Jogos Olímpicos de Tóquio terão inédita cobertura tecnológica

Jogos Olímpicos de Tóquio terão inédita cobertura tecnológica

Profissionais da TV Globo explicam como funcionará a cobertura olímpica em tempos de pandemia.

A contagem regressiva para o maior evento do esporte internacional está terminando. Após doze meses de adiamento devido à pandemia de Covid-19, os Jogos Olímpicos chegam a Tóquio no dia 23 de julho deste ano. Ainda com as restrições dos protocolos sanitários da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa edição promete ineditismo e singularidade. Isso, inclusive, na cobertura jornalística, que ganhará uma nova roupagem, ainda mais tecnológica, moderna e multimídia.

 

Estádio Nacional do Japão - Foto: Arne Müseler | Wikipedia

Estádio Nacional do Japão – Foto: Arne Müseler | Wikipedia

 

“Por causa da pandemia, tivemos que reestruturar o nosso planejamento e construir um novo desenho de cobertura, pensando na segurança da equipe”, explica Renato Ribeiro, diretor de Conteúdo de Esporte da Rede Globo. A emissora será uma das transmissoras oficiais do evento. “Reduzimos nosso time a uma delegação de 50 produtores de conteúdo, metade do que era previsto. Vamos enviar para Tóquio apenas os profissionais imprescindíveis para boas histórias serem contadas”, comenta.

Todo o restante da cobertura será feito a partir do Brasil, em um estúdio olímpico imersivo e equipado por telões realistas com amplitude de 270º. “Enquanto estivermos à noite aqui no Brasil, o estúdio trará imagens da manhã da capital japonesa. O público será transportado para a terra dos Jogos com ajuda da tecnologia”, conta.

 

Renato Ribeiro, diretor de Conteúdo de Esporte da TV Globo - Foto: Divulgação

Renato Ribeiro, diretor de Conteúdo de Esporte da TV Globo – Foto: Divulgação

 

A repórter Bárbara Coelho será uma das poucas profissionais a acompanhar o evento em solo japonês. Ela participará da cobertura por meio de flashes ao longo da programação da TV Globo e canais derivados. “Neste ano, nosso compromisso será, além de cobrir o evento com profissionalismo, trazer um pouco de calor e amor às famílias brasileiras. Mais que um encontro do esporte, essa edição será uma redenção para a humanidade por tudo que estamos vivendo”, comenta Bárbara.

 

Bárbara Coelho, jornalista de esporte da emissora - Foto: Divulgação

Bárbara Coelho, jornalista de esporte da emissora – Foto: Divulgação

 

Outra novidade da cobertura será a difusão em múltiplos canais. “Além das quase 12 horas diárias de transmissões na TV Globo e dos quatro canais do SporTV, os assinantes do pacote GloboPlay + canais ao vivo terão acesso à cobertura completa reunida em um só lugar”, explica Renato. Novos programas também entrarão em cena. Ao lado do técnico Bernardinho, o jornalista Marcelo Barreto comandará uma exibição diária no SporTV, ainda sem título divulgado. “A ideia principal é aproveitar a experiência de Bernardinho e o conhecimento que ele tem não só do vôlei, mas do movimento olímpico de uma forma geral. Já tivemos um programa juntos em Jogos anteriores e pretendemos dar continuidade a esse feito”, afirma Marcelo.

 

Marcelo Barreto, jornalista e apresentador do Sport TV - Foto: Divulgação

Encontro Olímpico MARCELO BARRETO

 

Resiliência

Correspondente da Globo no Japão, o jornalista Carlos Gil acompanhou de perto a preparação para os Jogos Olímpicos e os desafios deste momento atípico. “Chega a ser uma questão de orgulho nacional, provar ao mundo ser capaz de organizar tal evento em tempos tão sombrios. Culturalmente, mais do que mostrar folclore, tecnologia e tradição, o Japão quer ser eficiente”, comenta. Para descrever Tóquio 2021, ele se atém a uma única palavra: resiliência. “A perseverança de um país que passou por bombardeios atômicos, terremotos, tsunami, e sempre se reergueu. A pandemia é mais uma provação a ser superada com disciplina e paciência”, finaliza.

