Restaurante Cortés dá cria e gera bar com ‘DNA carnívoro’

Restaurante Cortés dá cria e gera bar com ‘DNA carnívoro’

Instalado no Shopping Leblon, o Bar Cortés tem ótimos drinques e petiscos para quem busca algo mais leve do que os suculentos e saborosos cortes de carne servidos no vizinho

O Bar Cortés, que acaba de ser inaugurado no 4º piso do Shopping Leblon, é o mais novo empreendimento do Grupo Ráscal, instalado em anexo à steakhouse Cortés. Além do balcão e das mesas, tem aconchegantes booths com sofás de couro que acomodam até seis pessoas.

A carta de drinques foi criada pelo bartender Gabriel Szklo e tem como destaques o borbulhante Melancia Spritz (de vodca com suco de melancia, licor de flor de sabugueiro e espumante), Negronis em cinco versões e caipirinhas de caju com limão cravo.

 

foto divulgação

 

O cardápio de comidinhas é assinado pela chef Daniela França Pinto e inclui delicinhas como o rosbife artesanal com picles de cebola roxa e uvas assadas na brasa, servido com torradas de ciabatta, o Copetin (mini empanadas de carne picada na ponta da faca e assadas no carvão) e o sanduíche de carpaccio com molho de alcaparras, limão siciliano e parmesão.

Bar Cortés
Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, 4º piso, Leblon.
Tel. 21 3576-9707.

Antiquário do Breganha, no Leblon, é pensão, restaurante e loja de decoração

Antiquário do Breganha, no Leblon, é pensão, restaurante e loja de decoração

“Cardápio” do Antiquário do Breganha oferece não só comida feita com afeto, mas também chope geladinho, móveis, objetos para a sua casa e muito aconchego

Inaugurado no final de fevereiro, o Antiquário do Breganha é um mix de bar, restaurante e antiquário em um só endereço. O espaço é adornado com peças únicas de mobiliário e decoração — e tudo está à venda.

O cardápio assinado pela chef Helena Murucci, que só vale para o jantar, inclui receitas clássicas como a barriga de porco assada lentamente e finalizada na grelha, o Canarinho (versão do frango a passarinho com asinhas marinadas no suco de laranja e na mostarda, grelhadas na brasa e finalizadas com molho de melaço), o bobó de camarão, a rabada com agrião e a picanha na lenha com aquela gostosa nota defumada.

 

foto divulgação

 

Durante o dia, o Breganha funciona como uma “pensão”, com pratos generosos feitos com técnica, ingredientes frescos e aquele toque afetivo. Tem arroz com feijão, macarrão com almôndegas, peixe frito, bife a cavalo e muito mais… O cardápio muda a cada quinzena.

Antiquário do Breganha
Avenida Gen. San Martín, 509, Leblon.

Um roteiro gastronômico para curtir Pinheiros após uma “sessão pipoca” no Cinesala

Um roteiro gastronômico para curtir Pinheiros após uma “sessão pipoca” no Cinesala

Clássico de Pinheiros, o Cinesala é um cinema de rua que foge do óbvio e tem uma programação diversificada. E a região é cheia de opções gastronômicas para depois da “sessão pipoca”

Cinesala
“Cinema de rua desde 1962” – este é o lema do Cinesala que, antes de ganhar esse nome em 2014, já foi o Cine Fiammetta (1962) e a Sala Cinemateca (1989), que exibia filmes clássicos e raros. Hoje repaginado, mas mantendo sua essência, projeta longas populares e alternativos em uma sala confortável com poltronas e sofás espaçosos. Para completar a experiência, há o Barouche Pipoca, que vai além da pipoca e oferece delícias como hot dog, croissant, pão de queijo e bolos, além de vinhos e coquetéis. Rua Fradique Coutinho, 361, Pinheiros.

 

foto Fran Parente

 

Tan Tan
Em um casamento perfeito entre coquetelaria premiada e culinária oriental, o bar-restaurante Tan Tan, comandado pelo chef Thiago Bañares, completa 10 anos e é a única casa do Brasil na lista do World’s 50 Best Bars Awards desde 2021. Sua carta autoral lista 14 drinques, classificados em cinco famílias: Cooler e Highballs, Daisy & Sours, Martinis, Aperitivos e Mocktails. Destaque para o best-seller Curupira, mais herbal, com borbulhante de cambuci, hortelã e cumaru com base de gim Tanqueray dry. Rua Fradique Coutinho, 153, Pinheiros. Tel. 2373-3587.

 

foto Tati Frison

 

Fresta
Primeiro restaurante-bar da chef gaúcha Carol Albuquerque – com passagens pelo Maní, Chez Claude, Clos, Taraz e Refúgio –, o Fresta tem atmosfera casual e descontraída, com cozinha aberta para o salão. O menu se divide em duas categorias: “do nosso bar”, com pedidas mais descomplicadas como o caldinho de siri; e “da nossa cozinha”, com pratos principais como o Pissaladière, massa folhada com cebolas caramelizadas, tomates assados e anchova. Rua Rua Simão Álvares, 447, Pinheiros. Tel. 95590-8761.

