A flexibilização do uso de máscaras já é uma realidade nos voos de duas companhias aéreas britânicas, e vem sendo muito bem analisado por entidades e empresas da Europa e Estados Unidos
Está cada vez mais próximo o dia em que os passageiros poderão viajar de avião sem a obrigatoriedade de usar máscaras faciais. Essa liberação ainda não é consenso entre infectologistas e especialistas em saúde pública, mas já existem companhias aéreas que estão dispensando o uso do artefato, como as britânicas Tui e Jet2. E, nos Estados Unidos, CEOs de outras duas grandes empresas (American Airlines e Southwest Airlines) já se manifestaram a favor do fim da obrigatoriedade de máscaras a bordo.
Eles alegam que os filtros Hepa de alto grau capturam toda a contaminação do ar das cabines, que é constantemente renovado por ar fresco. “Uma aeronave é o lugar mais seguro que há”, disse Dough Parker, CEO da American. Sara Nelson, presidente da Associação Norte-Americana das Comissárias de Bordo, espera que um dia as máscaras não sejam necessárias, mas não apoia a flexibilização de seu uso neste momento. “O problema é que nem todas as aeronaves estão equipadas com filtros de ar com essa mesma qualidade. Muitos aviões mais antigos sequer possuem filtros Hepa”, afirma.
Em meados de março, o Conselho Internacional de Aeroportos da Europa (ACI) e a International Air Transport Association (Iata) pediram o fim de todas as restrições sanitárias criadas por causa da Covid nos voos internos do continente. Querem que não sejam mais exigidos resultados de testes, comprovantes de vacinação e o uso de máscaras a bordo. A justificativa é que, devido às altas percentagens de pessoas vacinadas e por muitos países já terem abolido a necessidade de máscaras em ambientes fechados, não faz sentido elas serem obrigatórias dentro das cabines dos aviões.
Essa discussão ainda vai render, mas não será nenhuma surpresa se as regras mudarem em breve.
Radar
Nas alturas
O querosene de aviação teve em 2021 um aumento de 76,2% no Brasil, e só neste 1º trimestre de 2022 já subiu mais 15%, por causa da Guerra da Ucrânia. Como o combustível responde por cerca de 30% dos custos das companhias aéreas, os aumentos nas passagens são inevitáveis.
A Latam, por exemplo, estima que terá de elevar entre 25% e 30% os preços de seus bilhetes em 2022.
Expatriados
Com seus voos comerciais suspensos, a Ukraine Airlines já devolveu para as empresas de leasing 19 das aeronaves que compunham sua frota antes da guerra. Outros 22 aviões (estacionados em países vizinhos) estão à disposição para fretamentos e também podem operar para o transporte de carga. São 14 Boeing 737, dois Boeing 767 e cinco Embraer E190/E195.
Miami no aperto
Devido aos atrasos da Boeing na entrega de aeronaves para a American Airlines, a companhia reduzirá seus voos entre Miami e São Paulo durante o verão americano. Atualmente, a American opera três voos diários com Boeings 777, entre as duas cidades, com saídas de Guarulhos às 10h25, às 21h25 e às 22h45. Entre os dias 1º de julho e 29 de outubro, só ficará em operação o voo das 21h25, com chegada às 5h na Flórida. No sentido contrário, fica o voo que sai de Miami às 19h45. A mudança foi causada pela alta demanda de voos dos EUA para o verão europeu.
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