7ª edição do Experimenta! Comida, Saúde e Cultura conta com mais de 120 atividades

7ª edição do Experimenta! Comida, Saúde e Cultura conta com mais de 120 atividades

De 16/10 a 29/10, o Sesc SP realiza a sétima edição do Experimenta! Comida, Saúde e Cultura na capital, Grande São Paulo, interior e litoral paulista, com programação gratuita

Desde 2017, o Experimenta! Comida, Saúde e Cultura consolida junto ao público a compreensão de que alimentação vai muito além da nutrição e envolve aspectos como saúde, cultura, meio ambiente e outras questões socioeconômicas. Dos dias 16 a 29 de outubro, todas as unidades da rede Sesc São Paulo serão palco de mais de 120 atividades que compõem a programação da sétima edição do projeto.

 

foto Renato Cirone

 

“O acesso regular e permanente a uma alimentação adequada e saudável é um direito humano básico, mas para além dos aspectos biológicos, outras características constitutivas dos sujeitos devem ser consideradas ao se pensar as diversas dimensões da alimentação, que envolvem também os significados culturais, sociais e econômicos que os constroem”, explica Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. “Por meio de uma programação pautada na promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada, o Experimenta! Comida, Saúde e Cultura convida os públicos a pensar a comida para além de seus nutrientes, além de estimular a prática autônoma frente as escolhas alimentares, reforçando assim o compromisso institucional em contribuir para a melhora da qualidade de vida, por meio da educação não formal”, completa Miranda.

Transdisciplinar, a edição 2023 aborda o comer para além do prato em uma perspectiva integradora e em diálogo com diversos campos de conhecimento, desenvolvida por meio de sete eixos: Comer é cultura; A saúde está na mesa; Diversidade no prato: sabores da natureza; Aqui se planta, aqui se come; Se está na época, tem na feira; Cozinhar é preciso; e Conexão comida.

 

foto Julia Parpulov

 

Por meio de oficinas, palestras, vivências e rodas de conversa, entre outras ações, nutricionistas, chefs, cozinheiros, estudiosos da cultura culinária, produtores e coletivos agrícolas colocarão em pauta temas que reafirmam a necessidade de conscientização para os benefícios, individuais e coletivos, da alimentação adequada e saudável.

As atividades abordam os alimentos em uma perspectiva que também corrobora com as realizações em torno de 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação, data de abertura do evento, que terá início com duas atividades interativas no Sesc Carmo. Confira a programação completa no site: sescsp.org.br/experimenta

 

foto Stephany Tiveron

 

Experimenta! Comida, Saúde e Cultura
De 16 a 29 de outubro de 2023.
Todas as ações são gratuitas e para todas as idades.

Exposição “Sai-Fai: Ficção Científica à Brasileira” no Museu do Amanhã

Exposição “Sai-Fai: Ficção Científica à Brasileira” no Museu do Amanhã

Museu do Amanhã apresenta exposição com narrativas criadas a partir de contos inspirados nos mitos e distopias do afrofuturismo e do futurismo indígena

O Museu do Amanhã recebe até o dia 12 de novembro a exposição “Sai-Fai: Ficção Científica à Brasileira” – um desdobramento da oficina de contos de ficção especulativa homônima realizada pelo Laboratório de Atividades do Amanhã em 2021. O visitante será transformado em leitor por meio de um espaço imersivo que conta com uma narrativa sonora, uma videoarte e a experiência de realidade aumentada “Herança”, proposta pelo coletivo 2050. Os contos que dão origem à mostra são inspirados em movimentos como o afrofuturismo e o futurismo indígena. Ao todo, 19 autores de todas as regiões do Brasil fabularam em contos realidades alternativas, utopias, distopias e aventuras fantásticas. A oficina também resultou em um livro digital, com os textos e as ilustrações, que poderá ser acessado via QR Code e disponibilizado no espaço físico da exposição.

 

O sol nasce para todos, de Winny Tapajós – Foto Divulgação

 

Museu do Amanhã
Praça Mauá, 1, Centro, tel. 2153-1400.
Ingressos a partir de R$ 15 (às terças-feiras, a entrada é gratuita).

