Sucesso nos melhores bares de São Paulo, a bebida caiu no gosto dos brasileiros, mas ainda faltam informações para boas experiências.
O gim originou-se na Holanda e foi aprimorado na Grã-Bretanha. Na última década, o consumo global da bebida ressurgiu. Em todo o mundo, gins produzidos localmente viraram tendência devido ao interesse do consumidor em fabricantes menores de produtos artesanais, de características exclusivas. Porém ainda rondam muitas dúvidas a respeito da bebida, a seguir respondo algumas delas.
Foto: Toni Cuenca | Pexels
Como encontrar um bom gim?
Para identificar um bom gim, sugiro degustar a bebida pura (sipping) ou com 50% de água. Um bom gim em sua forma pura possui sabor suave e prazeroso, sem “queimadura” ao degustar. Quanto maior a pureza do álcool, mais balanceada e agradável será a sensação ao paladar, deve ser sutil.
Primeiro, cheire o “perfume” do gim para detectar os aromas. Em seguida, tome um pequeno gole prestando atenção à pureza do álcool. Quais sabores você sente? Quais são as notas finais?
A harmonização e combinação dos botânicos do gim são feitas como em perfumes e promovem sensação similar – é agradável e intrigante ao mesmo tempo. A escolha das matérias-primas tanto de um gim, quanto de um perfume, garantem suas singularidades. A sofisticação e qualidade da embalagem agregam valor ao produto e podem também indicar a qualidade da bebida.
Foto: Divulgação
Como escolher entre tantas opções?
A composição é importante. O gim é o resultado da destilação ou infusão de álcool com uma variedade de botânicos, embora o zimbro deva ser predominante. O sabor resultante é uma associação da pureza do álcool com o equilíbrio dos sabores botânicos.
Depois do zimbro, os principais estilos de sabor são classificados nos seguintes grupos: cítrico, especiado, herbáceo, floral e frutífero.
A qualidade dos ingredientes e a sua procedência e pureza, aliadas à produção assistida, são essenciais para que se obtenha um bom gim. E, como o vinho, o melhor gim é sempre aquele que o seu paladar mais aprecia.
Foto: Divulgação
Drinques em casa
O coquetel mais comum feito com gim é o Gin&Tonic. Mas as possibilidades são muitas.
Gin&Tonic – Foto: Divulgação
Um bartender experiente pode criar uma variedade de experiências sensoriais muito além do G&T. Eis alguns dos ótimos coquetéis que podem ser preparados em casa:
Novas modalidades nos Jogos Olímpicos, como surf e skate, além das tradicionais judô, canoagem, vela e esgrima são as grandes chances de destaque do país.
Em um ano atípico, fazer projeções de medalhas nos Jogos Olímpicos não é tarefa fácil. Normalmente, as apostas são feitas com base nos resultados dos Campeonatos Mundiais. Mas muitos atletas se dedicaram exclusivamente a treinos e à recuperação de lesões crônicas, por causa das restrições de protocolos sanitários da pandemia.
Tatiana Weston-Webb – Foto: Divulgação
Em diferentes modalidades, a última referência é o desempenho de 2019. A boa notícia é que essa amostragem foi promissora para o Brasil, que conquistou 22 medalhas e seis ouros em Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes. A estreia nos Jogos Olímpicos de novos esportes em que o país é destaque no cenário internacional é outra vantagem, como o surf e o skate.
O Brasil é hoje a maior potência no surf. O bicampeão mundial Gabriel Medina e o atual campeão, Italo Ferreira, despontam como os maiores favoritos ao ouro nos Jogos na categoria masculina. Brasileiro que mais venceu etapas no circuito, Medina, é o líder do ranking da temporada 2021, seguido por Italo. No feminino, Tatiana Weston-Webb também tem boas chances de conquistar medalhas na praia de Tsurigasaki, no Japão, a partir de 25 de julho.
Mayra Aguiar – Foto: Wander Roberto | COB
No skate, os brasileiros estão entre os melhores do mundo nas duas modalidades olímpicas, o park e o street. A começar por Pâmela Rosa, Rayssa Leal e Leticia Bufoni, respectivamente 1ª, 2ª e 4ª colocadas do ranking mundial do street. No último Mundial, disputado em 2019, em São Paulo, Pâmela foi a campeã, e Rayssa, então com apenas 11 anos, terminou em segundo lugar. Já Letícia conquistou o título mundial em 2015 e foi vice em três edições seguidas, de 2016 a 2018.
Boxe, judô, canoagem de velocidade, esgrima e vela são outras modalidades em que o país pode trazer medalhas para casa. E uma novidade para ficar de olho em Tóquio são as provas mistas, disputadas por homens e mulheres, que tiveram um aumento significativo, com a inclusão de competições desse tipo em sete esportes. Até os Jogos do Rio, apenas badminton, vela e tênis tinham provas de duplas mistas – agora judô, natação, tênis de mesa e tiro também foram incluídos nessas categorias.
