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Bom de copo: Saquê, a bebida milenar

por | jul 1, 2018 | Bebidas | 0 Comentários

No Japão, a palavra “sake” significa bebida alcoólica ou “bebida com mais de 1% de teor alcoólico”. Já a bebida fermentada proveniente do arroz, que aqui nós conhecemos como saquê, lá é chamada de nihonshu (bebida originária do Japão). O nihonshu surgiu em 300 d.C (era Yayoi) com cerca de 13% a 15% de teor alcoólico. Em sua composição constam arroz, água, leveduras, fungos e, principalmente, o cuidado de quem produz.

Mais próximo do vinho por ser um fermentado, o saquê, quando consumido puro, pode ser degustado em taças e mais tradicionalmente em copo pequeno e sem alça – o choko. Aqui, é comum adotar o masu, aquele copo quadrado, mas esse tipo só é usado no Japão como utensílio de medida e em cerimoniais. Outra forma de consumo, que surgiu no Brasil, é a “caipisaquê”. Para iniciantes, acho interessante provar, porque introduz a bebida e permite que ela se torne mais conhecida no país.

São mais de 20 tipos e 8 categorias de saquê. Os mais comuns são o honjozou-shu (com acréscimo de álcool após o processo da fermentação) e o junmai-shu (apenas a fermentação pura do arroz, sem acréscimo de álcool), que podem geralmente ser servidos frios, aquecidos e na temperatura ambiente.

Já o saquê premium ginjo-shu (que conta com 40% a 49% de polimento do arroz) e o super premium daiginjo-shu (polimento de mais de 50%) são aromáticos e complexos e devem ser servidos resfriados e frios. Se houver necessidade de aquecimento, ele deve ser feito em banho-maria ou microondas em uma pequena jarra.

Por ser uma bebida de sabor diferenciado, o saquê pede uma degustação mais lenta e atenciosa.

E, sendo fermentado e sem conservantes, deve ser bebido em no máximo um mês depois de aberto, já que o contato com o ar provoca mudanças indesejadas. Guarde-o na geladeira, em pé, para a tampa não ficar em contato com o líquido. E aproveite essa bebida milenar e deliciosa!

 

Equilíbrio perfeito:

#1 Colocar sal na borda do copo não é uma tradição japonesa.

#2 O saquê é produzido numa proporção perfeita de sabores: o doce do arroz, a acidez, o leve amargor e o umami (como é conhecido o 5º gosto).

#3 Como o vinho, o saquê deve ser harmonizado com comidas de diferentes sotaques, não só a japonesa.

 

Yasmin Yonashiro é saquê sommeliere e consultora com foco em serviço e hospitalidade japonesa.

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