Símbolo do ecoturismo brasileiro, Bonito ganha voos diretos partindo dos aeroportos de Congonhas e Viracopos

Símbolo do ecoturismo brasileiro, Bonito ganha voos diretos partindo dos aeroportos de Congonhas e Viracopos

O estado do Mato Grosso do Sul tem duas cabeças de gado para cada ser humano que habita seu território. E foi uma das unidades da federação mais afetadas pelos incêndios que, em 2020, destruíram boa parte do Pantanal e do Cerrado. Mas é lá também que fica outro tesouro do patrimônio natural brasileiro: Bonito, cidade eleita 16 vezes como melhor destino de ecoturismo do Brasil.

As águas absurdamente cristalinas de seus rios e as mais de 300 grutas, formadas pela ação da chuva no solo calcário dessa região nos contrafortes da Serra da Bodoquena, são preservadas como santuários da natureza. O total diário de visitantes é controlado. A entrada, a saída e a circulação dos turistas são minuciosamente monitoradas por guias locais, treinados e diretamente interessados na perpetuação dessas maravilhas que atraem anualmente milhares de turistas do mundo todo.

A flutuação por rios como o Olho D’Água, no Recanto Ecológico Rio da Prata, é o ponto alto da viagem. É uma sensação única ser levado pela delicada correnteza em meio a milhares – ou seriam milhões? – de piraputangas, curimbas, cascudos e dourados! E é a água quem determina sua velocidade: é proibido pisar no fundo do rio, bater os pés ou dar braçadas espalhafatosas, pois isso pode alterar o habitat natural dos peixinhos. Somos aconselhados a não usar nem repelente de insetos ou protetor solar para não sujar a água onde habitam essas criaturas.

 

Foto Divulgação

 

Na entrada da Gruta da Lagoa Azul – uma caverna com um poço de água em surreais tons de azul cobalto lá no fundo – os visitantes têm de interromper a descida dos 300 degraus da trilha se uma cobra resolver se aboletar no meio do nosso caminho. Aliás, o caminho não é nosso: é dela!

Na Trilha das Cachoeiras, um percurso com 3 km às margens de um trecho do rio Mimoso que possui nada menos que dez lindas quedas d’água, o tour é feito em grande parte por passarelas suspensas de madeira, para que o nosso fluxo não altere a topografia natural do local. Os turistas são visitantes, quem mora lá são as plantas e os bichos.

Mesmo no passeio de barco e rafting pelo rio Formoso, no Eco Park Porto da Ilha, as áreas para nado são delimitadas. Ainda que o sol esteja castigando, os passageiros dos botes são fortemente alertados para não pular e sair nadando em qualquer lugar – até porque os barrancos às margens desse rio são o habitat de enormes sucuris que, como eu e você, às vezes saem de casa para descolar um almoço.

Nessas fazendas transformadas em hubs de ecoturismo, as atrações são muitas além dessas citadas: algumas tem bóia-cross e pedalinhos, outras têm caiaques e pranchas de stand up.

As opções são bem variadas. O que não varia – felizmente – é que praticamente todas têm restaurantes com deliciosas comidas típicas da região, como a carne de panela, o pintado com urucum e a sopa paraguaia – que não é sopa coisa nenhuma, é uma espécie de bolo salgado feito com milho, cebola, leite e parmesão ralado.

 

 

Mergulho no Recanto Ecológico Rio da Prata; à esquerda, rafting no Eco Park Porto da Ilha | Foto Divulgação

 

Para quem quiser uma gastronomia mais elaborada, a cidade tem algumas boas alternativas: no restaurante Juanita, comece a refeição com uma porção de iscas de jacaré e depois ataque a espetacular banda de pacu na brasa, assada na lenha de angico. Na Casa do João, as melhores sugestões são a moqueca de pintado da Tia Irene, a paella pantaneira (com tiras de carne bovina), a traíra à moda da casa e o pirarucu à portuguesa – uma versão sul-matogrossense do bacalhau lusitano. No boteco Taboa, o caldo de piranha e as iscas de filé mignon são os acompanhamentos perfeitos para uma caipirinha de guavira (frutinha local que parece uma jabuticaba selvagem) ou uma cerveja bem geladinha.

Por falar em frutas, não deixe de dar uma ou várias passadas na sorveteria Sabores do Cerrado, que fica a um quarteirão da pracinha central da cidade. Acomode-se e saboreie os sorvetes de araticum, de bocaiúva, de cagaita, de jaracatiá e da já citada guavira.

 

Nova opção de hospedagem

Bonito é um destino conhecido por suas pousadas, de todos os tamanhos e para todos os bolsos – sempre com uma pegada ecológica e ambientalmente correta. Mas até o final de 2021 não existia por lá nenhum hotel com preços razoáveis, acomodações de qualidade e instalações mais modernas. Essa lacuna acaba de ser preenchida com a inauguração do Promenade All Suites, em novembro, com seus 78 apartamentos equipados com ar-condicionado, minicozinha com frigobar e pia, camas confortáveis e smart TV 4k com acesso às plataformas de streaming.

