O café tem peso significativo para a economia de São Paulo. Embora se produza no estado 10% da safra brasileira da bebida, as atividades de torrefação e moagem, o consumo e a exportação amplificam imensamente o impacto do negócio, que movimenta mais de R$25 bilhões por ano em território paulista. E os cafés especiais, muito produzidos por aqui, agregam valor a essa bebida tão conhecida no país.
Celso Vegro, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola e especialista em cafés, aponta que 35% de todo o consumo ocorre em São Paulo e 85% da exportação passa pelo porto de Santos. “É uma cadeia com nível de governança bem avançado, com iniciativas regionais com selos de procedência, como Alta Mogiana, Pinhal e Bragança”. Celso ainda conta que nas lavouras paulistas existem boas práticas agrícolas que garantem a manutenção da qualidade do produto, que justificam a relevância do estado. “E concentramos as exportações, que exigem análises de resíduos de agroquímicos”.
A pandemia paralisou as vendas das cafeterias e restaurantes por meses, impactando a venda de cafés especiais paulistas. “Em contrapartida a formação de estoques nas residências para diminuir as idas aos supermercados catapultou as vendas no varejo que chegaram a se elevar em 35% em março, e agora estão em patamares normais”.
O ecommerce também foi uma saída importante para manutenção do mercado. Marcas como Mogiana e Orfeu vendem em seus sites grãos, café moído e cápsulas, além de acessórios como térmicas, jarras, balança e filtros para que os consumidores tenham em casa todos os elementos do universo especial do café. “É um novo caminho importante para que esses produtores diversifiquem seus canais de distribuição, e são eles os responsáveis por atualizar o negócio do café em São Paulo”, finaliza
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