Revista Online: Edição 149 – RIO
Revista Online: Edição 149 – SP
CEO do grupo BFFC, o empresário Ricardo Bomeny analisa o resiliente setor de franquias de alimentação
À frente de marcas como Bob’s e Yoggi, o empresário carioca avalia o setor de franquias de fast-food no país e destaca a intensa digitalização para enfrentar e superar a crise imposta pela Covid-19
Pandemia representou um momento de virada para as franquias de alimentação no Brasil. Em um curto espaço de tempo, houve uma revisão de menu, processos operacionais, canais de venda e relacionamento com os clientes, estrutura de custos e estratégia de médio e longo prazo. Segundo os resultados apresentados no Seminário Setorial de Food Service, evento da ABF Franchising Week 2021, dentre os destaques estão as vendas por delivery, que cresceram 140%, assim como o ticket médio desse canal. Além disso, 64% das redes reformularam sua oferta de pratos e 53% consideram as dark kitchens (cozinhas direcionadas apenas para as entregas) como principal alternativa para abertura de novas unidades.
Para se manter competitivo nesse cenário desafiador, o Bob’s, por exemplo, incrementou aos seus sanduíches e milk-shakes a inovação. É por meio de soluções tecnológicas, lançamentos de novos produtos e auxílio aos franqueados que a rede quer chegar a quase 1.200 lojas neste ano, frente às atuais 1.080 lanchonetes, sendo 90% delas de franqueados.
Ricardo Bomeny, há vinte anos CEO da BFFC (Brazil Fast Food Corp.), holding que controla as marcas Bob’s e Yoggi, além de franquias da KFC e Pizza Hut (RJ / SP), e presidente do Conselho da Associação Brasileira de Franchising (ABF), acompanha a evolução do mercado de franquias do segmento. “Os avanços de inovação e design do varejo brasileiro, que é um dos mais avançados e reconhecidos do mundo, são desenvolvidos cada vez mais para atrair consumidores por meio de uma experiência digital e física, esse é um dos nossos grandes diferenciais.”
Com 52 anos, MBAs em finanças corporativas e varejo, o empresário desempenhou diversas funções em empresas de food service ao longo dos últimos 31 anos. Na entrevista a seguir, ele detalha à 29HORAS as estratégias do grupo BFFC para inovar em meio à grande concorrência e à pandemia, e ainda aconselha empreendedores que pretendem direcionar seus negócios ao setor de franquias.
Como o período pandêmico impactou as marcas do grupo BFFC? E quais foram as estratégias aplicadas para enfrentar os desafios impostos pela Covid?
Com a pandemia enfrentamos muitos desafios com o fechamento temporário de lojas e a diminuição da carga horária, e isso refletiu diretamente nas nossas vendas e no nosso faturamento. A alternativa encontrada foi a aposta no delivery realizado por parceiros em todas as nossas marcas e a criação do aplicativo próprio da marca Bob’s. Ainda no caso do Bob’s, fortalecemos nossas operações drive-thru, que representam 15% do total de restaurantes da marca, e o serviço de take away, com o cliente pegando os produtos na loja. Com estratégias como essa, o Bob’s, por exemplo, saltou de 7% para 22% na participação do delivery no faturamento, crescimento fundamental para driblar o período.
A Pesquisa Setorial de Food Service, realizada pela ABF, mostra que também houve uma maior pressão de custos no último ano, com um aumento do custo por mercadoria vendida, pessoal, além de energia, água, gás e das taxas sobre venda – somando-se a isso os custos de ocupação. Como todos esses aumentos têm sido administrados junto aos franqueados das redes Bob’s, Pizza Hut, Yoggi e KFC?
Trabalhamos com uma negociação intensa de preços com fornecedores para oferecer as melhores condições aos nossos franqueados. Além disso, o delivery próprio é uma alternativa para oferecer margem e reduzir a dependência de outras plataformas de originação de pedidos. Ao passo que o mercado de delivery vem se tornando mais maduro devido à rápida digitalização dos restaurantes, entendemos que a criação de aplicativo próprio é um caminho promissor e muito viável para impulsionar o faturamento.
Outra iniciativa são as campanhas para aumentar o faturamento das lojas e o lançamento de produtos diferenciados, que elevam o ticket médio. Intensificamos o controle de contas públicas e apoiamos negociações de franqueados e operações próprias com locadores em todo o Brasil.
E, de acordo com uma pesquisa da Galunion, consultoria especializada em food service, quando o foco é no tipo de alimentação, o consumidor procura por opções mais saudáveis, que vêm ganhando cada vez mais a preferência dos brasileiros em diversas ocasiões. Como as redes Bob’s e KFC, por exemplo, têm se incorporado a esse movimento que também é global?