Fernanda Lima roda o mundo com sua família em novo projeto “Minha Viagem”

Fernanda Lima roda o mundo com sua família em novo projeto “Minha Viagem”

Sentindo-se inteiramente livre após 17 anos de contrato com a Globo, Fernanda Lima juntou a família e partiu em uma jornada sem data para acabar, explorando novas paisagens, culturas, aromas e sons. E esse rolê todo deu origem a uma série de micro documentários, postada semanalmente em suas redes sociais

Rodando o mundo desde a adolescência, quando começou a trabalhar como modelo, Fernanda Lima resolveu unir o útil ao agradável e agora dedica-se ao projeto “Minha Viagem”, uma série de vídeos documentais curtos, postados em seu perfil no Instagram e espelhados em suas contas no TikTok e no Facebook. Trata-se de um projeto familiar intimista. Afinal, os filhos da Fernanda estão crescendo, e num futuro próximo trilharão seus próprios caminhos. Assim, ela e Rodrigo arranjaram um jeito de aproveitar ao máximo o convívio com eles, em busca de uma conexão mais plena com o mundo.

Curiosa pelo ser humano, por diferentes culturas e pelos aromas, sabores, sons e cores das mais variadas paisagens, Fernanda embarcou com a família nessa jornada ao ver-se totalmente livre, depois de 17 anos de contrato com a Globo e outros tantos com a MTV.

 

foto MARINA BAGGIO | divulgação

 

“Esse projeto ‘Minha Viagem’ nem sempre implica um movimento para longe, pode ser para dentro de mim, seja numa prática de yoga, numa caminhada ou numa meditação. Pode ser também uma escuta atenta sobre o que o outro sente ou faz, um ponto de vista, um olhar diferente”, filosofa Fernanda, que em junho completou 46 anos de idade. Autodefinindo-se como itinerante, ela e sua família são nômades modernos, que vivem entre São Paulo e Portugal, não morando nem lá e nem cá.

Em entrevista à 29HORAS, Fernanda Lima fala sobre o prazer de viajar, diz se sentir a gerente de Recursos Humanos de sua família e revela algo surpreendente: o seu maior defeito e as piores falhas de Rodrigo Hilbert. Sim, eles têm defeitos! Veja nas quatro páginas a seguir os principais trechos dessa conversa.

Defina para a gente a proposta desse projeto “Minha Viagem” e conte como surgiu a ideia de colocá-lo no ar em seus perfis nas redes sociais.
“Minha Viagem”, como o nome já anuncia, é o que me vier à cabeça e ao coração. Esse projeto nasceu de uma vontade de olhar para fora, para os outros e, ao mesmo tempo, sair um pouco do universo pepeta, Peppa Pig e mamadeira. Minha filha vai fazer 4 anos e já tem certa autonomia. Agora posso me reinventar outra vez, aos poucos, criando linguagens para me comunicar. Acredito que as redes democratizaram a opinião e por isso podem ser um espaço muito bom para as pessoas como eu se expressarem. Através dos meus perfis, compartilho tudo o que me atravessa e me transforma.

Por onde você esteve viajando como parte desse projeto?
Eu sempre viajei muito, antes solteira e sozinha e agora com minha trupe. Mudamos muito de casa, de cidade e de país. A série não tem linearidade, e por isso pode ter material de qualquer lugar por onde estive nos últimos quatro anos. No Brasil, na África, na Europa… Entre outros lugares, já passamos por Paris, Londres, Bolonha e Marrakech, no Marrocos. Onde vai terminar, eu não sei. Vou para onde minha intuição e minha curiosidade mandarem. Sempre tem algo que pode despertar o olhar de quem assiste e tocar num recanto singular da nossa alma. Essa é a beleza da coisa – e pode acontecer em qualquer lugar.

