Isolacionista, Estados Unidos registra a maior queda de turistas estrangeiros

por | maio 5, 2025 | Aviação, Coluna, Negócios, Turismo, Viagens | 0 Comentários

Em decorrência da insegurança jurídica gerada pelas políticas migratórias do governo Trump e da postura agressiva do presidente em relação a aliados históricos, o número de turistas estrangeiros nos Estados Unidos registra a maior queda desde o período da pandemia do coronavírus

Nos céus norte-americanos, a turbulência não é apenas climática — é política, econômica e social. As decisões erráticas e sem nexo do presidente Donald Trump sobre imigração e economia vêm afugentando estrangeiros e gerando boicotes. Entre os viajantes latino-americanos e LGBTs, por exemplo, há uma sensação crescente de incerteza, tensão e medo.
Como resultado disso, o número de turistas estrangeiros nos Estados Unidos já mostra um recuo significativo. Segundo a Administração de Comércio Internacional (ITA), a chegada de visitantes estrangeiros em março deste ano teve retração de 10% em relação a março de 2024.

A previsão é que essa queda no turismo e os boicotes gerem uma redução de até US$ 90 bilhões (ou 0,3% no Produto Interno Bruto dos EUA de 2025), de acordo com relatório do banco Goldman Sachs. Para analistas da instituição, “as tarifas dos EUA e uma postura agressiva em relação a aliados históricos prejudicaram a imagem global do país”.

 

Vista aérea do Aeroporto Internacional de Orlando – foto divulgação

 

De acordo com a ITA, o número de visitantes da Europa Ocidental nos EUA caiu 17% em março. Viagens oriundas de países como Irlanda, Noruega e Alemanha tiveram queda superior a 20%. As reservas de voos do Canadá (o maior emissor de turistas para os EUA) recuaram 70%, conforme dados da OAG Aviation. A consultoria Tourism Economics, que previa crescimento de 9% nas chegadas internacionais em 2025, agora estima queda de 9,4%.

A Delta Air Lines já revisou para baixo a previsão de lucros do primeiro trimestre deste ano. A empresa identificou queda nas reservas tanto no turismo de lazer quanto no corporativo. A Air France-KLM reduziu suas tarifas em rotas transatlânticas diante de uma “fraqueza” do mercado, e a Virgin Atlantic registrou desaceleração na busca por voos entre Europa e EUA.

Radar

A casa nova da Gol
Por causa das obras de ampliação e modernização de Congonhas, a Gol deixou o prédio que ocupou durante 17 anos na área dos hangares do aeroporto paulistano. A nova sede fica na Rua Verbo Divino, na Chácara Santo Antônio, também na zona sul de São Paulo. Em meados de abril, cerca de 2 mil colaboradores da companhia aérea se transferiram para esses escritórios, que até recentemente abrigavam os executivos da PepsiCo.

Futebol & aviação
A FIFA anunciou que a American Airlines será a companhia aérea oficial da América do Norte para a Copa do Mundo de 2026, sediada conjuntamente pelo Canadá, México e Estados Unidos e disputada, pela primeira vez, por 48 seleções. Celebrando seu centenário no próximo ano, a American tem sede em Dallas-Fort Worth — uma das 16 cidades-sede do torneio que terá sua abertura no dia 11 de junho na Cidade do México e sua final dia 19 de julho, em Nova York.

Adriático em alta
O tráfego aéreo na Europa, incluindo a bacia do Mediterrâneo, aumentou em 5% no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, de acordo com dados da Eurocontrol, a organização responsável pela navegação aérea europeia. Aeroportos do Sudeste Europeu — como Zagreb (Croácia), Belgrado (Sérvia), Skopje (Macedônia do Norte) e Tirana (Albânia) — tiveram as maiores altas, com crescimentos superiores a 10% em relação ao ano passado.

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