Rock in Rio: Confira um roteiro com os melhores shows de cada um dos 7 dias do maior festival de música do país

Rock in Rio: Confira um roteiro com os melhores shows de cada um dos 7 dias do maior festival de música do país

Edição 2022 do festival Rock in Rio tem a participação de mais de 200 bandas, artistas solo e DJs. Veja a seleção que a 29HORAS fez com as melhores atrações para cada noite

Depois de um hiato de quase três anos, o Rock in Rio está de volta! Os números do festival são superlativos: cerca de 100 mil pessoas por dia conferindo os shows ao vivo na Cidade do Rock; um palco principal com a mesma altura de um edifício com 10 andares e uma estrutura que inclui 200 toneladas de aço (o equivalente a 200 carros); 28 mil empregos gerados (desde a organização e os operadores de som e luz até a limpeza e a segurança) e um impacto econômico na economia da cidade do Rio de Janeiro, estimado pela Fundação Getúlio Vargas, em R$ 1,7 bilhão.

Foto Ariel Martini | I HATE FLASH

Foto Ariel Martini | I HATE FLASH

 

Mas o que a galera quer mesmo saber é do timaço de aproximadamente 200 bandas, artistas solo e DJs que comandam a festa entre a quinta (dia 2 de setembro) e o domingo, dia 11, nos vinte espaços de entretenimento da Cidade do Rock, como o já citado Palco Mundo, o Rock District, o Espaço Favela, a tenda New Dance Order, o Palco Sunset e a Rock Street.
Praticamente todos os ingressos colocados à venda no início de abril se esgotaram rapidamente. Mas algumas compras feitas via boleto não foram pagas e, com sorte, você ainda pode encontrar alguns últimos bilhetes nessas vendas extraordinárias. Cruze os dedos, acesse https://rockinrio.com/ e descubra se ainda restou algo.

Agora, se você já tem um ingresso digital baixado no seu celular, veja nas páginas a seguir o que te espera. Conheça as sugestões da equipe de 29HORAS para você curtir o melhor de cada um desses sete dias de som e fúria.

Foto Anne Karr | IHF

Foto Anne Karr | IHF

 

NOITE DAS TREVAS – Dia 2/set (sexta-feira)
Os headliners da noite são os metaleiros britânicos do Iron Maiden, famosos por clássicos como “Fear of the Dark”. Mas a pauleira tem também a colaboração dos americanos do Dream Theater, dos franceses do Gojira e dos brasileiros do quinteto Oitão (comandado pelo chef Henrique Fogaça, no palco Rock District) e do quarteto de death metal Sepultura, que é acompanhado pela Orquestra Sinfônica Brasileira. Outra boa pedida é o pouco divulgado show da banda de funk metal Living Colour, com a participação do lendário guitarrista Steve Vai.

Steve Vai - Foto divulgação

Steve Vai – Foto divulgação

 

BAILE DA QUEBRADA – DIA 3/set (sábado)
Os principais shows desse segundo dia de Rock in Rio têm como destaque a sonzêra que nasce das ruas e das comunidades. A festa começa no palco Sunset, que recebe o carioquíssimo funk de Papatinho & L7nnon –autor do hit “Desenrola, Bate, Joga de Ladinho”. Depois segue com o show sempre matador dos Racionais MCs, com seu rap típico das periferias paulistanas. Aí, para fechar a noite, o Palco Mundo recebe o cantor e produtor musical norte-americano Post Malone, conhecido por seu original mix de hip-hop, rap, pop, R&B e trap. Aos 27 anos, ele já ganhou vários prêmios importantes, mas é acusado por ativistas da causa racial de ser um “abutre” que se apropria da cultura negra. “É uma luta ser um rapper branco”, costuma dizer o artista, autor de sucessos como “Wow” e “Circles”. Para a alegria da playboyzada, a programação inclui também uma apresentação do DJ Alok.

Post Malone - Foto divulgação

Post Malone – Foto divulgação

 

DIRTY GIRL & BAD BOY – Dia 4/set (domingo)
Demi Lovato foi uma atriz mirim que contracenava na TV com o dinossauro roxo Barney, e Justin Bieber estreou nas paradas aos 13 aninhos, entoando o inocente hit “Baby”. Hoje ela compõe canções que falam de morte, bebida, heroína, rehab, masturbação e sexo. Já ele se tornou um popstar planetário por causa de suas músicas cheia de atitude e de suas aparições nas páginas policiais, sempre envolvido com barracos, carrões em velocidade acima do permitido e drogas. Ela traz ao Rio o show da turnê “Holy Fvck”, e ele faz mais uma energética performance da “Justice World Tour”.