Beatriz Ferreira – Foto: Rodolfo Vilela | Ministério da Cidadania
Veja a tabela abaixo para acompanhar a transmissão da Olimpíada de Tóquio, com o horário de Brasília, de algumas competições em que o Brasil é destaque.
Apresentamos algumas mulheres que fizeram história na música e que seguem transformando cenários.
Quando falamos sobre Rock, automaticamente pensamos em artistas e bandas masculinas. Mas você sabia que uma das pioneiras do gênero foi uma mulher? Memphis Minnie e sua guitarra pegada no Blues, nascente do rock’n roll, foram gigantes entre os anos 1920 e 1950, deixando seu talento como legado e canções que ganharam covers famosos como “When The Levee Breaks” na versão de Led Zeppelin, que se transformou em um grande clássico da banda. Minnie é apenas um exemplo de tantas mulheres que seguem quebrando barreiras musicais e sociais, mostrando toda a potência feminina e botando pra quebrar.
Memphis Minnie – Foto: Divulgação
Cá entre nós, listas podem conter sempre uma dose de injustiça. Para tantos nomes necessários, o espaço sempre acaba sendo curto demais. Com essa a seguir não será diferente, mas selecionamos paixões femininas, antigas e recentes, desse gênero que se reinventa a cada dia.
Patti Smith – Foto: Divulgação
Patti Smith
Impossível não começar citando a “poeta do punk”. Patti com seu feminismo, inteligência, sensibilidade e composições afiadíssimas, teve um grande papel no movimento punk-rock nova-iorquino nos anos 1970, principalmente após lançar seu primeiro álbum “Horses”. Sucesso também como escritora, ela segue na ativa, influenciando gerações.
Rita Lee – Foto: Guilherme Samora | Divulgação
Rita Lee
Se falamos sobre a poeta do punk, não poderíamos deixar de fora a rainha do rock brasileiro. Rita transcende o gênero: fez carreira no rock mas se jogou em diversos estilos e produziu sucessos atemporais, da psicodelia dos Mutantes passando pela Bossa Nova, pop, MPB e muito mais. Arrojada, ácida e brilhante, Rita é patrimônio nacional e muito róquenrou.
Brittany Howard – Foto: Divulgação
Brittany Howard
Alma e voz da incrível Alabama Shakes, Brittany segue brilhando em sua carreira-solo. Seu álbum de estreia, “Jamie”, foi gravado após uma longa viagem de carro, partindo de Nashville, sua cidade natal. O trabalho é também uma viagem pela vida da artista e seu hibridismo musical. Apesar do timbre potente, o rock de Brittany é um acalento para ouvidos e coração.
HAIM – Foto: Divulgação
HAIM
Com três álbuns lançados, a banda é 100% feminina e formada por três irmãs. O som passeia pelo indie e pop, podendo ser ouvido em uma festa, em uma trilha de um filme ou com o som alto em casa. Rock divertido e versátil!
Miley Cyrus – Foto: Divulgação
Miley Cirus
Por essa nem a gente esperava. Miley já passou por muitas fases na sua carreira que começou quando era apenas uma criança. Nem sempre deu certo, mas a cantora parece ter encontrado o tom certo: cresceu, amadureceu e lançou seu último álbum com muitas pitadas de pop-rock-punk, combinando perfeitamente com sua voz rasgada.
Avisamos ali em cima, né? Essa lista teria tudo para ocupar muitas páginas. Como não é possível, que tal aproveitar e conferir a playlist que preparamos especialmente para esta coluna? Lá você escuta as artistas citadas e muito mais. Dá o play!
A vitrine do número 338 da Avenida Amaral Gurgel, no Centro de São Paulo, poderia ser confundida com a de outras livrarias de rua da região, se não fosse pelo seu interior. Nas estantes, as obras à venda têm uma peculiaridade: apenas a assinatura feminina. Com um acervo inteiramente composto por obras escritas por mulheres, a recém-inaugurada Gato Sem Rabo traz à luz títulos que, por décadas, foram deixados de fora das prateleiras.
O espaço, localizado em frente ao viaduto do Minhocão, foi concebido pela pesquisadora em Artes Visuais Johanna Stein. “Na faculdade, eu quase não encontrava materiais científicos escritos por mulheres. Esses textos existiam, mas eram invisibilizados pela bibliografia ‘padrão’, dominada pela masculinidade”, conta. Foi então que ela decidiu partir em busca dessas autoras. Desde 2019, Johanna desenvolve, com a ajuda de amigas, um trabalho intensivo de coleta de nomes femininos na cena literária brasileira e internacional.
