Revista Online: Edição 147 – SP

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Com o hit “Envolver”, Anitta se torna a primeira artista brasileira a conquistar o topo do Spotify Global

Com o hit “Envolver”, Anitta se torna a primeira artista brasileira a conquistar o topo do Spotify Global

A cantora Anitta alcança o topo da parada Global do Spotify, com mais de 6,3 milhões de reproduções na plataforma

Quando se fala em Anitta, os números são superlativos. A única brasileira na lista dos 15 artistas mais influentes do mundo, segundo a Billboard, ela tem 61 milhões de seguidores no Instagram e 16,1 milhões no Youtube. Só um de seus clipes, “Bang”, tem 418 milhões de views. Em apenas 24 horas, “Paradinha”, sua primeira música gravada em espanhol e focada no mercado latino, teve mais de 6 milhões de visualizações. Já o clipe “Vai Malandra” ultrapassou a marca de 500 mil visualizações no Youtube em apenas 20 minutos, convertendo-se na melhor estreia brasileira da história, com 8 milhões em menos de oito horas. Em 2017, Anitta foi o nome brasileiro mais procurado nos sites de busca. Agora, a cantora carioca alcança o topo da parada Global do Spotify com a música “Envolver”. Com mais de 6,3 milhões de reproduções, essa é a primeira vez que uma artista brasileira alcança o topo da parada de mais ouvidas mundialmente no Spotify.

 

Anitta no clipe "Vai Malandra" - Foto Eduardo Bravin

Anitta no clipe “Vai Malandra” – Foto Eduardo Bravin

 

Anitta também já foi capa da revista 29HORAS em abril de 2018, relembre a entrevista a seguir.

 

Por trás disso tudo, uma jovem carioca de 28 anos, nascida Larissa de Macedo Machado, edifica uma carreira que, na visão de especialistas de marketing, é um case muitíssimo bem-sucedido. “Sempre pensei e planejei muito. Sou focada e só dou um passo quando tenho certeza de que está tudo do jeito que eu quero”, ela diz, em uma conversa também planejada com antecipação. Com uma média de vinte shows por mês e uma carreira internacional em pleno crescimento, Anitta não sabe o que é tempo de folga. “Quando tenho, gosto de ficar em casa com a família, meu maior bem”. Recém-casada com Thiago Magalhães, de 25 anos, ela mora em uma mansão na Barra da Tijuca com o marido e sua mãe, Miriam. “Ele ama tanto a sogra que a convidou para morar junto”, ri a cantora. “Mas nós acabamos ficando a maior parte do tempo fora de casa”.

A carreira internacional, alavancada em 2017, tem feito a cantora ficar ao menos uma semana por mês nos Estados Unidos e em países da América Latina. Mas nada aconteceu por acaso em sua história. A garota que decidiu mudar seu nome aos 16 anos, por causa da minissérie global “Presença de Anita” – ela se inspirou na personagem vivida pela atriz Mel Lisboa – também focou na carreira lá fora como uma experiente estrategista. Esmiuçou a fundo o mercado antes de colocar seus pezinhos nesse terreno. “Cara, eu pesquisei muito a história de outras pessoas que fizeram carreira no exterior, analisei os erros e acertos, e vi o que deveria fazer para dar certo, sem deixar o público brasileiro. É um modelo novo, algo que ainda não foi criado, e tenho encontrado pessoas que estão me ajudando a fazer isso de uma forma incrível”.

Segundo Anitta, o processo não foi fácil. “Foram muitas viagens até que a coisa começasse a funcionar. Parecia um jogo de tabuleiro, sabe, aquele em que você volta para o início do jogo quando algo dá errado?” Se ela pensou em desistir? “Sim, mas a minha vontade era maior, sempre sonhei com uma carreira que envolvesse o Brasil e o exterior”.

Suas gravações em diferentes estilos – do pop ao sertanejo, passando pelo funk e reggaeton – com artistas de vocações diversas se somam às ações conjuntas nas redes sociais e nas parcerias comerciais (hoje são treze marcas).