 

Jornalista Carlos Gil - Foto: Divulgação

Jornalista Carlos Gil – Foto: Divulgação

 

Cristalino Lodge é um refúgio escondido na porção sul da Amazônia

Cristalino Lodge é um refúgio escondido na porção sul da Amazônia

Mais conhecido – e reconhecido – fora do Brasil do que por aqui, o exclusivo Cristalino Lodge fica dentro de uma gigantesca reserva florestal particular no norte de Mato Grosso.

Alguns hotéis do país tradicionalmente recebem mais visitantes do exterior do que brasileiros. Esse é o caso, por exemplo, do Cristalino Lodge, eleito um dos 25 melhores ecoresorts do mundo pela National Geographic Traveller e tema de elogiosas reportagens em respeitadas publicações especializadas do segmento de turismo de luxo, como a “Condé Nast Traveller” e a “Travel & Leisure”.

 

Restaurante do hotel - Foto: Divulgação

Restaurante do hotel – Foto: Divulgação

 

Instalado na porção sul da Floresta Amazônica, em meio a uma reserva natural com 11.400 hectares (área 6 vezes maior do que o arquipélago de Fernando de Noronha ou 30% maior do que o território da ilha de Manhattan), o Cristalino Lodge é um destino excepcional para os amantes da natureza. Nesses tempos de pandemia, com a escassez de turistas estrangeiros e com as barreiras impostas aos viajantes brasileiros na Europa e nos Estados Unidos, o hotel pela primeira vez em sua história tem recebido mais hóspedes nacionais do que vindos de outros países.

O empreendimento tem apenas 18 acomodações. Seus bangalôs de madeira certificada são decorados com muito bom gosto e foram concebidos pela arquiteta Adriana Da Riva seguindo os princípios do turismo de baixo impacto ambiental, em total harmonia com a floresta. Todas as construções possuem ventilação natural e são abastecidas com energia solar, limpa e sustentável.

 

Deck Flutuante - Foto: Divulgação

Deck Flutuante – Foto: Divulgação

 

Durante o dia, o deck flutuante sobre o majestoso rio é um dos lugares mais disputados. À noite, a fogueira central é o ponto de encontro, onde os hóspedes se acomodam para admirar o céu ricamente estrelado. Para quem tem disposição para madrugar, vale muito a pena acordar bem cedo e subir na torre de observação com 50 metros de altura para acompanhar o nascer do sol por cima das copas das árvores e da bruma que invade a floresta nos momentos que antecedem a alvorada.
A incrível biodiversidade da região – que inclui mais de 586 espécies catalogadas de aves e 1.576 de borboletas e mariposas, sem falar nas centenas de mamíferos, répteis e anfíbios – pode ser conferida de perto por meio de caminhadas monitoradas em trilhas e passeios de canoa pelo rio.

No alto da torre de observação, birdwatchers se esbaldam captando imagens de araras, tucanos, saíras e cotingas, além de macacos de várias espécies. Para chegar ao Cristalino Lodge, é preciso pegar um voo até Alta Floresta e, dessa cidade na divisa dos estados de Mato Grosso e Amazonas, embarcar em um transfer pelos rios Teles Pires e Cristalino. O hotel só é acessível por barco. As diárias começam na casa dos R$ 3.300 para casal, incluindo cafés da manhã, almoços e jantares elaborados com frutas e legumes orgânicos, peixes frescos e ingredientes típicos da Amazônia.

 

Torre de observação de pássaros e diversas espécies da região amazônica - Foto: Divulgação

Torre de observação de pássaros e diversas espécies da região amazônica – Foto: Divulgação

A retomada segura do turismo mundo afora

A retomada segura do turismo mundo afora

Vacinação em massa e protocolos sanitários nos aviões e nos aeroportos reativam o turismo mundo afora.