Demi Lovato - Foto Divulgação

Demi Lovato – Foto Divulgação

 

Nesse mesmo dia, o palco Supernova recebe o show de Lil Whind, alter ego musical do humorista Whindersson Nunes, que tem 60 milhões de seguidores no Instagram. Ele apresenta composições como “Piauí” e “Trap do Gago’’. Para quem não quer saber de novidades e prefere letras que não falem só de “raba” e de “sentada”, vale acompanhar o show de Gilberto Gil celebrando os seus 80 anos no palco Sunset.

 

DIVERSIDADE – Dia 8/set (quinta)
Os headliners dessa noite são os veteranos do Guns N’ Roses, com suas dúzias de inquestionáveis clássicos do hard rock. Mas o line-up desta quinta inclui também performances vigorosas do andrógino quarteto italiano Måneskin, da empoderada cantora britânica Jessie J e da drag mais exuberante da zona leste paulistana, a fabulosa Gloria Groove. Com a regravação do velho sucesso “Beggin”, de 1967, o Måneskin conquistou ouvintes de variadas gerações e do mundo todo com sua sonoridade crua, seu estilo rocker meio vintage e seu look plurissexual. Já Jessie J, com seu acessível e sofisticado mix de pop e soul, faz sucesso por onde vai soltando a voz para falar de suas obsessões, desejos e fantasias. E a gloriosa rainha do Groove estreia no Rock in Rio fazendo o povo pular ao som de hits como “A Queda”, “Bonekinha” e “Vermelho”.

Guns N' Roses - Foto divulgação

Guns N’ Roses – Foto divulgação

 

ETERNOS REBELDES – Dia 9/set (sexta)
Levar uma vida em estilo rock’n roll significa ter uma visão e uma posição crítica ao sistema, certo? Foi seguindo esse princípio que se estruturaram as carreiras das estrelas dessa penúltima noite de Rock in Rio. O trio Green Day, formado em 1986 na Califórnia, é conhecido por suas letras raivosas e irônicas contra os políticos e os caipiras dos Estados Unidos, como fica claro em hits como “Welcome to Paradise” e “American Idiot”. O palco Mundo terá ainda o punk sessentão Billy Idol e a banda Capital Inicial, celebrando seus 40 anos de estrada e de revolta contra a imundície que emana da cidade onde o quarteto surgiu: Brasília. No palco Sunset, quem faz protestos em forma de canção é a canadense Avril Lavigne, a eterna musa de skatistas, das vítimas de bullying e de todas as pessoas que se sentem incompreendidas.

Green Day - Foto divulgação

Green Day – Foto divulgação

 

JORNADA ÉPICA – Dia 10/set (sábado)
Hoje vai ser um desfile de camisas polo e sapatos caramelo na Cidade do Rock: a atração principal do dia é o Coldplay, sucesso absoluto entre o público coxinha. Maledicências à parte, os shows dessa banda britânica são sempre cheios de emoção e de efeitos visuais. Invariavelmente terminam com a plateia rouca após cantar junto com Chris Martin hinos pop como “Fix You”, “Yellow”, “Viva la Vida” e “Higher Power”. O line-up inclui também a apresentação do quarteto londrino Bastille, conhecido por seu equilibrado mix de rock alternativo com pop, presente em sucessos como “Pompeii” e “Happier”. No Rock District, quem sobe ao palco é o ator global Thiago Fragoso, que interpreta bem-comportadas covers de Oasis, U2 e… Coldplay!

Coldplay - Foto divulgação

Chris Martin da banda Coldplay – Foto divulgação

 

POTÊNCIA FEMININA – Dia 11/set (domingo)
No encerramento desta edição do Rock in Rio, as mulheres vão comandar a p*##@ toda! A estrela maior da noite é a britânica de origem albanesa Dua Lipa, dona de hits como “ Don’t Start Now” e “One Kiss’’ e conhecida por suas posições feministas e na defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+. Antes dela, quem domina o palco Mundo é a monumental rapper norte-americana Megan Thee Stallion, que esbanja sensualidade enquanto canta letras sobre o empoderamento feminino e já gravou parcerias com divas como Beyoncé e Cardi B. E a programação do Palco Sunset inclui ainda um showzaço em tributo a Elza Soares, às suas lutas e à sua trajetória musical. A homenagem contará com a participação de artistas como Mart’nália, Gaby Amarantos, Majur e Larissa Luz.

