Onde quem não bebe também tem vez: locais em SP que oferecem drinques sem álcool

Onde quem não bebe também tem vez: locais em SP que oferecem drinques sem álcool

De olho na curva crescente de pessoas que preferem evitar bebidas alcoólicas, bares e restaurantes de São Paulo apostam nos drinques sem álcool e ampliam suas cartas

Quem fez a escolha de não ingerir álcool sabe muito bem a dificuldade que é encontrar lugares que servem bons mocktails (termo em inglês para drinques sem álcool). Porém, é possível observar uma oferta crescente nos bares da capital paulista, que têm apostado na combinação ousada de ingredientes. “É uma tendência dos mais jovens e de pessoas que passaram pela pandemia e querem mais saudabilidade. Esse interesse também veio atrelado ao amadurecimento da coquetelaria, que hoje pode oferecer mais do que um suco ou refrigerante”, analisa o bartender Alê D’Agostino, que comanda a mixologia do Guilhotina, em Pinheiros.

 

Verjus, do Guilhotina – foto divulgação

 

Além do serviço sob demanda, em que o cliente pode solicitar uma criação exclusiva, o Guilhotina disponibiliza três opções não alcoólicas no menu: 1910, com coldbrew, hortelã, xarope de açúcar e gaseificado com CO2; Skeleton, que leva limão, xarope a base de frutas e ginger ale; e Verjus, composto por suco de maçã verde, uva verde, ácido cítrico, suco de limão siciliano e redução de puxuri (semente amazônica). Novos drinques já estão em fase de testes e devem ser adicionados à carta em breve. “Essas opções exigem um estudo maior, pois a mistura dos ingredientes precisa trazer a mesma complexidade de um drinque alcoólico ao paladar”, completa D’Agostino.

Alguns lugares já disponibilizam, inclusive, menus degustação 100% harmonizados com coquetéis sem álcool, como A Casa do Porco, na República, dos premiados chefs Jefferson Rueda e Janaína Torres Rueda. Até março, os clientes podem saborear a experiência gastronômica de oito tempos “Somos Todos de Carne e Osso” harmonizada também com infusões, xaropes, chás e sucos, além de vinhos e cervejas zero álcool. A versão abstêmia do Bota Mel na Boca, por exemplo, leva redução de cerveja sem álcool, xarope de mel e maracujá e água com gás no lugar do espumante. “Tem dias que buscamos uma conexão maior com a comida, sem a necessidade de alterar o paladar através do álcool. Um drinque sem álcool deve ter acidez, fluidez, sabor, dulçor e amargor, além de pitadas de especiarias”, explica Janaína.

 

Bota Mel na Boca, de A Casa do Porco – foto Mauro Holanda

 

Ainda no centro da cidade, o Bar dos Arcos, no subsolo do Theatro Municipal, homenageia mulheres extraordinárias em sua carta, como Margareth Menezes no drinque A Dandalunda (bebida gaseificada com xarope cítrico com capim santo, limão e abacaxi) e Carmen Miranda no A Pequena Notável (cordial de hibisco com maracujá, limão e refrigerante de gengibre). Já no SubAstor Bar do Cofre, no subsolo do Farol Santander, o clima misterioso pode ser embalado por mocktails como Rose Gloire (cordial de morango, limão siciliano e água Perrier) e Sicilia Tropicale (uva verde, maracujá, xarope de elderflower e Perrier).

 

A Pequena Notável, do Bar dos Arcos – foto Mateus Del Col Lopes

 

Na Vila Madalena, o Pé de Manga também está investindo na carta de coquetéis autorais sem álcool e apresenta criações inspiradas na riqueza dos sabores das frutas tropicais, como o Cool Breeze (uvas verdes, tangerina, xarope de cranberry, água e tônica de gengibre artesanal) e o Fresh Air (purê de abacaxi, água de coco, folhas de hortelã, e tônica de gengibre artesanal).