Um dos nossos compromissos ESG (governança ambiental, social e corporativa) até 2030 é o oferecimento de alimentos livres de conservantes, aromatizantes e aditivos de fontes artificiais. No Bob’s, oferecemos produtos com excelente procedência feitos com proteína 100% bovina e de frango. Nossas proteínas são grandes atributos da marca: em parceria com a Friboi, desenvolvemos o hambúrguer feito com costela. Temos também em dois dos nossos sanduíches a sobrecoxa de frango íntegra, garantindo suculência e maciez à carne. Além disso, temos opções para vegetarianos e flexitarianos, com o Tentador Veggie Carne e o Tentador Veggie Frango – hambúrgueres vegetais à base de plantas. No caso da KFC, seguimos as determinações da franqueadora para todo portfólio de produtos que comercializamos.
Você já disse em algumas entrevistas que a rede Bob’s é genuinamente brasileira. Como isso se explica por meio dos produtos e das operações da rede? Para você, o que torna um fast-food brasileiro?
O Bob’s possui 70 anos de mercado e foi a primeira rede de fast-food do Brasil. A primeira loja foi inaugurada no burburinho de Copacabana em 1952 e, posteriormente, a marca se expandiu pelo Brasil. Algumas estratégias como a nacionalização de equipamentos e itens de alimentação, como a batata frita da rede, está ajudando a driblar o câmbio e as dificuldades de importação.
Na pandemia, a China desabasteceu chips que são usados em equipamentos. Buscamos parceiros para nacionalizar alguns deles, que até então eram importados. Um desses equipamentos é uma chapa eletrônica para preparar hambúrguer, com sistema de timer, algo que o Brasil nunca imaginou produzir. O custo foi reduzido em 50% e não fomos expostos à questão cambial.
Além de máquinas, o Bob’s mirou em matéria-prima, como as batatas, que eram importadas da Europa, Estados Unidos e América do Sul. Atualmente, 60% dos insumos são de fornecedores em Minas Gerais. Outra característica muito forte da marca é a preocupação em valorizar os sabores tipicamente brasileiros, como, por exemplo, o cupuaçu. Desenvolvemos para regiões Norte e Nordeste uma linha de sobremesas geladas feitas com a fruta.
O Bob’s será apoiador do Rock in Rio mais uma vez. Quais novidades serão apresentadas na edição de 2022?
Participamos do Rock in Rio desde a primeira edição, em 1985. Neste ano, seremos o principal fornecedor do ramo de alimentação do festival. Em relação à última edição, dobramos nossa participação. Teremos 200 metros de frente de atendimento, um enorme balcão. Além disso, lançaremos produtos exclusivos, ativações diversas para encantar nossos consumidores, e inovações jamais vistas em eventos, seja em forma de pagamento ou recebimento dos produtos.
Como foi a sua trajetória profissional no setor de alimentação? Ao longo dos anos, quais foram as principais mudanças que você observou no mercado de franquias nesse segmento?
Ao longo dos anos identificamos muitas mudanças no segmento, entre elas é válido ressaltar o nível de maturação elevado desde a entrada no mercado de franchising e a qualidade do suporte oferecido pelas franqueadoras para seus franqueados. Oferecemos consultoria desde a seleção do ponto, gestão da loja e rotina diária para que alcancem os melhores resultados. Além disso, participamos ativamente da maior feira do mundo trabalhando para garantir uma expansão acima do PIB brasileiro.
Outro ponto que merece destaque são os avanços de inovação e design do varejo brasileiro, que é um dos mais avançados e reconhecidos do mundo e são desenvolvidos cada vez mais para atrair consumidores por meio de uma experiência phygital (digital e física).
Para empreendedores que pretendem começar no mercado de franquias, quais são os seus conselhos?
O primeiro passo é definir possíveis setores de investimento. Selecione setores por afinidade ou por perspectivas de crescimento. Se você gosta de alimentação, por exemplo, pode investigar quais são oportunidades de negócio no setor. Constantemente faça benchmark, para avaliar as tendências do mercado. Ao optar por um negócio no setor de franchising, avalie se a rede está em sintonia com as tendências de mercado, possui um olhar dedicado à transformação digital e ao ESG – temas fundamentais para o momento que vivemos.
Em dois programas do canal GNT, Sabrina Sato também faz sucesso no mundo dos negócios, à frente da franquia Odonto Special
Sabrina dá guinada em sua trajetória televisiva integrando a bancada do reality “Desapegue Se For Capaz” e “Saia Justa”, e é exemplo de celebridade que sabe faturar emprestando sua imagem a empresas, produtos e serviços
Sabrina Sato está com a corda toda! Depois de se consagrar como a “namoradinha” do Brasil ao participar do “Big Brother Brasil” em 2003, ela já fez um pouco de tudo na TV e fora dela, mas sempre em atrações que não deram conta de explorar todo seu potencial e sua simpatia. Durante anos, ela sofreu como “bimbo’’ do humorístico “Pânico” na RedeTV!, chegou a comandar um programa de auditório com seu nome e alguns reality shows da Record TV, e até atuou na minissérie “Reality Z” da Netflix. Mas agora, aos 41 anos, casada e mãe de uma filha de 3 anos, a paulista de Penápolis volta à TV em grande estilo no canal GNT, em programas mais robustos: o talk show “Saia Justa” e o reality “Desapegue Se For Capaz”.
