Fazenda Capoava de Itu oferece refúgio em chalés de arquitetura colonial, além de deliciosos pratos e vinhos no restaurante local

Fazenda Capoava de Itu oferece refúgio em chalés de arquitetura colonial, além de deliciosos pratos e vinhos no restaurante local

Na zona rural de Itu, a 70 km de Campinas, a Fazenda Capoava tem de um lado a Mata Atlântica que acompanha os lagos que ladeiam todo o local e de outro, as rochas de granitos chamadas Matacões, vestígios de uma longínqua era vulcânica, com mais de 600 milhões de anos. Histórica, a fazenda também foi um dos engenhos de açúcar com grande expressão no século 18 e 19.

São 36 chalés com rede, sala de estar, lareira e wi-fi, cada um com seu charme. Um dos destaques do lugar é o Bar da Cachoeira – um confortável espaço com cardápio próprio, que serve grelhados, saladas, sanduiches e porções. Por ali, os hóspedes têm o privilégio de estar na frente da ilha dos macacos, com uma belíssima mata ao fundo e ouvir os cantos dos pássaros que tomam banho na fonte que fica no terraço.

 

Chalé disponível para hospedagem | FOTO MARCELO ISOLA

 

Além do restaurante principal, que serve culinária caipira e pratos fartos no almoço e no jantar, a Fazenda Capoava inovou ao apresentar uma carta de vinhos composta exclusivamente por rótulos brasileiros. Entre os já consagrados espumantes e bons tintos elaborados como Merlot, há produções artesanais, em quantidades limitadas. As refeições são abertas a visitantes.

Para a diversão em família, um dos maiores atrativos do local é a turma da recreação, formada por biólogos e recreadores que desenvolvem observação da fauna, gincanas, trilha da aventura, jogos no lago e o resgate de brincadeiras tradicionais típicas de fazenda como pega-pega, esconde-esconde, pic-laranja e polícia e ladrão.

O descanso aos adultos fica por conta da massagem no spa da fazenda, que é personalizada de acordo com a necessidade de cada um, podendo auxiliar no reequilíbrio energético, no relaxamento e ainda ajudar a aliviar as tensões do dia a dia ou dores musculares. A Capoava oferece ainda cavalgada, caminhadas, bicicletas, caiaque e stand up paddle para esportes ao ar livre.

 

Casarão da recepção e área comum da Fazenda Capoava | FOTO MARCELO ISOLA

 

Com a elevação dos preços das proteínas, consumo de carne bovina cai em 9% no ano de 2021

Com a elevação dos preços das proteínas, consumo de carne bovina cai em 9% no ano de 2021

Após a disparada dos preços da carne bovina, ingestão per capita de proteínas despenca quase 10% em apenas um ano no país

 

O consumo de carne dos brasileiros caiu 9% em 2021. De uma média anual de 96,4 kg por ano por pessoa, baixou para 87,8 kg por pessoa/ano. A quebra na safra do milho, as exportações elevadas de soja, a energia mais cara e o dólar em alta desenfreada causaram a elevação dos preços das proteínas no mercado interno. Para piorar, o desemprego segue em alta e a inflação disparou, reduzindo o poder de compra dos consumidores.

 

Tradicionalmente na casa dos 35 kg/pessoa/ano, o consumo médio de carne bovina em 2021 foi de apenas 25 kg por brasileiro. A queda foi de 29%. A oferta de gado foi menor, os abates caíram e as exportações, apesar da interrupção das vendas à China por vários meses, se mantiveram aquecidas ao longo de 2021. O resultado foi uma elevação dos preços no varejo.

 

Já o consumo de carnes de aves e de suínos estão em alta, segundo Ricardo Santin, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O consumo médio per capita de carne de frango subiu para 46 kg em 2021, com evolução de 2%. Já o de carne suína foi a 16,8 quilos, com alta de 5% no ano.

 

 

FOTO ISTOCKPHOTO

 

 

A perspectiva para este ano que se inicia é um quadro semelhante. Com o desemprego se mantendo em um nível bem elevado e a inflação com poucas perspectivas de controle, o consumo de carne bovina deve seguir caindo em virtude dos preços altos gerados pela mudança de patamar nos custos de produção. Esses não deverão ter grandes reajustes, mas devem manter o viés de alta.

 

Para piorar, o fim do embargo chinês à carne bovina brasileira e a liberação das vendas para o país asiático podem ocasionar novos picos nos preços aqui no mercado interno, já que exportar será mais vantajoso do que vender aqui para varejistas brasileiros, a preços muito baixos quando dolarizados.

 

 

Prosa rápida

 

Chique no úrtimo

Foi inaugurado no início de dezembro o primeiro shopping do agronegócio do país, o Agro Shopping Uberlândia. Com localização estratégica – próximo de estados de São Paulo, Goiás e Mato Groso do Sul – o empreendimento reúne em um mesmo local lojas de produtos e espaços onde produtores, empresários e compradores podem encontrar oportunidades e soluções para suas lavouras e criações. 60% do shopping já está ocupado e funcionando, com expositores totalmente focados em agronegócio.

Espigas indígenas

98 comunidades indígenas das etnias macuxi, wapichana, taurepeng e sapará estão produzindo milho em larga escala em áreas de cerrado de Roraima, com tratores, colheitadeiras e supervisão de técnicos da Secretaria de Agricultura do estado. A média de produtividade é de 120 sacas por hectare, um resultado surpreendente que despertando o interesse de outras comunidades pelo negócio.

Lavagem de gado

Cinco redes europeias de supermercados anunciaram que não vão mais vender carne bovina do Brasil por causa de recentes denúncias de des truição da Floresta Amazônica. O boicote foi decidido depois de uma investigação das ONGs Repórter Brasil e Mighty Earth, que revelou um esquema conhecido como “lavagem de gado”. Nele, o gado criado em áreas desmatadas é transferido para uma fazenda regularizada e depois vendido para o abate. Dessa forma, sua origem é mascarada.