Arábia Saudita quer repetir o modelo de sucesso dos Emirados e do Catar com sua Riyadh Air

Arábia Saudita quer repetir o modelo de sucesso dos Emirados e do Catar com sua Riyadh Air

Com a criação de uma companhia aérea gigante, a Riyadh Air, e a construção de um hub intercontinental em Riad, a Arábia Saudita se prepara para entrar com força no bilionário setor dominado por Emirates, Etihad e Qatar Airways

A Arábia Saudita sempre foi um dos países mais fechados do mundo, limitando os contatos com o mundo exterior às questões relativas ao petróleo. Desde 2016, no entanto, vem sendo feita uma abertura, com incentivo ao turismo e um trabalho de “limpeza” da imagem do país – de hábitos conservadores e truculência contra dissidentes (como no caso do jornalista Jamal Kashoggi, sequestrado, esquartejado e derretido em ácido por criticar o príncipe Mohammed bin Salman).

Fazem parte dessa estratégia de “soft power” a turbinada na Liga de Futebol (que agora tem astros como Cristiano Ronaldo, Benzema, Kanté e Neymar), a promoção da Copa do Mundo de 2034 e da Feira Mundial Expo 2030 e a inserção no circuito da Fórmula 1 e no principal torneio mundial de golfe. Destinos como Al Ula e Amaala também vêm ocupando mais e mais espaço nos feeds de influencers do segmento de luxury travel.

 

Aeroporto de Riad – foto divulgação

 

Para dar conta desse fluxo todo e consolidar o país como mais um centro de conexões globais, o Fundo Soberano de Investimentos está injetando bilhões na criação de uma empresa aérea internacional, a Riyadh Air, que nem iniciou suas operações, mas já adquiriu 39 aeronaves wide body Boeing 787 Dreamliner e está contratando centenas de pilotos e comissários. Os primeiros voos estão programados para o começo de 2025.

O hub da empresa, como o nome anuncia, será em Riad, cujo aeroporto será remodelado para atender com todo conforto 120 milhões de passageiros por ano. Projetado pelo britânico Norman Foster (o arquiteto do fantástico aeroporto de Hong Kong), o terminal não terá “fingers” para embarque – os aviões é que vão enfiar seus bicos em abrigos onde estão os passageiros.

Em breve, Emirates, Etihad e Qatar Airways terão um forte concorrente nos ares. Os planos da Riyadh Air incluem mais de 100 rotas internacionais, com voos para os cinco continentes. São Paulo deve entrar nessa lista.

Radar

Pouso na Paulista
A United Airlines inaugurou em novembro uma loja física em São Paulo para receber quem prefere um atendimento mais personalizado. O espaço, com 225 metros quadrados, fica na Avenida Paulista, n° 777, e cada cliente é recebido por um consultor numa mesa individual. A área de espera conta com máquina de café Illy e tem kits para entretenimento infantil – além de cenários instagramáveis.

Mind the gap
A Virgin Atlantic postergou o início das suas operações no Brasil sem esclarecer as causas. Inicialmente, a empresa britânica ia operar voos entre Heathrow e Guarulhos em meados de 2020. Por causa da pandemia, adiou a estreia dessa rota para maio de 2024. Em meados de novembro, postou em seu site: “Voe direto de Londres para São Paulo com a Virgin Atlantic. Voos decolam a partir do verão [europeu] de 2025”. Passageiros que já tinham adquirido passagens receberam um e-mail avisando do cancelamento.

Ponte alternativa
A Azul acaba de completar 1 ano atuando na ligação entre o Aeroporto de Congonhas e o Aeroporto Roberto Marinho, em Jacarepaguá, no Rio. No período, 18.500 mil passageiros foram transportados pela Azul Conecta, divisão que opera os voos regionais da Azul. Isso significa uma média de seis viajantes por voo, ou 67% de ocupação média. A cada dia, são realizados sete voos nessa rota, com aeronaves Cessna Grand Caravan, com capacidade para nove passageiros.