 

 

Suíte e fachada do hotel Promenade All Suites | Foto Divulgação

 

O estabelecimento, que emula aqueles motéis norte-americanos on road de filmes como “Totalmente Selvagem” e “Thelma & Louise”, tem ainda piscina ao ar livre, café da manhã em sistema de bufê e restaurante com menu à la carte. Tem também uma sala para massagens – você não imagina como é bom se submeter a uma terapia relaxante depois de subir e descer os 300 degraus da Gruta da Lagoa Azul! Alinhado com a incansável luta pela preservação das águas, da flora, da fauna e da paisagem local, o hotel disponibiliza sabonetes e xampus biodegradáveis da linha Florence Blanc.

 

Foto Divulgação

 

Os preços são bastante acessíveis: as diárias variam de R$ 450 a R$ 600. E, por falar em acessibilidade, dez das suítes foram especialmente projetadas e equipadas para atender hóspedes com necessidades especiais. O Promenade é o único hotel a oferecer isso em Bonito. Para reservas e mais informações, acesse https://bonitoallsuites.com.br.

 

Agora mais perto

Bonito fica a mais de 1.000 km da cidade de São Paulo, mas de avião a viagem demora menos de duas horas. Desde junho, a Azul opera cinco voos semanais até Bonito, com seus modernos jatos Embraer E-195E2, às segundas, quartas, sextas, sábados e domingos. Os voos saem de Viracopos às 8h55 e, no retorno, partem de Bonito às 12h25.

Agora em dezembro, a Gol começou a operar voos diretos de Congonhas a Bonito. Ao menos por enquanto, são duas frequências semanais, saindo de São Paulo às quintas e domingos, às 12h40, e retornando de Bonito nesses mesmos dias da semana, às 14h20 na hora local.

 

 

Gruta da Lagoa Azul, em Bonito | Foto Divulgação

Com seis restaurantes e dentro do complexo multiuso Cidade Matarazzo, Rosewood São Paulo proporciona padrão inédito de luxo

Com seis restaurantes e dentro do complexo multiuso Cidade Matarazzo, Rosewood São Paulo proporciona padrão inédito de luxo

Rosewood São Paulo traz para a região da Avenida Paulista um padrão inédito de luxo, atendimento e bem-estar, com seis operações de gastronomia

Aos poucos, o complexo multiuso Cidade Matarazzo, liderado pelo empresário francês Alexandre Allard, vai dando início a suas atividades. Na segunda metade de dezembro, por exemplo, o hotel Rosewood São Paulo recebeu seus primeiros hóspedes. Estrategicamente localizado a uma quadra da Avenida Paulista, o hotel funciona na antiga Maternidade Condessa Filomena Matarazzo, erguida no início do século passado, e em um prédio projetado pelo renomado arquiteto Jean Nouvel e pelo visionário designer Philippe Starck.

No total, são 160 quartos e 100 suítes residenciais. Das 160 acomodações do hotel, por enquanto só estão sendo disponibilizadas as 46 que ficam na antiga sede da Maternidade. A expectativa é que as suítes da moderna torre tropical sejam inauguradas ao longo deste primeiro semestre de 2022. Todos os ambientes são adornados com obras de uma coleção de arte com mais de 450 trabalhos de 57 artistas brasileiros contemporâneos.

 

Interior do bar Rabo de Galo um dos espaços gastronômicos do hotel Rosewood São Paulo, que acaba de ser inaugurado na Bela Vista | Foto Divulgação

 

Quando estiver operando com capacidade total, o hotel terá ainda uma unidade do sofisticado spa Asaya (com terapias e tratamentos alinhados com o exclusivo conceito de wellness integrado dos demais hotéis da rede Rosewood) e seis novos espaços gastronômicos: o Le Jardin (de culinária moderna em meio à exuberante vegetação da propriedade), o restaurante Blaise (de cozinha franco-suíça, como a escritora Blaise Cendrars), o Taraz (de cozinha autoral, assinada pelo estrelado chef Felipe Bronze), o bar Rabo di Galo (com pocket shows e receitas clássicas da coquetelaria brasileira), o Emerald Garden (de culinária familiar) e o Belavista Rooftop, que vai funcionar à beira da piscina, com vista panorâmica da cidade.

A Rosewood é uma empresa com sede nos Estados Unidos com operações em 15 países. Seu portfólio inclui alguns dos mais lendários hotéis e resorts do mundo, como o The Carlyle (de Nova York) e o Hôtel de Crillon (em Paris). Com a abertura do Rosewood São Paulo, a empresa visa oferecer experiências de luxo jamais vistas na capital paulista.

Há praticamente uma década em obras, o complexo Cidade Matarazzo terá, além do hotel Rosewood, um centro cultural com galerias de arte e espaço para apresentações musicais, uma fashion megastore com mais de 70 marcas exclusivas no Brasil, mais de 30 pontos de gastronomia e outras várias atrações. No decorrer de 2022, esses espaços devem ser abertos ao público.