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IMS lança edital e divulga trabalhos artísticos feitos na quarentena

por | abr 29, 2020 | Cultura | 0 Comentários

O Instituto Moreira Salles (IMS) apresenta ao público os primeiros trabalhos desenvolvidos pelos artistas e coletivos convidados pelo Programa Convida, de incentivo à criação artística durante a quarentena. Os projetos já podem ser acessados no site do IMS. A plataforma é alimentada de forma dinâmica, de acordo com a chegada dos trabalhos, e traz novidades a cada dia para o público.

Até o momento, estão disponíveis dez trabalhos, incluindo crônicas dos escritores Ana Paula Maia, Cidinha da Silva, Geovani Martins e Itamar Vieira Junior; filmes da atriz e diretora Helena Ignez e do cineasta Takumã Kuikuro; vídeos dos artistas Edgar e Leona Vingativa e do fotógrafo Marcelo Rocha e uma apresentação musical da Família Ernest Dias.

IMS lança edital para estimular criações artística durante a pandemia no Brasil

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Lançado no dia 15 de abril, o Programa Convida é um projeto de apoio à produção artística, no contexto da epidemia da Covid-19. Na primeira etapa, o IMS selecionou cerca de 60 artistas e coletivos para produzirem obras inéditas, que serão publicadas no site ao longo das próximas semanas. Eles foram convidados segundo critérios que levam em conta a diversidade de identidades presentes no Brasil – de raça, gênero, regionalidade, contexto social e cultural.

O público já pode acessar as dez obras mencionadas acima. Com olhares e perspectivas distintas, os trabalhos abordam os impactos da epidemia. Helena Ignez, por exemplo, apresenta o filme “Fogo baixo, alto astral”, no qual registra sua rotina em casa, entremeada pela leitura de textos. Já o cineasta Takumã Kuikuro, membro da aldeia indígena Kuikuro, documenta como a doença afetou o cotidiano do seu povo, no Alto Xingu. Em seu trabalho, a artista paraense Leona Vingativa, conhecida por seus vídeos na internet, faz um depoimento cômico sobre a quarentena.

Também já estão disponíveis quatro crônicas. Em “A travessia”, a escritora e roteirista carioca Ana Paula Maia trata das conexões entre presente e futuro, em um momento de pausa. Já o autor carioca Geovani Martins aborda a impossibilidade de criar sem o outro. O escritor baiano Itamar Vieira Junior, por sua vez, assina um texto sobre a relação homem/animal e o fim do controle da natureza. A autora mineira Cidinha da Silva escreve uma crônica sobre o direito de enterrar os mortos e a espiritualidade.

No vídeo “Memória de uma máquina de karaokê”, o artista paulista Edgar reúne gravações de bares, festas e cultos, em uma reflexão sobre como será a convivência das pessoas no futuro. Já o fotógrafo e ativista paulista Marcelo Rocha apresenta um ensaio visual, no qual documenta os efeitos da epidemia na periferia, evidenciando a desigualdade e as tensões de quem não pode ficar em casa. Há ainda uma apresentação em vídeo da Família Ernest Dias, na qual a flautista Odette Ernest Dias reúne-se com diversos membros da sua família para interpretar “Um choro pro Waldir”, de Cristovão Bastos e Paulinho da Viola.

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