 

Fernanda, os gêmeos Francisco e João, a pequena Maria e o maridão Rodrigo Hilbert – foto reprodução Instagram

 

Outro dia, uma amiga minha falou que toda viagem tem três momentos: o sonho/preparação, a experiência e a recordação. Como você curte a excitação do primeiro tempo, as sensações do segundo e as reflexões e elaborações que fazem parte do terceiro?
Eu amo viajar. Mas viajar a trabalho é diferente de sair de férias, que muitas vezes também é cansativo, principalmente quando se tem filhos. Viajar gravando precisa de uma organização e disciplina arretada. Tem horários de luz, horário para dormir, equipamentos para carregar… é punk, mas captar momentos tem sua magia única, e isso também me fascina. Amo todas as etapas, mas voltar para minha cama é sempre a melhor, sem dúvida. Voltar para casa com as percepções alteradas e registrar as memórias é algo muito prazeroso. É uma forma de espichar a viagem depois que acabou. Ter referência de outros lugares e realidades ajudam a gente a ampliar o nosso olhar sobre a Humanidade.

Por falar em vida dentro de casa, como vocês enfrentaram o confinamento provocado pela pandemia? Foi uma fase de crescimento e de fortalecimento ou foi apenas um período de melancolia e tristeza – já que o seu pai morreu em decorrência da Covid?
A pandemia foi profunda, trágica e deixou marcas em todo mundo, e comigo não foi diferente. Infelizmente muitos tentaram ganhar em cima da tragédia e isso não mudou. O homem segue agredindo e matando não só seus semelhantes como a natureza. Certamente essa é uma das causas do aparecimento do coronavírus. Mas ainda tenho esperança de que as futuras gerações consigam atenuar e curar as mazelas do planeta.

Nesse quinteto dos Lima-Hilbert, qual é a função de cada um? O Rodrigo cuida da cozinha, os meninos adolescentes se encarregam da bagunça, a Maria entra com a fofura e você atua como regente, responsável pela saúde mental e pelo equilíbrio da família? Como num time de futebol, cada um tem uma função fixa ou vocês se alternam nas diversas posições?
É mais ou menos assim como você falou. Mas, agora, com os filhos mais crescidos, as funções vão se alternando e eles ganharam mais responsabilidades. Meus guris já têm 15 anos. Estão aprendendo a se virar. Minha filha Maria também já tem suas responsabilidadezinhas. E assim não fica tão pesado para os pais. Porque filho exige muita dedicação. Vejo mais como uma firma, uma empresa. Eu seria o RH – não de Rodrigo Hilbert, mas de recursos humanos mesmo. Sou eu quem conversa, escuta, acolhe e encaminha. O Rodrigo cuida do refeitório, das compras da semana e dos pagamentos mensais. Ah, eu também atuo como um vigia noturno – só sossego quando todo mundo já dormiu!

 

Fernanda Lima com o marido Rodrigo Hilbert no programa “Bem Juntinhos” – foto GNT | divulgação

 

Quando os gêmeos João e Francisco nasceram, você tinha acabado de sair de uma rotina alucinada de gravações de novela e logo depois mergulhou no projeto de “Amor & Sexo”. Agora com mais tempo para curtir a Maria Manoela, a experiência está sendo muito diferente para você? E como você acha que ela tira proveito disso?
Quando os meninos nasceram, foi insano, pois além de maternar e trabalhar como louca, ainda arrumei uma pós-graduação, que acabei largando no último ano. Minha vida mudou muito daquele tempo, hoje tenho mais tempo para administrar a família. Vivo cada dia com eles. Aprendi muita coisa com o João e o Chico e, doze anos depois, fui ser mãe de novo e aprendi muito mais com a Maria. Hoje estou me cobrando menos. A maturidade é boa, mas às vezes dá um siricutico…

 

 

E agora, depois de 17 anos de contrato com a Globo, como tem sido a sensação de liberdade, de ser a dona do seu destino, com plenos poderes para aceitar ou recusar convites e propostas de trabalho?
É diferente a vida sem contrato. Agora sou eu que cuido da minha história. E está sendo legal, bem tranquilo. Tenho recebido uns convites bem interessantes, mas ainda não apareceu nada que me fizesse falar: “Vou parar minha história, vou me dedicar a esse trabalho”. Vamos ver o que vou conseguir fazer.

