Exportações brasileiras de carne de frango batem recorde em 2021 e devem crescer ainda mais em 2022

por | fev 4, 2022 | Agronegócio, Coluna | 0 Comentários

A perspectiva para 2022 é de um ano ainda melhor para avicultura brasileira, por causa da gripe aviária que vem dizimando criações nos quatro cantos do planeta

Em 2021, as exportações de carne de frango (in natura e processada) somaram 4,6 milhões de toneladas, o melhor desempenho já registrado pelo setor, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume foi 9% superior ao total exportado pelo Brasil em 2020, quando foram embarcadas 4,23 milhões de toneladas. Em termos de receita, houve elevação de 25,7% no período, com US$ 7,66 bilhões, bem mais do que os US$ 6,09 bilhões faturados em 2020.

E a perspectiva para 2022 é de um ano ainda melhor para a avicultura brasileira, por causa do número cada vez maior de casos notificados de gripe aviária mundo afora pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

 

Foto Divulgação

 

A Inglaterra verificou uma explosão dos surtos de gripe aviária, que provocaram o abate de mais de 500 mil aves. O mesmo quadro de epidemia foi verificado em granjas da Coreia do Sul, da Holanda, de Israel, da Suécia e da China. Na França, na Bulgária e na Hungria não foram só os frangos que sofreram; criações de perus e patos foram afetadas também pela doença.

Com uma possível escassez de carne de frango nesses países, os preços internacionais desse produto devem aumentar, beneficiando os produtores do Brasil. Os riscos de a doença chegar às granjas brasileiras são muito baixos. A gripe aviária se espalha pelo mundo com os fluxos de aves migratórias e, aqui no Brasil, recebemos menos de 1% do total de aves migratórias que circulam entre os continentes. Além disso, as medidas de biosseguridade adotadas nos criadouros brasileiros são muito eficazes e têm prevenido com eficiência a entrada deste tipo de patogenia nos nossos aviários.

 

Prosa rápida

Porco campeão

Ainda segundo a ABPA, as exportações brasileiras de carne suína também bateram recorde em 2021. Foram enviados ao exterior um total de 1,13 milhão de toneladas. É o melhor resultado já alcançado pelos exportadores brasileiros, e supera em 11% o volume registrado em 2020 (1,02 milhão de toneladas). A receita gerada por essas vendas somou US$ 2,641 bilhões, resultado 16,4% maior que o alcançado em 2020, quando os suinocultores do país faturaram US$ 2,270 bilhões.

Pileque global

Em 2021, as exportações de cachaça também foram muito bem, de acordo com dados do Comex Stat, compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). Foram 7,22 milhões de litros, 29,5% a mais do que em 2020. Em termos de receita, foram US$ 13,17 milhões, um crescimento de 38,39% em relação a 2020. Entre os países que mais importaram a cachaça brasileira, destaque para os Estados Unidos, Alemanha, Paraguai, Portugal e França.

Escassez hídrica

O Conselho Internacional de Grãos (IGC) cortou sua previsão para a produção global de milho na temporada 2021/22 em 5 milhões de toneladas, para 1,207 bilhão de toneladas, com projeções para Argentina e Brasil revisadas para baixo, por causa da seca. A colheita argentina foi reduzida para 61 milhões de toneladas, ante 63 milhões, enquanto a produção do Brasil agora está estimada em 112,9 milhões de toneladas, versus 117,4 milhões anteriormente previstas.

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