mobilidade | 0 Comentários

A Mercedes-Benz aposta em tecnologia para oferecer segurança e conforto

Se antes era um pensamento futurista, coisa de ficção científica, um carro com uma tecnologia de ponta andar sem motorista, hoje isso é uma possibilidade cada vez mais real. Os fabricantes de automóveis têm como aliados as empresas de tecnologia para, dessa forma, conseguir proporcionar experiências mais seguras e sustentáveis aos motoristas do mundo inteiro.

A General Motors, por exemplo, já anunciou que irá lançar em 2019 um serviço de veículos autônomos nos Estados Unidos, com carro sem volante e pedais, completamente autônomo. Trata-se do Cruise AV, feito em cima da plataforma do Bolt elétrico, que foi testado com sucesso nas ruas de São Francisco, na Califórnia.

A GM aguarda a autorização do governo americano para colocar o carro em funcionamento e lançá-lo ano que vem.

Para Marcos Munhoz, vice-presidente da GM Mercosul e Presidente do Comitê de Sustentabilidade, a grande vantagem do autônomo elétrico é que ele corresponde totalmente à visão “Zero emissões, zero acidentes e zero congestionamentos”, bandeira aclamada pela CEO da GM, Mary Barra (leia a matéria sobre a executiva na pág. 12). “As estatísticas mostram que 95% dos acidentes são provocados por erro humano: o motorista que está enviando mensagem no celular, algo infelizmente comum, ou aquele que dirige alcoolizado. Apenas 5% são provocados por fatores externos. Então, o impacto dos carros autônomos é muito grande e positivo. Além disso, essa visão é importantíssima, pois leva uma empresa inteira a seguir um norte que atenda às aspirações da sociedade no nosso negócio, que é eliminar emissões, acidentes e congestionamentos”.

Segurança e comunicação

A conectividade é, hoje, uma tendência clara para a indústria automotiva: o carro não é apenas um meio de transporte, mas também um gerador de dados. Segundo Breno Kamei, diretor de estratégia de produto da Chrysler Automobille (FCA) para a América Latina, a instalação de um módulo similar a um SIM Card de telefone celular pode permitir a comunicação do carro com a montadora e a concessionária e vice-versa. “Trata-se de um ecossistema de comunicação que depois se expande para outros fornecedores de serviços, para a própria casa, escritório e telefone do usuário. A conectividade traz o mundo do smartphone para o carro”, explica Kamei.

SUV Citroën C4 Cactus, com sistemas de alerta de colisão e frenagem automática

Um exemplo: o motorista pode mandar um comando remoto para o automóvel acionar o motor e ligar o ar-condicionado, para que, ao chegar ao veículo, ele já esteja com a temperatura interior desejada. O carro também pode ser trancado ou acionado à distância.

Na Mercedes-Benz, o desenvolvimento de tecnologias em prol da segurança e da conectividade nos automóveis é uma constante. “O lançamento do Classe E com seus sistemas de condução semiautônoma em 2016 e, agora, o recém-apresentado MBUX (Mercedes-Benz User Experience), que transformou o Classe A em um verdadeiro celular sobre rodas, reforçam nosso compromisso com o consumidor de proporcionar boas experiências”, afirma Dirlei Dias, gerente sênior de Vendas Automóveis da Mercedes-Benz do Brasil.

A montadora já tem dispositivos como o Active Blind Spot Assist – Assistente Ativo de ponto-cego. Esse sistema sinaliza para o motorista uma possível situação de risco, com alerta visual no retrovisor, sinal sonoro e intervenção unilateral dos freios. Há também o Active Braking Assist, que detecta pedestres. A câmera e o sistema de monitoramento de curta, média e longa distância mapeiam a área à frente do automóvel e podem juntos reconhecer pessoas localizadas nesse espaço, assim como seus movimentos.

O Novo SUV Citroën C4 Cactus, recém-lançado, também conta com alertas de atenção ao condutor, de saída de faixa, de colisão (detecta veículos e pedestres) e de frenagem automática, além de seis airbags.

O alerta ao condutor, por exemplo, avalia o nível de alerta do motorista, identificando mudanças de trajetória em relação às marcações de faixa. Quando o sistema interpreta o comportamento do veículo, indicando um certo limite de fadiga ou falta de atenção por parte do motorista, ele aciona o primeiro nível de alerta pela mensagem – “Fique atento! (Cuidado!)” –, acompanhado de um sinal sonoro. Após três alertas de primeiro nível, o sistema aciona um novo alerta, acompanhado de sinal sonoro mais pronunciado. Esse sistema é particularmente adequado para estradas rápidas (velocidade superior a 65 km/h) e é apenas uma das opções do pacote de segurança do Cactus.

Entre as facilidades conectivas, há o reconhecimento vocal via smartphone, que permite o controle de funções do seu celular à distância, sem tirar os olhos da estrada, por meio da simples pressão no botão de reconhecimento vocal localizado na chave de seta.

Para Antonio Jorge Martins, consultor automotivo e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), todas essas novidades já eram esperadas. “A indústria automotiva vem passando por transformações rápidas e os campos que mais estão recebendo investimentos são a área de conectividade e inteligência artificial. As empresas apostam em tecnologias que devem estar nas ruas no momento oportuno e já perceberam que o papel na sociedade atual é de fornecedora de serviços e não de carros”, afirma Martins.

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