Neste último, famílias que tiveram suas vidas afetadas pelo acúmulo de objetos e pela bagunça em suas casas enfrentam o desafio do desapego. Sabrina conta com a ajuda da especialista em organização Micaela Góes e da arquiteta Gabriela de Matos para provocar uma transformação na vida dos participantes, por meio da reorganização, da redecoração e da arrumação completa de seus lares, seguindo princípios como consumo consciente e descarte responsável. “O programa nos traz uma reflexão importante de como o desapego pode ser difícil quando existe o lado emocional. Mas também expõe como é válido exercitar a sustentabilidade. Ao longo das gravações percebe-se como a transformação foi benéfica às famílias envolvidas. Desapegar nos ajuda a criar consciência e ressignificar nosso dia a dia”, observa Sabrina.
Já na configuração 2022 do “Saia Justa”, Astrid Fontenelle segue no comando dos trabalhos, mas o sofá recebe um trio de novas debatedoras formado por Sabrina, pela atriz carioca Luana Xavier e pela cantora e atriz baiana Larissa Luz. “Não poderia estar mais feliz em fazer parte desse time no ano em que o programa completa duas décadas no ar e ao lado de mulheres que me inspiram muito. Sempre enxerguei o ‘Saia’ como um programa necessário. Ele foi pioneiro em abordar temas importantes sob a ótica feminina”, festeja Sabrina, que participa não só elaborando comentários bem-humorados, mas também trazendo insights interessantes sobre a maternidade e o mundo dos negócios.
Filha de pai com ascendência libanesa e mãe descendente de japoneses, ela tem em seu DNA o tino para os negócios. “Minha família é minha inspiração. Sou filha e neta de comerciantes. Cresci dentro de uma loja. O empreendedorismo está no meu sangue”, afirma a apresentadora que, logo ao sair do “BBB” abriu com seus irmãos a Sato Rahal, sua primeira empresa, focada no gerenciamento de carreiras artísticas, com clientes como a própria Sabrina, a apresentadora Ticiane Pinheiro e o humorista Ceará.
Chancela de celebridade
Com o passar dos anos, em paralelo à sua carreira na TV, Sabrina lançou diversos produtos licenciados com sua marca, de roupas a relógios, de itens maquiagem a óculos, e, mais recentemente, começou a investir em franquias. Primeiro, entrou como sócia na rede de restaurantes japoneses Peixe ao Cubo, e em 2019 lançou a Odonto Special, sua própria rede de clínicas odontológicas desenvolvida em parceria com seu cunhado, o dentista Felipe Abreu, e o especialista Sidney Kalaes, conhecido como Professor Franquia e dono de uma holding que já trabalhou para Ana Hickmann, Ronaldinho Gaúcho, Murilo Rosa e Rogério Flausino, entre outros famosos. “Sempre me preocupei com a minha saúde bucal porque ela é de extrema importância para o organismo como um todo. Decidimos fundar uma marca que pudesse oferecer tratamentos de qualidade, com atendimento personalizado e, também, em um modelo de negócio rentável”, resume Sabrina.
“A Sabrina é uma empreendedora muito participativa e criativa. Nós, do Grupo Kalaes, cuidamos mais dos processos, o dr. Felipe entra com os inputs técnicos e as irmãs Sato [Sabrina e Karina, sua empresária] se ocupam mais de questões comerciais, de comunicação e de divulgação dos serviços. Esta é a parceria ideal: com cada sócio cuidando daquilo que sabe fazer melhor!”, comemora o Professor Franquia. Segundo ele, franquias que têm celebridades como sócios apresentam taxas de adesão entre 30% e 40% mais caras do que uma similar que não tem famosos em seu time. No entanto, essas marcas já nascem fortes, com muita mídia espontânea e um movimento que compensa o custo inicial mais alto. “Não dá para cobrar mais caro por um serviço só porque ele tem a chancela de uma celebridade, mas é inegável que isso traz muitos clientes ao novo negócio. A presença de uma cara conhecida do público é uma eficiente ferramenta para acelerar o sucesso do empreendimento”, explica Kalaes, que trabalha no setor há 28 anos.