 

Foto Eduardo Bravin

Foto Eduardo Bravin

 

Apenas em 2016 e 2017 Anitta lançou quinze singles, entre eles clipes com a rapper australiana Iggy Azalea (“Switch”), os cantores colombianos Maluma e J Balvin, o DJ sueco Alesso (“Is That For Me”) e os norte-americanos Major Lazer (o grupo fez “Sua Cara”, com participação de Pablo Vittar), Poo Bear (“Will I See You”), e o produtor Maejor (“Vai Malandra”). Lances meticulosamente estudados, especialmente no que tange à divulgação. Em dezembro último, o lançamento em Nova York do single “Vai Malandra”, com clipe gravado no morro do Vidigal, incluiu uma ação do Spotify, com dois enormes telões na fachada de um edifício na esquina da Sétima Avenida. Em novembro, ela já havia ganho destaque na Times Square, um dos pontos mais movimentados de Nova York, em um outdoor de lançamento do single “Downtown”, com J. Balvin.

 

Anitta e Alesso na gravação do clipe "Is That for Me" | Foto Eduardo Bravin

Anitta e Alesso na gravação do clipe “Is That for Me” | Foto Eduardo Bravin

 

 

Entrevistada em programas de rádio e televisão nos Estados Unidos e em países da América do Sul, a cantora, fluente em inglês e espanhol, conta que às vezes se confunde com os três idiomas. “É uma fase muito feliz, uma experiência incrível com o mercado espanhol e americano. É uma loucura, mas é muito bom”.

Com uma agência internacional para cuidar de suas ações lá fora, mais o time brasileiro – que envolve desde consultores e produtores a personal chef e “life coach” –, Anitta já perdeu a conta do número de pessoas que a assessora. “Há quatro anos abri uma empresa com o Renan, meu irmão, e agora tenho um CEO, que nos ajuda nessa gestão geral”. Entre as marcas que as procuram, ela diz que escolhe “as que têm a ver” com ela. “Algumas propostas grandes surgiram, mas eu recusei. Não vou porque paga mais, vou pelo que eu acredito”. Outro novo nicho de negócio é gerenciar a carreira de artistas. Como empresária musical ela tem como clientes os jovens cantores Micael e Clau. Há ainda um programa de TV pela Multishow, que começa neste mês de abril: “Anitta Entrou no Grupo”, uma espécie de competição musical com convidados.

Dinheiro, segundo ela, só é prioridade no campo profissional. “Aí sou muito planejada e controladora, fico superligada. Presto muita atenção para fazer o melhor para a carreira. Já na vida pessoal não tô nem aí”, solta. “Sou desprendida, não tô nem aí… Quer um carro, eu dou, quer uma casa, eu dou”. Na festa de final de ano da sua empresa, em dezembro, ela fez um churrasco na sua casa e sorteou um carro e uma viagem para os funcionários.

Foto Eduardo Bravin

Foto Eduardo Bravin

 

“Cara, sou muito realista, verdadeira, obstinada”, ela se autodefine. “Quando olho para trás eu tenho uma sensação de dever cumprido, e também fico orgulhosa da minha família. Minha mãe parou de trabalhar para cuidar de mim e do meu irmão. Eu não estaria aqui se ela não tivesse se dedicado tanto”.

Filha da artesã Miriam Macedo e do vendedor Mauro Machado, que se divorciou de Miriam quando Anitta tinha um ano e meio, a cantora nasceu e cresceu numa casa simples de Honório Gurgel, no subúrbio carioca. Desde pequena, queria ser cantora e famosa. Participava do coral da igreja do bairro e, em casa, vivia com microfones improvisados – frascos de shampoo e perfumes – na mão. Aos 16 anos, formada em um curso técnico de administração, foi aprovada como estagiária da Vale do Rio Doce. No mesmo período, descobriu o funk e começou a postar vídeos no Youtube. Um deles despertou a atenção da gravadora independente Furacão 2000. A partir daí, e com o sucesso do hit “Show das Poderosas”, em 2013, Anitta começou a se transformar na marca que é hoje.

Para a cantora, momentos marcantes da sua carreira foram a apresentação na abertura das Olimpíadas, em agosto de 2016, ao lado de Caetano e Gil, e o show com o tenor italiano Andrea Bocelli, em São Paulo, em outubro do mesmo ano. “As pessoas tinham dúvidas e preconceitos em relação a mim, recebi muitas críticas, mas eu me preparei e quebrei mais uma barreira, mostrei do que sou capaz”. Com Bocelli, ela foi vaiada assim que subiu ao palco do Allianz Park. Depois da apresentação, foi aplaudida de pé e, quando deixou o espaço, desabou no choro.

Mas Anitta espremeu bem o seu limão e dali fez uma superlimonada. Desde cedo ela sabe como aprender com as experiências. “Isso acontece com as pessoas de classe baixa, que estudam em escolas públicas do Brasil, onde a televisão é a maior ferramenta: você aprende a escolher coisas boas na tevê, aprende com o que tem à mão. Não existe uma forma certa de adquirir conhecimento”, pondera a cantora, lembrando que assiste muito documentário. “De todos os tipos: de guerra, de história, de animais, das coisas mais variadas. É o que eu mais vejo na tevê”.