Por falar nisso, para que tipo de projeto você está aberta neste momento? O que gostaria de fazer? Pretende seguir investindo na sua trajetória como apresentadora? Pensa em voltar a atuar? Quer se aprofundar nos trabalhos como roteirista?
Eu deixo meu coração sempre aberto. Posso fazer qualquer tipo de projeto desde que me apaixone e que consiga montar uma logística para deixar meus filhos bem. Nunca fui atriz e não estudei para esse lindo e difícil ofício, mas atuei em duas novelas. Me joguei naquelas aventuras, porém descobri que aquilo – definitivamente – não era o meu sonho. Também não sou exatamente uma roteirista, fui me tornando. É um trabalho difícil para mim, que toma muito do meu tempo, pois fico costurando assuntos, pesquisando e vendo com quem quero falar.

 

Como apresentadora do “Superstar” – foto João Miguel Junior | TV Globo

 

Você é uma empresária de sucesso – e o restaurante Maní, do qual você é uma das sócias-fundadoras, é a prova disso. Como expert em yoga, respiração, alimentação saudável e bem-estar, tem planos de abrir um spa? Ou uma filial do Maní em Portugal, para ampliar a presença internacional da moderna gastronomia brasileira?
Nunca me passou pela minha cabeça ter um spa, mas para o Maní eu tenho algumas ideias. O Maní é um projeto que nasceu de um sonho, de uma paixão e de amizades. Eu queria muito abrir um Maní fora do Brasil, mas estamos investindo na inauguração de casas com esta marca pelo Brasil e ainda tenho que convencer meus sócios a apostarem na internacionalização do restaurante. Tenho muito orgulho do Maní e do que é feito lá. Os funcionários trabalham felizes, os clientes saem felizes e nós, os sócios, nunca tivemos uma discussão.

Por fim, as pessoas idealizam sua relação com o Rodrigo e têm a certeza de que vocês são um casal perfeito. Depois de duas décadas juntos, o que essa relação tem de maravilhoso e onde vocês ainda têm de trabalhar para manterem a coisa funcional? E o mais importante: o que eu e todos os leitores queremos saber, na verdade, é qual é a sua pior falha e qual é o maior defeito do Rodrigo? Não é possível que vocês sejam seres humanos sem imperfeições!
Nosso casamento é de muita harmonia. Nos apoiamos e nos admiramos. Ao longo do tempo, amadurecemos, entendemos que cada um é um, com a sua criação, seus valores, suas virtudes e seus defeitos – temos vários! O que posso expor é que o Rodrigo é bem ansioso e eu bem orgulhosa. Mas vamos bem juntos porque eu o acalmo e ele quebra meu orgulho. Outra coisa: eu sou super-pontual e ele está sempre em cima da hora. Aí ele me relaxa e eu o coloco na linha. E eu acho que ele come um monte de tranqueira que eu evito. Aí ele come melhor e me tira do trilho! Ele é também mais conservador na educação e eu sou bem mais flexível. Aí ele puxa o freio e eu converso e libero. Em geral é assim, mas não sei… tem vez que é tudo o contrário disso!

 

foto MARINA BAGGIO | divulgação

 

Sydney e Melbourne são destinos imperdíveis e complementares na Austrália

Sydney e Melbourne são destinos imperdíveis e complementares na Austrália

Cidades australianas que recebem este mês alguns jogos da Copa do Mundo de Futebol Feminino possuem perfis bem diferentes, mas são igualmente modernas, dinâmicas e ricas em opções culturais, experiências gastronômicas e atrações em meio à natureza

A história se repete no mundo todo – todo grande país tem duas cidades que dividem a atenção e a preferência dos viajantes: nos Estados Unidos, a disputa é entre a urbana Nova York e a solar Los Angeles; na Itália, o centro financeiro de Milão é o outro lado da moeda representado pela hedonista Roma; na Espanha, a sobriedade de Madri é totalmente antagônica à descontração típica de Barcelona; enquanto na África do Sul a nervosa e sufocante Joanesburgo é o oposto da relaxada e exuberante Cidade do Cabo. Até no Brasil essa dicotomia se manifesta no confronto entre a organização e a riqueza de São Paulo ao caos e o charme natural do Rio de Janeiro.