Foi ele também quem formatou a Rede Elétrica Solar, franquia que tem Sabrina e seu marido Duda Nagle como sócios e oferece soluções de energia fotovoltaica com responsabilidade e eficiência, preservando o meio ambiente e agregando valor à comunidade. “O Duda é muito ligado em sustentabilidade e energias renováveis, por isso resolveu investir nesse segmento, junto com a Sabrina”, conta Kalaes.
E a atuação de Sabrina como empreendedora não interfere na de apresentadora de TV – aliás, muito pelo contrário. “Eu acho que o meu perfil de comunicadora está muito conectado ao meu lado empresarial. Quando você está na televisão, você já é uma vendedora”, afirma ela, que está sempre envolvida com incontáveis projetos simultaneamente. “Trabalho feito doida, fazendo mil coisas ao mesmo tempo. Mas eu gosto assim”, completa.
Tão acostumada ela é à rotina multitarefas, que tirou de letra a missão de, em uma mesma noite, desfilar no Sambódromo paulistano como rainha da bateria da Gaviões da Fiel e, minutos depois, encantar a multidão da Marquês de Sapucaí, no Rio, como destaque da Unidos de Vila Isabel. Nem o Multi-Homem ou The Flash seriam capazes de fazer o mesmo! A façanha inspirou a série documental “Carnaval da Sabrina”, também exibida pelo GNT, que traduz toda a correria, a ansiedade e a emoção não só desse dia frenético dos desfiles, mas também a maratona para os preparativos.
E, por mais que sua rotina seja corrida, atribulada e, por vezes, extenuante, Sabrina encara tudo com bom humor e leveza. “Eu sempre administrei tudo e pretendo continuar conciliando as atividades”, sentencia a apresentadora que há anos lida com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas evita tomar remédios para combater esse distúrbio por acreditar que os medicamentos “prejudicam a criatividade”.
Conheça outras franquias que têm celebridades como sócios
Além da Odonto Special, outras várias franquias têm celebridades como investidores ou fundadores. Conheça algumas delas e veja se alguma te atrai e pode ser uma boa oportunidade de negócios para alguém com o seu perfil. Quem sabe daqui a alguns meses você não vai se ver participando de uma reunião para discutir os rumos de sua empresa com sócios como Juliana Paes ou Caio Castro.
ODONTO SPECIAL
Celebridade: Sabrina Sato
Segmento: Consultórios dentários
Investimento: a partir de R$ 112 mil
Faturamento médio: R$ 150 mil/mês
Payback: de 16 a 18 meses
Unidades em operação: 32
ALÉM DO OLHAR
Celebridade: Ana Hickmann
Segmento: Atelier de sobrancelhas e cílios
Investimento: a partir de R$ 70 mil
Faturamento médio: R$ 100 mil/mês
Payback: entre 12 e 24 meses
Unidades em operação: mais de 50
GIOLASER
Celebridade: Giovanna Antonelli
Segmento: Clínicas de depilação a laser
Investimento: a partir de R$ 664 mil
Faturamento médio: R$ 110 mil/mês
Payback: 24 meses
Unidades em operação: 155
ESCOLA GUGA DE TÊNIS
Celebridade: Gustavo Kuerten
Segmento: Academias de tênis e beach tennis
Investimento: a partir de R$ 100 mil
Faturamento médio: R$ 40 mil/mês
Payback: de 14 a 20 meses
Unidades em operação: 31
JAH AÇAÍ
Celebridade: Caio Castro
Segmento: Loja de açaí, sorvetes e
picolés artesanais
Investimento: a partir de R$ 220 mil
Faturamento médio: R$ 60 mil/mês
Payback: 12 a 24 meses
Unidades em operação: mais de 90
ESCOLA BRASIL CANADÁ
Celebridade: Rogério Flausino, da banda Jota Quest
Segmento: Colégios de educação bilíngue
Investimento: a partir de R$ 1.160.500
Payback: 24 meses
Unidades em operação: 6
ESPAÇO JULIANA PAES
Celebridade: Juliana Paes
Segmento: Salões de beleza
Investimento: a partir de R$ 200 mil
Faturamento médio: R$ 120 mil/mês
Payback: 24 meses
Unidades em operação: 2
ESPAÇOLASER
Celebridade: Xuxa
Segmento: Clínicas de depilação a laser
Investimento: a partir de R$ 840 mil
Faturamento médio: R$ 180 mil/mês
Payback: de 28 a 32 meses
Unidades em operação: 742
SPIDER KICK
Celebridade: Anderson Silva
Segmento: Microacademias de treinamento funcional
Investimento: a partir de R$ 360 mil
Faturamento: entre R$ 80 e R$ 120 mil/mês
Pay back: 18 a 36 meses
Unidades em operação: 12
NANICA
Celebridade: Tiago Abravanel
Segmento: Doceria especializada em tortas banoffee
Investimento: entre R$ 250 mil e R$ 350 mil
Faturamento médio: R$ 150 mil/mês
Unidades em operação: 12
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