 

Dua Lipa - Foto divulgação

Dua Lipa – Foto divulgação

Ópera da Serra da Capivara reúne artistas de todo o país para shows e espetáculos em meio a sítios arqueológicos da caatinga piauiense

Ópera da Serra da Capivara reúne artistas de todo o país para shows e espetáculos em meio a sítios arqueológicos da caatinga piauiense

Quando o sertão do Piauí reserva dias de sol, noites de céu estrelado e um friozinho gostoso que começa a chegar, a Ópera da Serra da Capivara apresenta um espetáculo multissensorial. O evento, que já está em sua 4ª edição, reúne música, dança, teatro e projeções, com a presença de artistas brasileiros, que trazem elementos culturais de diferentes regiões do país.

Este ano, de 26 a 30 de julho, a Ópera homenageia a arqueóloga Niéde Guidon, grande responsável pela descoberta das inscrições rupestres no Sudeste do estado e pela criação do Parque Nacional Serra da Capirava, que abriga o evento. Por ali, majestosos paredões de arenito e uma encantadora fauna e flora da caatinga piauiense guardam em suas entranhas o mais importante tesouro pré-histórico das Américas, formado por sítios arqueológicos, cerâmicas, fósseis de animais gigantes e os inúmeros painéis com pinturas rupestres que datam de mais de trinta mil anos

 

MSL | Foto Margareth Leite

MSL | Foto Margareth Leite

 

 

Para chegar a esse Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco, é necessário desembarcar em Teresina ou Petrolina e seguir viagem de carro ou ônibus. Os ingressos para a Ópera da Serra da Capivara já podem ser adquiridos por meio do site www.operadaserradacapivara.com.br/ingressos.

 

Ópera da Serra da Capivara, em 2019 | Foto Margareth Leite

Ópera da Serra da Capivara, em 2019 | Foto Margareth Leite

 

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Parque Nacional Serra da Capirava
Rua Dr. Luís Paixão,
188, Milonga,
João Costa (Piauí), tel. 86 98165-6585.

Centenário da Semana da Arte Moderna inspira uma extensa programação de concertos, peças teatrais, exposições e filmes em São Paulo

Centenário da Semana da Arte Moderna inspira uma extensa programação de concertos, peças teatrais, exposições e filmes em São Paulo

Realizada em fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira revolução, e agora é celebrada com eventos por toda a cidade

Há exatamente um século, o Theatro Municipal de São Paulo sediava a Semana de Arte Moderna, importante marco da história da cultura brasileira. Entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, o evento apresentou novas ideias e conceitos artísticos, renovando a linguagem, valorizando a experimentação, a liberdade criativa e a ruptura com o passado e o academicismo. O evento marcou o início do Modernismo do Brasil.

 

Thais Aguiar na peça sobre a vida de Pagu – Foto Divulgação

 

Cada dia da semana trabalhou um aspecto cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música. Participaram da Semana de 22 artistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Victor Brecheret, Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos e Emiliano Di Cavalcanti, entre outros. Na ocasião da Semana de Arte Moderna, Tarsila do Amaral se encontrava em Paris, mas sua obra tem tudo a ver com o espírito do evento e do Movimento Modernista.

Agora, para celebrar o centenário desse momento marcante da história das artes brasileiras, uma extensa programação de concertos, peças teatrais, exposições e até filmes ocupa alguns dos principais templos paulistanos da cultura. No próprio Theatro Municipal, a Orquestra Sinfônica Municipal apresenta nos dias 12 e 13 os concertos “Villa Total”, com repertório focado nas famosas “Bachianas”, compostas por Heitor Villa-Lobos.

 

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, em apresentação no Theatro Municipal – Foto divulgação

 

No Centro Cultural Fiesp, a exposição “Era uma Vez o Moderno” reúne até maio mais de 300 obras e documentos inéditos sobre a intimidade dos artistas e pensadores modernistas, como Mário e Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Osvaldo Goeldi, Ismael Nery, Guilherme de Almeida e Gilberto Freire. A mostra é considerada a maior já organizada sobre o Modernismo Brasileiro e, nela, os visitantes poderão conhecer o diário de Anita Malfatti, que registra os preparativos da sua primeira exposição individual. Em um dos corredores, o personagem virtual de Mário de Andrade lê um trecho do livro “Pauliceia Desvairada”.