Na Austrália, não tinha como ser diferente: Sydney é a cidade que mais parece uma comunidade de loiros de olhos azuis que surfam e velejam entre as bonitas construções que remetem a uma “Londres dos trópicos”; já Melbourne é uma metrópole hiper cosmopolita onde indianos, coreanos, chineses e japoneses parecem ser mais numerosos que os descendentes dos britânicos. Até os aborígenes parecem ter uma presença maior em Melbourne do que em Sydney.

 

Royal Botanic Gardens com o skyline de Melbourne ao fundo – foto Divulgação

 

Melbourne é uma das cidades com mais área verde por habitante no planeta, e é também uma metrópole muito bem conservada e gerida. No quadrilátero conhecido como CBD (Central Business District), a maioria das ruas não é aberta ao tráfego de carros e motos, apenas bondes circulam por lá – e de graça! Nessa região, onde ficam praticamente todos os grandes hotéis, a oferta de restaurantes de comida asiática é absurda: microunidades da rede Sushi Hub vendem delícias japonesas em quase todas saídas do metrô; a cada esquina, é possível encontrar pelo menos uma casa de lamen chinês ou de churrasquinho coreano; aqui e ali, indianos e tailandeses ocupam os espaços que sobram. Na minúscula Degraves Lane, de frente para estação de trens de Flinders Street, uma lanchonete serve hambúrgueres feitos com carne de avestruz e de… canguru!

Mas a maior atração gastronômica da cidade não é nenhum restaurante, bar ou lanchonete, é o Queen Victoria Market, o mercadão municipal da cidade. Espalhado por vários galpões em estilo vitoriano (claro!), é um paraíso para quem adora experimentar os mais frescos e variados queijos, frios, frutas, pães e antipastos. Na seção de peixes e frutos do mar, dá para comprar por apenas 12 dólares australianos (menos de R$ 40) uma bandejinha com 12 ostras frescas abertas na hora e prontas para serem devoradas. Quem for ao Mork’s terá a oportunidade de provar o chocolate quente mais cremoso do universo, que pode ser acompanhado por tentadores s’mores (marshmallows maçaricados).

 

Ostras frescas do Queen Victoria Market – foto Kike Martins da Costa

 

No lado oposto do CBD, a National Gallery of Victoria apresenta até o dia 20 de agosto a megaexposição “Melbourne Now” – uma espécie de Bienal com a produção de 200 artistas locais. Perto dali, ficam o Royal Botanic Garden e o Albert Park – onde todo ano são realizados o GP de Fórmula 1 e o torneio de tênis Australian Open. Os jogos da Copa do Mundo de Futebol Feminino serão disputados um pouco mais adiante, no recém-reformado Rectangular Stadium, situado no complexo esportivo que sediou as Olimpíadas de 1956.

Sem sair de Melbourne, mas distante uns 10 km do Centro da cidade, fica a praia de St. Kilda, que parece um balneário inglês da primeira metade do século 20, com casarões de frente para o mar, hotéis que já viveram dias mais glamurosos e um parque de diversões totalmente perdido no tempo e no espaço. Mas a esplanada que faz as vezes de um calçadão e o píer são perfeitos para agradáveis caminhadas no fim da tarde ou no amanhecer.

 

As magníficas formações rochosas da Great Ocean – foto Kike Martins da Costa

 

Para quem tiver tempo, vale muito a pena fazer um ou dois tours pelos arredores de Melbourne. Se só der para fazer um, não deixe de conhecer a Great Ocean Road, uma longa faixa de praias de frente para o Mar da Tanzânia que é pontilhada por majestosas formações rochosas conhecidas como Twelve Apostles. O outro passeio que faz muito sucesso é um rolê pelo Yarra Valley, uma das principais regiões produtoras de vinhos da Austrália. Na vinícola St. Hubert’s funciona um restaurante de atmosfera deliciosa e comidinhas idem.

