Em Santa Catarina, Joinville é um destino que desperta cada vez mais para o turismo

Em Santa Catarina, Joinville é um destino que desperta cada vez mais para o turismo

Joinville vive momento especial com atrativos que misturam natureza, música e gastronomia, e oferece mais que uma viagem de negócios

Conhecida por seu polo industrial, Joinville é a maior cidade de Santa Catarina. O município está entre os 25 brasileiros – e o único do estado – com maior participação no Produto Interno Bruto Nacional (PIB). A realidade econômica se reflete na segurança pública e no bem-estar de sua população, que agora vê crescer também o interesse turístico do país pela cidade.

Por ali, a diversidade de indústrias abrange áreas como metalmecânica, plástico e software, e há ainda a presença de cerca de 30 multinacionais, como a BMW, que escolheu o município vizinho de Araquari para a construção de uma fábrica dedicada à produção de automóveis da marca no Brasil. Um programa interessante é realizar uma visita por dentro da planta fabril, que sai por R$190 por pessoa, em que se vê de perto os processos como solda, montagem e pintura. É necessário reservar o passeio no site
www.visitabmwgroupbrasil.com.br

 

Museu Nacional de Imigração e Colonização – foto Fernando Zequinão

 

Há também programação para todos os gostos e idades em Joinville. Um dos mais impressionantes é conhecer a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil – a única extensão do Teatro Bolshoi no mundo, com sede na Rússia. O local garante o acesso de crianças ao universo da dança e da música, que possuem ainda benefícios como alimentação, transporte, uniformes, figurinos e orientação pedagógica.

Neste ano, a escola completa 25 anos no país e, para comemorar o aniversário, será apresentado na cidade um dos balés mais populares, “O Lago dos Cisnes”. A versão da Escola Bolshoi é assinada por Vladimir Vasiliev – história viva do balé mundial, considerado pela Unesco o bailarino do século 20. Os espetáculos acontecerão no Centreventos Cau Hansen nos dias 15 e 16 de março.

 

Bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil – foto divulgação

 

Nas últimas décadas, a tradição da indústria tem mesmo dividido espaço com a música na cidade. Além da escola de balé, o município abriga o Musicarium, um centro de formação de jovens em orquestra. São mais de 180 alunos bolsistas, a maioria vinda da rede pública de ensino, que recebem a melhor formação para se tornarem músicos de alta performance. A iniciativa agora planeja a construção de uma sede em Joinville, com um novíssimo Concert Hall – com capacidade para uma plateia de 700 pessoas.

Terra das flores

Por falar em tradições, o município apresenta anualmente a Festa das Flores, que chegou a sua 84ª edição em 2024, com concurso de orquídeas, mercado de plantas, feira multissetorial, oficinas de cultivo, concurso de jardins e atrações musicais. O evento atrai turistas de muitos lugares, principalmente de outras cidades de Santa Catarina e do sul do país.

 

Jardins do Parque Hemero – foto Paula Calçade

 

Para uma experiência fora dos estandes e ainda mais autêntica em Joinville, o Parque Hemero possui jardins de diferentes espécies de flores, com cuidado paisagístico e interatividade para toda a família. Um dos destaques é o Campo de Cultivo, que conta com um mirante, construído com uma rampa de acesso, proporcionando a pessoas com deficiência a oportunidade de estar no mesmo nível das deslumbrantes flores e desfrutar de uma visão privilegiada de cima, contemplando toda a sua beleza em detalhes. Há também o Jardim das Tropicais, que possui uma variedade de mais de 300 espécies distintas de helicônias e outras plantas tropicais, atraindo uma diversidade de pequenos animais, como os encantadores beija-flores. Os ingressos começam em R$ 45 (adultos) no site www.visitehemero.com.br

Ainda seguindo a inspiração das cores e formas das flores, o café e empório Flores e Frutos, localizado no Otto Boulevard, é uma opção agradável para café da manhã ou da tarde e ainda almoço em Joinville. O lugar vende flores, frutas, vegetais orgânicos, vinhos, queijos, frios, bolos com ingredientes não industrializados, geleias e oferece um cardápio elaborado com comidinhas saborosas com mesas ao ar livre.

 

Almoço no Empório Flores e Frutos – foto @ale.slvno

 

Caminhos de Dona Francisca

Na área rural de Joinville, no distrito de Pirabeiraba, a rota Caminhos de Dona Francisca inclui opções de lazer, além de restaurantes especializados em pratos típicos da culinária alemã, cafés coloniais e hospedagens. Por ali, o Apiário Pfau possibilita aos visitantes conhecer a atividade de apicultura – a criação de abelhas – e degustar variados tipos de méis.

A compostagem é uma prática cidadã que traz vários benefícios para o planeta

A compostagem é uma prática cidadã que traz vários benefícios para o planeta

A compostagem transforma resíduos orgânicos em adubo e é uma das ações cidadãs para reduzir nosso impacto no planeta

Cascas, sementes e bagaços de frutas, sobras de ervas, raízes e legumes, talos de verduras, cascas de ovos, borra de café e de chá, folhas secas, serragem e podas de jardim. Toda essa matéria orgânica, que costumamos chamar de “lixo”, é na verdade um “tesouro”: são resíduos de alto valor biológico e com o poder de estimular a vida no solo e melhorar a saúde do nosso planeta. E como aproveitá-los? Compostando!

A compostagem é um processo biológico que decompõe e recicla matéria orgânica transformando-a em adubo, uma prática cidadã que traz vários benefícios. Para começar, ela reduz em 50% o lixo gerado em casa e diminui a quantidade de resíduos enviados aos aterros sanitários e lixões, onde misturados com outros materiais causam mau cheiro, liberam gás metano e chorume, que tem potencial de contaminar solo e água.

A compostagem dos resíduos orgânicos reduz a dependência de fertilizantes químicos, ajuda a recuperar a fertilidade do solo e melhora a retenção de água e a entrega de nutrientes às plantas. Além disso, é uma atividade gostosa e divertida, que pode envolver comunidades, vizinhos e famílias no contato com a natureza. E que ainda nos faz refletir sobre uma forma mais sustentável de consumo e de descarte de alimentos.

 

Compostagem comunitária Ecobairro Vila Mariana, em São Paulo – foto divulgação

 

Em São Paulo, vários bairros contam com composteiras comunitárias, onde as pessoas podem depositar os resíduos vegetais em dias específicos. Alguns deles são Nossa Senhora da Composteira, no Sumaré; Coletivo Composteira Butantã; Ecobairro Vila Mariana; Associação Viva Moema; e Sociedade dos Amigos de Bairro do Jardim Marajoara e Horta das Flores, no Parque da Mooca.

Quem quer compostar dentro de casa, mas não quer usar minhocas (a vermicompostagem), pode fazer a compostagem seca, na qual a decomposição e a transformação do alimento em adubo são realizadas por microrganismos (bactérias e fungos). Em caixas ou recipientes projetados para isso, misturam-se os alimentos (sempre crus) com serragem ou folhas secas. No site procoletivo.com.br há o detalhamento das técnicas, inclusive para quem pretende fazer a composteira em jardins, seja em casa, no condomínio ou em um espaço público da comunidade.

E há também, para quem não se anima com a ideia de colocar a mão na massa, empresas que fazem a coleta doméstica dos resíduos, levando-os para hortas urbanas onde são transformados em adubo, um modelo que inclui a entrega de um baldinho para que a pessoa armazene os alimentos e
a coleta semanal. Um dos pioneiros é o @cicloorganico, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, há a @plantafelizadubo, @ibiterraviva e @eurealixo.