Mercado doméstico também mostra força em 2024, com números que consolidam o Brasil como o quarto maior mercado mundial em voos internos, atrás apenas dos EUA, da China e do Japão
Segundo dados revelados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Brasil registrou 24,9 milhões de passageiros transportados em voos internacionais ao longo do ano de 2024, uma alta de 17,23% em relação a 2023. Esse foi o maior número da série histórica, iniciada no ano 2000. Os dados se referem exclusivamente a voos comerciais.
A quantidade de decolagens internacionais a partir do Brasil também cresceu: foram 141.607 voos em 2024, uma alta de 15,57% em relação ao ano anterior. Já no mercado doméstico, houve alta de 2,1% no número de passageiros transportados em relação a 2023. Ao todo, 93,3 milhões de pessoas realizaram voos nacionais em 2024.
Apesar disso, a oferta de voos domésticos teve uma redução de 0,64%. Foram 784 mil decolagens no ano. Essa pequena queda se deve ao fechamento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por causa das inundações ocorridas nos meses de maio e junho. Nos voos domésticos, a Latam foi a responsável por transportar 35 milhões de passageiros (37,5% do total), a Azul se encarregou de 29,2 milhões (31,3%) e a Gol respondeu por 28 milhões (31,1%).

foto divulgação
Em 2024, houve mais de 925 mil decolagens domésticas e internacionais no Brasil. O total de passageiros ficou acima de 118 milhões de pessoas, o segundo maior da história. Em 2019, último ano antes da pandemia de Covid-19, a movimentação total foi de 118,6 milhões de passageiros.
Com esses números, o Brasil terminou o ano como o quarto país do mundo no ranking de voos domésticos, de acordo com levantamento da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). O Brasil, que além de muito populoso é um país-continente, responde por 1,2% da movimentação total de passageiros pelo mundo. À nossa frente estão os Estados Unidos, a China e o Japão.
Radar
Fusão 1
A Azul assinou um Memorando de Entendimentos Não Vinculante (MoU) com a Abra Group, holding controladora da Gol, para uma possível combinação de negócios. A fusão depende do desfecho do processo de recuperação judicial da Gol, que só deve acontecer em abril. Caso a fusão seja concluída, Azul e Gol continuarão operando como duas empresas independentes, mas sem atuarem como concorrentes e, sim, como parceiras em voos e até em vendas. O presidente do conselho da futura companhia será indicado pela Abra, e o diretor-executivo (CEO) será indicado pela Azul.
Fusão 2
A Lufthansa concluiu em janeiro a aquisição de 41% da ITA Airways por 325 milhões de euros. A incorporação da ITA ao portfólio do Grupo Lufthansa (que inclui a própria Lufthansa, a Austrian Airlines, a Swiss e Brussels Airlines) deve fortalecer sua conectividade com destinos fora da Itália. A gestão da ITA será compartilhada entre a empresa alemã e o Governo Italiano, que segue como acionista.
Vice
Segundo relatório baseado nos dados da Global Airline Schedules Data, a ponte-aérea São Paulo – Rio é segunda mais movimentada da América Latina. Enquanto a rota que liga Congonhas e Santos Dumont transportou 5,6 milhões de pessoas, a ligação entre Bogotá e Medellín teve 6,6 milhões de passageiros. Globalmente, a rota mais movimentada de 2024 foi entre Hong Kong e Taipei, com 6,8 milhões de viajantes.
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