Safra de Soja tem quebra com estiagem, chuvas e geadas fortes, apontam estudos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Safra de Soja tem quebra com estiagem, chuvas e geadas fortes, apontam estudos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Por conta desses fenômenos, a Safra de Soja tem quebra na produção nacional. Para piorar, China avisa que pretende elevar a sua produção para ser menos dependente das importações do Brasil

O ano de 2021 foi marcado por uma grave estiagem no Mato Grosso do Sul e nos três estados da região Sul, por chuvas torrenciais em regiões agrícolas do Nordeste e por geadas no Sudeste. Por causa desses fenômenos, estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam uma quebra de mais de 20 milhões de toneladas na produção nacional de grãos.

Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra total de grãos do país em 2021/2022 deve ser de 268 milhões de toneladas. Bem menos do que as 291 milhões de toneladas esperadas antes das perdas causadas pela seca e pelas chuvas. Esses eventos climáticos extremos afetaram várias culturas, mas a mais impactada foi a sojicultura.

 

Soja Brasil | Foto Divulgação

 

E as notícias ruins não param por aí: mesmo com a quebra na safra, os preços internacionais da leguminosa não subiram, e a explicação para essa estabilidade é o mais preocupante. É que a China está comprando cada vez menos soja do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos.

Na virada do ano, como noticiaram os principais jornais chineses, como “Diário do Povo”, “Xinhua” e “South China Morning Post”, o presidente Xi Jinping anunciou que, em breve, seu país se tornará autossuficiente em soja. “Nunca deixem que os outros te peguem pela garganta ao comer. Essa é uma regra básica de sobrevivência”, declarou.

A principal área produtora por lá é Heilongjiang, no Nordeste do país. Ali, a produção tradicionalmente supria apenas 10% do consumo chinês, mas no ano que vem já deve responder por 20% do total. Além disso, a vizinha Rússia – cada vez mais parceira – também pretende aumentar sua produção de soja, para exportar os grãos à China. Sojicultores brasileiros precisam acompanhar a política agrícola interna da China e esses acordos geopolíticos com a Rússia.

 

Prosa rápida

Empregos

A agropecuária brasileira gerou 140,9 mil novos postos de trabalho em 2021, o maior saldo de vagas desde 2011, segundo cálculos da CNA com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). As atividades que mais contribuíram para a geração de novos empregos foram o cultivo de soja (22,2 mil), a criação de bovinos para corte (21,6 mil) e a cadeia da cana-de-açúcar (8,9 mil).

Boi, boi, boi

A conferência Pecuária 360º – Summit 2022, que acontece em formato presencial no Hotel Pullman Vila Olímpia (na cidade de São Paulo) entre os dias 15 e 16 de março, terá palestras focadas em visão de negócios, network, marketing para atingir o consumidor, comercialização e criação de gado leiteiro e de corte. As inscrições estão abertas e devem ser feitas em https://pecuaria360.com.br

Agro 2.0

A AgriFutura, que reúne agtechs, foodtech, biotech e fintechs nos dias 12 e 13 de março, no Instituto Biológico de São Paulo, é um fórum de inovação promovido pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Lá, essas startups apresentarão soluções tecnológicas para superar os obstáculos que travam o aumento da produtividade da agricultura, da pecuária e da agroindústria. Para mais informações e inscrições, acesse www.agrifuturaoficial.com.br.

Flutuar Float Center proporciona momentos de relaxamento absoluto em cápsulas com água salinizada que simulam a experiência de nadar no Mar Morto

Flutuar Float Center proporciona momentos de relaxamento absoluto em cápsulas com água salinizada que simulam a experiência de nadar no Mar Morto

Flutuar em um tanque de água salgada, ouvindo absolutamente nada além do som da própria respiração. Essa prática de profunda introspecção é o carro-chefe do spa Flutuar Float Center. Lá, a principal terapia consiste em permanecer imóvel em uma cápsula com aproximadamente mil litros de água aquecida, “temperados” com meia tonelada de sulfato de magnésio – substância salinizadora responsável por aumentar a densidade da água em 30% e proporcionar a quem entra ali alguns momentos relaxantes com sensação de gravidade zero.

 

Bem-estar | Foto Paul Dimitar Riddell

 

Essa técnica, popular nos Estados Unidos, na Europa e em partes da Ásia, reproduz artificialmente a sensação de “deitar” nas águas densas do Mar Morto, e pode ter reflexos positivos no funcionamento do organismo, estimulando a circulação sanguínea e a remissão de processos inflamatórios, e agindo para o alívio de dores no corpo e na cabeça.

No espaço Flutuar, os tanques contam ainda com tecnologia antirruído para bloquear quaisquer estímulos sensoriais que distraiam o visitante da vivência meditativa, e com luzes cromoterapêuticas que podem ser acionadas para ampliar a experiência. O preço das sessões varia de R$ 150 a R$ 320. Agendamentos devem ser feitos pelo site www.flutuar.me ou pelo e-mail reservas@flutuar.me.

 

Flutuar Float Center | Foto Alisson Liva

Primeira modelo brasileira com Síndrome de Down na Milano Fashion Week, Maju de Araújo vai consolidando sua carreira internacional

Primeira modelo brasileira com Síndrome de Down na Milano Fashion Week, Maju de Araújo vai consolidando sua carreira internacional

Maju de Araújo tem plena consciência de seu pioneirismo. “A maioria das pessoas que assiste a um desfile de moda não espera ver alguém como eu ali no meio. Minha imagem causa impacto, e eu gosto disso, de ser diferente”, pontua, orgulhosa – e com muitos motivos para isso. Em 2021, a carioca de apenas 19 anos se tornou a primeira modelo brasileira com Síndrome de Down a cruzar a passarela da Milão Fashion Week – feito que a levou direto para a lista Forbes Under 30 dos jovens mais promissores do país e a transformou em referência de representatividade.

 

Maju de Araújo | Foto Divulgação

 

“Nós somos educados a acreditar que é impossível. Quando não nos vemos representados, nossa primeira reação é nem tentar”, conta a modelo que, por anos, adiou a realização do sonho. Além das batalhas travadas diariamente contra o preconceito, ela teve de lidar com uma cirurgia cardíaca e com uma meningite que a induziu a um coma. “Quando despertei, decidi que era hora de arriscar. Pedi para minha mãe me matricular na Schools Model do Rio de Janeiro em 2019, e em poucos meses já estava desfilando em pequenos eventos.”

Agora, três anos depois, o plano é rodar o mundo. “Neste ano, vou voltar a Milão e estarei nas Semanas de Moda de Paris e de Londres”, adianta. Ela, que hoje integra o quadro de embaixadoras da L’Óreal Paris (maior marca de beleza do mundo) e acaba de lançar sua própria coleção de joias em parceria com a grife AHMI, também marcará presença na São Paulo Fashion Week e na Brasil Eco Fashion.

Desenvolta nas passarelas e nas redes sociais, Maju acumula mais de 500 mil seguidores no Instagram. Entre os fãs conquistados mundo afora, estão, inclusive, celebridades como Tatá Werneck, Preta Gil e Larissa Manoela. “A internet nos dá a oportunidade única de mostrar para o grande público que o que nos limita não é nossa síndrome e, sim, o preconceito.” Dona de um carisma contagiante, ela compartilha seu dia a dia de agendas lotadas em stories divertidos, sem abrir mão de seu ativismo.