 

Sala de degustação da vinícola St. Hubertus – foto Kike Martins da Costa

 

Dias ao ar livre

Já Sydney, que no mapa parece pertinho de Melbourne, mas na verdade fica a 850 km na direção Nordeste, é uma cidade mais outdoor, para ser aproveitada em passeios a pé ou de barco. Os turistas se concentram na esplanada do porto, que fica entre a majestosa Harbour Bridge e a icônica Ópera. A ponte parece uma Torre Eiffel inclinada, com suas impressionantes estruturas de metal. Já a Ópera é uma joia arquitetônica assinada pelo dinamarquês Jørn Utzon e inaugurada em 1973. O complexo cujas linhas foram inspiradas nas formas das conchas do mar e das velas dos barcos abriga oito auditórios – cada um dedicado a um tipo de espetáculo: balé, música sinfônica, teatro, concertos de câmara, ópera, shows pop… não deixe de fazer o tour guiado que apresenta os detalhes e curiosidades históricas da construção, que a cada ano recebe 8 milhões de visitantes.

 

Vista da Baía de Sydney, com a Harbour Bridge e a Ópera em destaque – foto Shutterstock

 

Dali pertinho, do pier 3 do porto, saem barcos para algumas das praias mais distantes, como Manly, Watsons Bay e Dee Why. Mas é do outro lado da cidade que fica a praia mais visitada da cidade: Bondi Beach. Com ampla faixa de areia e ondas de tamanho médio, é um lugar perfeito para passar uma preguiçosa tarde. Nas ruas da vizinhança, a oferta de charmosos bares, restaurantes e cafés é enorme.

 

Orla de Bondi Beach – foto Kike Martins da Costa

 

Para quem não consegue viajar sem fazer umas boas comprinhas, a dica é fazer uma visita ao Queen Victoria Building, uma imponente galeria de lojas com cinco andares aberta em 1898 que atualmente abriga as mais sofisticadas grifes britânicas, italianas, francesas e norte-americanas. Se a fome bater, faça um pit stop no Tea Room para apreciar um pratinho de três andares com finger sandwiches de pepino e de salmão, acompanhados por uma taça de champagne ou uma xícara de darjeeleng.

Por falar em comida, uma visita à Austrália só é completa se incluir ao menos uma refeição numa das renomadas steakhouses deste país que disputa com o Brasil o título de maior exportador de carne bovina do planeta. Na mais recente lista do World’s 101 Best Steak Restaurant Awards, nada menos que cinco desses estabelecimentos ficam em Sydney: o Rockpool Bar & Grill (na 8ª colocação), o Kingsleys (na 31ª), o Bistecca (no 32° lugar), o Porteño (40º) e o The Guidley (43º). Nos cardápios dessas casas, é informado sempre o corte, a raça, a origem, o tipo de alimentação e o índice de marmoreio, que antecipa o nível de maciez e sabor da carne, facilitando a escolha. Os preços são bem mais salgados que a comida, mas assim que você morder, vai sentir que o investimento nessa experiência vale cada centavo.

 

Espaço de exposições da White Rabbit Gallery – foto Kike Martins da Costa

 

Para conhecer o que há de melhor e mais relevante na arte contemporânea chinesa, vale pegar um metrô até a White Rabbit, uma magnífica galeria criada pela magnata da mineração Judith Neilson, com três andares nas proximidades do bairro universitário de Ultimo.

 

Espaço de exposições da White Rabbit Gallery – foto Kike Martins da Costa

 

E em Sydney acontece a abertura da Copa do Mundo de Futebol Feminino, no gigantesco Australia Stadium, que fica a 20 km do Centro da cidade e tem capacidade para acomodar confortavelmente 70 mil espectadores.

Se você quiser ter contato com aqueles animais incríveis que só existem na Austrália – mas não vê a menor graça em ver essas criaturas enjauladas em zoológicos – a dica é ir ao Wild Life Sydney (ao lado do Aquário Municipal, pertinho do Centro, na região conhecida como Darling Harbour), onde é possível tomar café ao lado de coalas e ver de perto crocodilos, ornitorrincos e diabos da Tasmânia. Outra opção – mais trabalhosa – é ir a um dos vários santuários da região metropolitana onde os bichos têm mais liberdade, como o Koala Park e o Featherdale. O Koala Park, por exemplo, fica no subúrbio de Pennant Hills e tem também wombats, emus, dingos e várias espécies de marsupiais. O mais legal é poder se aproximar dos cangurus e deixar eles comerem uma ração apropriada diretamente na sua mão!
Quando você for se aventurar por esta linda e distante nação, tenha em mente que as duas cidades possuem perfis bem diferentes, mas uma viagem a Sydney não exclui uma visita a Melbourne ou vice-versa. Na verdade, uma é complementar à outra.