O tempo – quase cronometrado – com Anitta está acabando e ela faz uma pausa, pensativa, quando pergunto sobre o que realmente importa na sua vida. “O principal é o amor. Não adianta nada ter o maior sucesso e dinheiro se a gente não amar e ser amado. Imagina se agora vem um terremoto e cai tudo… O que vai sobrar é a nossa família. É lá que você vai encontrar carinho, verdade. É a família que me faz ficar com os pés no chão.”

 

“Vai Malandra” marca volta da cantora ao funk

O batidão de “Vai Malandra” é um retorno às origens. “O funk é a minha porta de entrada e sou muito grata por todas as oportunidades que ele trouxe, não só para mim, mas para muita gente que nasceu nas favelas do Brasil. As pessoas não têm ideia de como o funk ajuda uma parcela que é carente de todo tipo de oportunidade”. Gravado no Morro do Vidigal, o clipe mostra Anitta de biquíni de fita isolante fazendo “quadradinho” e tomando sol na laje. A cantora foi elogiada por mostrar um close de seu bumbum com celulite na primeira cena. Em sua luta contra os padrões de beleza, ela também emprega garotas plus size como dançarinas. “Sou contra a padronização. A mulher real tem celulite. Fico feliz em saber do impacto positivo que a minha celulite teve nas mulheres. Nós devemos nos unir e parar de julgar os corpos e as escolhas umas das outras”.

 

Anitta no clipe "Vai Malandra" - Foto Eduardo Bravin

Anitta no clipe “Vai Malandra” – Foto Eduardo Bravin

Com propósito sustentável, aplicativo Food To Save estimula a venda de alimentos excedentes e próximos à data de vencimento

Com propósito sustentável, aplicativo Food To Save estimula a venda de alimentos excedentes e próximos à data de vencimento

Quando o assunto é comida, nem sempre “sobrar é melhor do que faltar” – sobretudo se o destino reservado a esses excedentes é o lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 30% dos alimentos produzidos no Brasil são desperdiçados. Esse índice, que equivale a aproximadamente 27 milhões de toneladas anuais, posiciona o país entre os dez que mais descartam comida no mundo.

Fundada em 2021, a Food To Save oferece alternativas a esse cenário. Operando por meio de um aplicativo, disponível gratuitamente nas versões Android e iOS, a startup intermedia a venda de alimentos excedentes e próximos à data de vencimento, oferecendo descontos de até 70% para o comprador final. Em sete meses de atuação em São Paulo e nos municípios do ABC paulista, a foodtech já evitou o descarte de aproximadamente 50 toneladas de alimentos e agora amplia suas atividades à região metropolitana de Campinas.

 

Foto Jeferson de Souza e JCOMP | FREEPIK

Foto Jeferson de Souza e JCOMP | FREEPIK

 

“Iniciativas como essa são bastante comuns e bem-sucedidas na Europa. Trazê-las ao Brasil foi um movimento natural”, explica Lucas Infante, CEO e cofundador da marca, que já foi proprietário de um supermercado na Espanha e, por anos, vivenciou o desperdício com um incômodo que converteu em modelo de negócio. “No ciclo de consumo que estamos propondo, todos saem ganhando. Ao mesmo tempo em que permitimos às empresas criar uma fonte de receita, reduzimos os preços e a emissão de gases de efeito estufa.”

Ao todo, são mais de 350 estabelecimentos cadastrados na plataforma, entre restaurantes, padarias, hortifrutis, confeitarias e supermercados. Ao final do dia, eles se comprometem em reunir alguns dos itens que seriam removidos das vitrines em “sacolas-surpresa”, que são anunciadas na app e, uma vez vendidas, podem ser retiradas no local ou entregues no endereço do usuário. “Mesmo não sendo escolhidos pelos clientes, os produtos passam por um rigoroso controle de qualidade. Contamos com uma equipe de nutricionistas que acompanha e avalia as transações de perto.”