 

foto Victor Collor

 

Crime Pastry Shop
Antes de chegar ao burburinho da Vila Madalena, a confeitaria clean Crime Pastry Shop convida a uma pausa. A casa foi inaugurada em 2021 pelo chef confeiteiro Rafael Protti, que já trabalhou na França com Pierre Hermé e no L’Atelier de Joël Robuchon e, em São Paulo, no estrelado Tuju. Na irresistível vitrine, brilham o éclair recheado de cremoso de chocolate, coberto com chocolate e amêndoas trituradas e finalizado com mousse de café; o macaron de chocolate com geleia de framboesa; e a banoffee. Rua Simão Álvares, 1.031, Pinheiros. Tel. 3031-9929.

 

foto Giuliana Nogueira

Consumo de coquetéis não alcoólicos cresce em restaurantes estrelados

Consumo de coquetéis não alcoólicos cresce em restaurantes estrelados

Coquetéis sem álcool e harmonização completa em jantares de restaurantes estrelados mostra a queda de um certo moralismo às avessas da categoria de profissionais de bar

Segundo a OMS não há métrica segura para o consumo saudável de álcool e indicadores noticiados nos últimos anos apontam para uma mudança no hábito por parte da geração Z. Foi olhando não apenas os números em macro, mas também em microescala, que começamos a explorar os não alcoólicos na coquetelaria do restaurante Tuju, em São Paulo. Primeiro, em alguns coquetéis sem álcool, depois, com a ideia de ter uma harmonização que acompanhasse todo o jantar.

De um total de nove mesas, passamos a observar que, toda noite, pelo menos um convidado de uma delas não bebia. Nossa iniciativa caminhou no sentido de fazer essa pessoa se sentir igualmente bem recebida. Tal qual uma harmonização com vinhos, servimos 50 ml de cada criação líquida a cada etapa, sem nunca repetir ingredientes que já estão no prato. Ela é quase 100% artesanal, produzida internamente – mas, eventualmente, contamos com insumos processados, como mostarda, goiabada e óleo de coco. O restante é feito a partir da própria fruta, erva ou hortaliça.

Esses coquetéis, a meu ver, não têm o objetivo de serem bebidos sozinhos, mas consumidos junto com o prato para o qual foram desenvolvidos. Nesta temporada (de março a julho de 2025), a minha etapa favorita é uma soda de cambuci com salsão, que acompanha o crudo do menu. Para produzi-la, clarificamos os produtos principais e adicionamos um pouco de sal e açúcar.

 

foto Rubens Kato

 

Evidentemente, toda essa exploração não passa incólume a estranhamentos positivos e negativos. Já tivemos clientes brasileiros que disseram se sentir estrangeiros por não conhecerem vários dos ingredientes apresentados, como uvaia, cambuci, murici, bacuri, cajá e polpa de cacau. Acredito que ser bartender é sobre misturar e, por vezes, ousar em uma linguagem nova. Não alcoólica, inclusive.

Some-se a esse processo a dor e a delícia de quase não termos fabricação ou importação de itens sem álcool. Vá ao departamento de não alcoólicos em lojas de bebidas nos Estados Unidos, por exemplo, e haverá uma profusão de bourbons, gins, aperitivos, amaros e vermutes sem álcool. Por outro lado, o Brasil tem uma disponibilidade abundante de hortifrutis incomparável.

Cada um tem o direito de escolher o que consumir. Gosto de pensar que há pessoas que um dia optam por harmonização não alcoólica por desejarem experimentar algo diferente também. E é meu papel pensar em como atendê-las à altura. Essa é a sensação de estar dialogando com o público, sem medo de perdê-lo.

*Rachel Louise é chef de bar do restaurante Tuju.

Tijolada é um botequim com a grife Troisgros, que serve clássicos da Baixa Gastronomia em Ipanema

Tijolada é um botequim com a grife Troisgros, que serve clássicos da Baixa Gastronomia em Ipanema

Com ambiente bem simples e descontraído, o Tijolada é um bar que se esmera no preparo de clássicos da Baixa Gastronomia carioca, como as empadas, os croquetes e os caldinhos

Dono de restaurantes como o Toto e o Oseille e de lanchonetes como o TT Burger, Tom Ticken e a Marola, o chef Thomas Troisgros inaugurou no final do ano passado seu primeiro bar. Em parceria com sua esposa, a analista financeira Diana Litewski, ele abriu o Tijolada, um boteco bem informal e sem salão, apenas com mesas e cadeiras na área externa.

O cardápio é cheio de delicinhas típicas da Baixa Gastronomia carioca, como as empadas (de queijo, de camarão ou de frango com catupiry), os croquetes e os outrora desprezados bolovos. O cardápio tem também caldinhos de feijão e de mocotó, moela com jiló, bife à milanesa com salada de batatas e frangos suculentos que giram na “televisão de cachorro”.

 

Bolovo do Tijolada – foto divulgação

 

Para bebericar, tem chope Heineken, batidas de paçoca, de coco ou de fruta do dia e drinques como o Caju Amigo e o Macunaíma (que combina cachaça, Fernet, suco de limão e xarope de açúcar).

Tijolada
Rua Visconde de Pirajá, 630-C, Ipanema.