 

Coala do Koala Sanctuary de Sydney – foto Kike Martins da Costa

 

A melhor maneira de ir à Austrália é via Santiago. A australiana Qantas opera voos diários e diretos entre a capital do Chile e Sydney. A Latam tem também voos diários entre Santiago e Sidney, mas com uma rápida escala técnica em Auckland (Nova Zelândia), sem troca de avião. A partir de setembro, a Latam terá três voos semanais de Santiago direto para Melbourne.

 

Os cangurus do Moonlit Sanctuary, em Melbourne – foto Kike Martins da Costa

Festival do Japão de São Paulo chega à sua 24ª edição em julho

Festival do Japão de São Paulo chega à sua 24ª edição em julho

A arte da recepção nipônica pode ser conferida de perto em mais um Festival do Japão de São Paulo, que chega à sua 24ª edição este mês

Em português, a palavra japonesa “omotenashi” pode ser traduzida como “hospitalidade” ou, de forma mais explicativa, a arte de receber bem, de oferecer o seu melhor. Apesar de o Brasil estar fisicamente a mais de 17 mil km de distância do Japão, nosso país abriga a maior colônia japonesa do mundo (mais de um milhão de descendentes) e a cultura oriental é bastante difundida por aqui.

O momento mais festivo do ano para celebrar a boa mistura entre os dois países é o Festival do Japão de São Paulo, considerado o maior evento da cultura japonesa no mundo. Organizado pelo Kenren (Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil), o festival chega à sua 24ª edição, que acontece de 7 a 9 de julho no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center e celebra também os 115 anos na Imigração Japonesa no Brasil.

 

Fotos Marcel Uyeta e Divulgação

 

“Conseguimos consolidar o evento como principal acontecimento cultural e gastronômico da cidade de São Paulo. O festival traz na sua concepção os valores culturais, educacionais, morais, e os legados deixados pela imigração nos hábitos alimentares dos brasileiros, além da integração na sociedade brasileira”, conta Toshio Ichikawa, presidente do Kenren.
As 47 províncias que compõem o Japão estão representadas no festival, que traz shows musicais, atrações culturais, danças típicas, culinária regional tradicional, exposições, workshops, cerimônia do chá e atividades gratuitas para crianças, jovens, adultos e idosos.

Assim como nas edições anteriores, a deste ano também é organizada por voluntários e não têm fins lucrativos. O objetivo central é homenagear a memória dos imigrantes e disseminar valores culturais japoneses como o “omotenashi”, o “kaizen” (melhoria contínua) e o “mottainai” (combate ao desperdício). Este último valor, aliás, é também o tema deste ano: “Mottainai, desperdice menos, aproveite mais”, com foco na sustentabilidade e nos 3 R’s – Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Em 2022, o evento reuniu um público de 182 mil visitantes. Agora, a expectativa é receber também mais de 100 mil pessoas, em 34 mil metros quadrados de área totalmente coberta, que conta com novos espaços e atrações. “Além das atividades tradicionais, neste evento estamos ampliando opções para a faixa dos 15 aos 30 anos de idade, incluindo games, cosplays, animes, mangas, jogos virtuais, card games, e o uso de redes sociais para ampliar o espaço físico além do São Paulo Expo”, finaliza Toshio.

 

Fotos Marcel Uyeta e Divulgação

 

24º Festival do Japão
De 7 a 9 de julho
São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
Rodovia dos Imigrantes, km 1,5; tel 3277-6108
Sexta, das 11h às 21; sábado, das 9h às 21h;
domingo, das 9h às 18h
Ingressos: A partir de R$ 15 (entrada gratuita para crianças até 8 anos, mulheres acima de 60, homens acima de 65 e pessoas com deficiência). www.festivaldojapao.com/ingressos