 

Murilo Ambrogi, Lucas Infante e Fernando dos Reis - Fundadores da Food To Save | Foto Jeferson de Souza e JCOMP | FREEPIK

Murilo Ambrogi, Lucas Infante e Fernando dos Reis – Fundadores da Food To Save | Foto Jeferson de Souza e JCOMP | FREEPIK

 

No fim, apenas aquilo que está em perfeitas condições de consumo chega à mesa. A longo prazo, a meta do aplicativo – que deve expandir sua abrangência para as principais capitais do país e cidades-satélites nos próximos meses – é ser agente de uma mudança de hábitos. “Queremos que o consumidor não se prenda à estética, por isso os alimentos ali são ‘surpresa’. A ideia é, justamente, romper com essa cultura de enxergar as gôndolas dos supermercados como vitrines de moda, e incentivar um consumo menos pautado na perfeição plástica e mais preocupado com a sustentabilidade.”

 

Saiba mais sobre a Food To Save: https://www.foodtosave.com.br/

Construída na Serra do Mar e com projeto sustentável, a Casa da Pedra é grande destaque para hospedagem na bucólica São Luiz do Paraitinga

Construída na Serra do Mar e com projeto sustentável, a Casa da Pedra é grande destaque para hospedagem na bucólica São Luiz do Paraitinga

A perfeita integração de um ambiente moderno com a natureza se encontra na Casa da Pedra, ou a “Caipira Modernista”, como a opção de hospedagem é conhecida no aplicativo Airbnb. Projetada pelo arquiteto Marcio Kogan, do studio mk27, a propriedade tem 6 hectares e estabelece uma forte relação com o distrito de Catuçaba, onde está localizada, em São Luiz do Paraitinga, a 175 km de São Paulo e a 235 km de Campinas.

 

Fachada - São Luiz do Paraitinga | Foto Divulgação

Fachada – São Luiz do Paraitinga | Foto Divulgação

 

Seus ventos, suas chuvas e o sol, que é abundante durante a maior parte do ano, formam a vista que cerca toda a construção. O projeto já recebeu prêmios de arquitetura, como a menção honrosa na categoria de Projetos Residenciais, no World Arquitecture Festival 2013, em Singapura, e a casa é a primeira sustentável 100% off-grid feita no Brasil – que funciona independente de energia elétrica. A propriedade é movida a energia solar e a água vem da serra.

 

Varanda com vista para natureza - São Luiz do Paraitinga | Foto Divulgação

Varanda com vista para natureza – São Luiz do Paraitinga | Foto Divulgação

 

A ideia dessa hospedagem, que acomoda confortavelmente oito pessoas (crianças e pets são bem-vindos), é fazer um detox digital. Não há TV nem aparelhos de alta tecnologia, e o wi-fi é fornecido apenas mediante pedido. O design de interiores é o grande destaque do local, como a banheira de cobre William Holland e as lareiras presentes em todos os quartos.

 

Banheira de cobre da Casa da Pedra Varanda – São Luiz do Paraitinga | Foto Divulgação

 

Passeios a cavalos, relaxamento no lago da casa e trilhas são opções de lazer na região. O Núcleo Santa Virgínia, do Parque Estadual Serra do Mar, fica a 45 minutos de carro dali e possui diversas cachoeiras para completar a imersão na natureza.

Antiquário Dolores propõe uma viagem de volta à década de 1970 em loja-cenário com itens da época

Antiquário Dolores propõe uma viagem de volta à década de 1970 em loja-cenário com itens da época

Na Dolores Nostalgias, o calendário ainda data de 1972 e os catálogos de novas coleções são divulgados virtualmente em formato de fotonovela. A proposta do lugar – que é um misto de loja de antiguidades e ambiente cenográfico – é fazer o público viajar no tempo. Com decoração totalmente inspirada nos motivos psicodélicos e neon que marcaram os anos 1970, o espaço combina vintage e elegância em uma loja-cenário instagramável no centro de São Paulo.

 

Close Balcão | Foto Divulgação

 

Instalado desde 2021 no quarto andar do Edifício Esther – um dos principais marcos arquitetônicos do modernismo paulistano, conhecido por seus célebres moradores, como o pintor Di Cavalcanti – o showroom simula uma sala de estar da década da discoteca. Entre as paredes repletas de histórias, estão roupas, objetos de decoração, artigos de papelaria, livros e discos que datam dos anos 70 ou remetem à estética da época. Todos os itens expostos estão à venda, e há a possibilidade de locar o espaço para sessões de fotos.

 

Vertical Summer 71 | Foto Divulgação

 

A loja fica aberta aos sábados das 11h às 20h. Para visitá-la durante os outros dias da semana ou locá-la, é necessário realizar agendamento prévio.

Dolores Nostalgias
Rua Basílio da Gama, 29, cj. 408, República
Whatsapp 11 97687-1368 e @dolores.wrld