No centro da foto a idealizadora do projeto, Johanna Stein, e livreiras da Gato Sem Rabo – Foto: Beatriz Alves
Dessa curadoria colaborativa, saíram os mais de cinco mil exemplares que hoje preenchem as paredes da livraria. São cerca de 1.700 títulos de 650 escritoras, publicados por quase 200 editoras. A ideia é que o catálogo seja cíclico e se transforme com o tempo, de acordo com “as urgências do presente e a memória do passado”, explica.
No interior da livraria, há prateleiras para poesia, contos, biografia, artes, ciência, filosofia, romances e até seções especiais para literatura infantil e Geração Z. Segundo a pesquisadora, essa setorização tem como propósito pôr fim à noção de que as obras femininas compõem um único nicho literário. “Mulheres escreveram sobre todos os assuntos, e não apenas sobre gênero ou as políticas do corpo. Queremos que a Gato Sem Rabo seja uma prova de que não há limitações para a escrita feminina”, comenta.
Foto: Beatriz Alves
Para nomear o estabelecimento, a inspiração veio de um texto da ensaísta britânica Virginia Woolf. Em “Um Quarto Só Seu”, publicado em 1929, a autora descreve a produção intelectual feminina como algo que causa tanto estranhamento quanto a imagem de um gato sem rabo. “As mulheres sempre carregaram esse estigma, de animal amputado, deslocado, e relegado a ausências e silenciamentos”, comenta. A pesquisadora deseja trazer às vitrines todos esses “gatos sem rabo”, que fogem ao cânone universal da literatura. “Para isso, vamos diversificar cada vez mais nosso estoque, criando um olhar curatorial a partir da perspectiva de corpos femininos, dissidentes, não-binários e não-europeizados.”
A longo prazo, o que Johanna deseja é instigar a classe leitora a uma mudança de hábitos. “Um livro parado na estante é um livro morto. É nossa obrigação fazer esses discursos circularem. Mais do que nunca, precisamos dessas obras vivas e pulsantes, para honrar mulheres que, mesmo tão desacreditadas, tiveram a ousadia e a coragem de fincar suas histórias no mundo”, finaliza.
Em meio às terras altas de Espírito Santo do Pinhal, a Vinícola Guaspari se abre para visitas guiadas e degustações de seus premiados vinhos que expressam o terroir especial dessa região cuja paisagem é composta por olivais, ciprestes e velhas construções.
Em outubro do ano passado, a conceituada revista britânica “Decanter” estampou pela primeira vez em sua história uma vinícola brasileira. Era uma matéria sobre a vinícola Guaspari e, mais especificamente, seus vinhos elaborados com uvas Syrah em uma bonita propriedade nas terras altas do município de Espírito Santo do Pinhal, a apenas 120 km do aeroporto de Viracopos.
Vinhedos Guaspari, em Espírito Santo do Pinhal – Foto: Divulgação
A fazenda, que desde o século XIX produz cafés de alta qualidade, começou em 2001 sua história na produção de vinhos. Hoje, a área ocupada pelos vinhedos (50 hectares) já é maior do que a ocupada pelos cafezais (23 hectares). A vinícola, onde as uvas são processadas e os vinhos descansam e maturam antes do consumo, está instalada na antiga tulha de café. Tudo ali foi feito com capricho e detalhismo. Muitos visitantes se sentem na Toscana – a paisagem tem, além de vinhedos, um olival de onde saem azeites espetaculares, construções antigas em terracota ou pedra e ciprestes que adornam as estradinhas de terra que serpenteiam pela região.
Agora, depois de um ano fechada ao público por causa da pandemia, a vinícola reabre para tours enogastronômicos. Seguindo todos os protocolos de segurança, as visitas devem ser agendadas. Nem pense em aparecer sem ter feito reserva previamente. Além de aprender sobre o cultivo de uvas e todo o processo de produção de vinhos, o visitante ainda tem a oportunidade de degustar os rótulos surpreendentes da Guaspari (pronuncia-se “Guaspári”).
Foto: Divulgação
Há quatro opções de experiências, que custam de R$ 98 a R$ 680. Agora no mês de julho – época da colheita nos vinhedos – é oferecida a experiência “Visita da Vindima – Sabores da Fazenda”, sempre aos sábados e domingos, a partir das 9h30. A visita inclui recepção com café especial da fazenda e bolo caseiro, passeio pelo vinhedo guiado por um profissional da vinícola com direito a “colheita simbólica”, visita à sala de tanques de fermentação e à cave de barricas e garrafas e, por fim, uma degustação dos vinhos com queijos artesanais, uma visita à lojinha e um almoço harmonizado com salada da horta e uma feijoada completa. De sobremesa, doces da fazenda. Por esse pacote completo, cada pessoa deve desembolsar R$ 680.
Além dos premiados vinhos feitos com uvas Syrah, a Guaspari tem ainda brancos elaborados com as perfumadas Chardonnay, com as frescas Sauvignon Blanc e com as complexas Viognier. Entre os tintos, aposte no Vista da Mata, uma intensa assemblage de Cabernets Franc e Sauvignon.
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