A exposição tem como destaques dois quadros muito significativos: “O Homem Amarelo”, um dos mais conhecidos de Anita Malfatti, e “O Mamoeiro”, de Tarsila do Amaral, no qual a artista buscou representar a realidade da época usando cores fortes e formas geométricas, influenciada pelo cubismo e pela arte do francês Fernand Léger, seu mestre.

Na Casa Guilherme de Almeida, a exposição “A Mostra de Fotografia que Não Houve na Semana de 22” reúne imagens realizadas por fotógrafos da época da Semana de 22. Na Oficina Cultural Oswald de Andrade, o diretor Roberto Lage e a atriz Thais Aguiar encenam o espetáculo “Dos Escombros de Pagu”, um texto de Tereza Freire sobre a vida de Patrícia Rehder Galvão – militante política, ilustradora, feminista, comunista e crítica literária e teatral que, na primeira metade do século passado, foi considerada ícone do Modernismo.

 

'O Homem Amarelo', de Anita Malfatti, destaque da mostra no Centro Cultural da Fiesp | Foto reprodução

‘O Homem Amarelo’, de Anita Malfatti, destaque da mostra no Centro Cultural da Fiesp | Foto reprodução

 

Nos cinemas, o centenário da Semana de 22 será marcado pela estreia de “Tarsilinha”, longa de animação dirigido por Célia Catunda e Kiko Mistrorigo, trilha sonora de Zezinho Mutarelli e Zeca Baleiro, a animação de Celia Catunda e Kiko Mistrorigo, roteiro de Fernando Salem e Marcus Pimenta e personagens dublados por Marisa Orth, Skowa e Marcelo Tas. O filme é uma aventura fantástica, inspirada na obra de Tarsila do Amaral. Na tela, Tarsilinha é uma menina de oito anos que embarca numa jornada para recuperar a memória de sua mãe. Para isso, ela precisa encontrar objetos especiais que foram roubados de uma caixa de lembranças. Em sua aventura, a garota conta com a ajuda de amigos como o Abaporu, o Saci, a Lagarta, o Sapo, o Pássaro e o Bicho Barrigudo. O filme entra em cartaz nos cinemas no dia 10 de fevereiro.

 

Acima, os personagens Tarsilinha, Sapo e Saci no desenho animado que chega aos cinemas

 

Principal feira de arte da América Latina, Sp-Arte volta com sua 17ª edição presencialmente

Principal feira de arte da América Latina, Sp-Arte volta com sua 17ª edição presencialmente

Dentro do calendário da retomada cultural no estado, a SP-Arte – principal feira de arte da América Latina – entra em sua 17ª edição e acontece de 20 a 24 de outubro na Arca, galpão localizado na Vila Leopoldina, em São Paulo, com cerca de 9 mil m². Neste ano, o evento traz ao público uma experiência imersiva, presencial e digital, com o Viewing Room, que ocorre concomitante à feira física.

 

Foto Divulgação | Galeria Jaqueline Martins

 

A SP-Arte funciona como uma grande catalisadora dos principais temas e tendências que atravessam o circuito de galerias e artistas. “Em 2021, esperamos uma evidência maior para a arte indígena contemporânea, com obras que alinham estética, espiritualidade e ativismo social”, explica Fernanda Feitosa, idealizadora do evento. A diretora também destaca jovens artistas que voltam seus trabalhos para práticas como a pintura e o desenho, em alta nos últimos tempos.

São milhares de obras de arte confirmadas, como uma peça da galeria Mendes Wood DM, da série “Phantom”, desenvolvida desde os anos 1970, feita de cera e que brilha no escuro. Já a Almeida & Dale, de São Paulo, apresenta diversos trabalhos de Lasar Segall, expoente do modernismo no Brasil. “Gostaria de enfatizar também a aclamada escultora norte-americana Lynda Benglis, que raramente é apresentada ao público brasileiro e está presente no evento este ano”, conta.

Esta é a primeira edição híbrida da SP-Arte, em que uma série de QR Codes e sinalizações levam para a Arca as galerias que participam do evento apenas digitalmente, no Viewing Room. Nas exposições presenciais, os protocolos vigentes, como uso obrigatório de máscara, controle de capacidade de visitantes e distanciamento físico, são aplicados junto à obrigatoriedade da apresentação da carteira de vacinação. Além do público, toda a equipe do evento passa pelas mesmas regras sanitárias.

 

Foto Divulgação | Galeria Referência