Os anúncios da retirada de restrições para circulação de turistas começaram a acontecer em diversos países ao redor do mundo. Muitas nações usam como critério a vacinação do turista, conhecido como “passaporte de vacinação”, para liberar a entrada em suas fronteiras. Em países com a imunização acelerada, como Estados Unidos e membros da União Europeia, viagens internacionais começam a ser planejadas. No Brasil, a expectativa é de que o turismo doméstico tenha forte retomada no segundo semestre de 2021, e o impulso é tão intenso que o setor poderá ter uma volta tão rápida quanto foi a súbita queda – de R$ 55,6 bilhões com a pandemia.

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) identificou os objetivos dos brasileiros para a pós-pandemia. O principal desejo das pessoas é viajar, à frente de comprar uma casa ou um carro novo. Para que o sonho se realize, a imunização em massa é a aposta, como a experiência norte-americana já mostra. O Hopper, aplicativo utilizado para reservar viagens, observou um crescimento de quase 75% nas buscas por voos para agosto desde o fim de fevereiro nos EUA – país que deve vacinar todos os adultos ainda no primeiro semestre. As reservas de passagens por meio de plataformas digitais da American Airlines quintuplicaram no início de 2021, em comparação a 2020.

Antes mesmo da chegada de vacinas, as companhias aéreas brasileiras colocaram em prática diversos protocolos sanitários para conter a disseminação do vírus nos aviões. Todas as aeronaves são equipadas com filtros hepa, que são capazes de trocar o ar que circula dentro do avião a cada 3 minutos, eliminando 99,97% de todas as microbactérias. Esses filtros são validados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o que faz das aeronaves veículos mais seguros do que qualquer outro, como ônibus, barco e trem.

A Anvisa ainda aprovou novas medidas a serem adotadas nos aeroportos, dando maior atenção ao uso de máscaras pelos passageiros. Proteção facial do tipo N95 ou PFF2 sem válvula seguem recomendadas, assim como máscaras de pano com mais de uma camada de tecido. Os modelos que não garantem essa proteção são barrados. Essas medidas colocam a tão esperada retomada do turismo no horizonte, uma vez que o setor responde por 8% do PIB nacional e gera renda para mais de 10 milhões de brasileiros.

 

Foto: Getty Images

Foto: Getty Images

Inverno: veja um roteiro com pratos perfeitos para saborear nos dias de baixa temperatura

Inverno: veja um roteiro com pratos perfeitos para saborear nos dias de baixa temperatura

O inverno chega e com ele aparecem todos os desejos que só o frio provoca. É simples assim, dá uma vontade de aconchego, de moletom, de cobertor, de sofá com televisão e de refeições com todos sentados em volta da mesa, compartilhando uma mesma comida quentinha. É parecido com a tradicional pizza de domingo, em que é proibido pensar em comer algo diferente.

Na coluna deste mês, sugiro os pratos que me dão vontade de comer nessa época do ano, seja em casa ou no restaurante, já que devagarinho – e desde que tomando cuidado – podemos voltar a comer fora.
Cada um elege seu “restô” preferido para cada prato. Os primeiros sabores que vem à mente são os italianos, como o minestrone, a lasanha, os raviólis e os canelones de molhos fartos. Gosto dos restaurantes Mondo, do Supra di Mauro Maia e do Lellis, onde a perna de cabrito com batatas e brócolis é uma bela opção.

Entre as comidas brasileiras, o frio pede moqueca, feijoada ou estrogonofe. Minha preferência para a feijoada é a versão light do Dinho’s (sem pé, orelha e partes mais gordas), que além de muito saborosa vem bem servida e apresentada no delivery. Também gosto muito da feijoada de frutos do mar (com feijão branco) do Rufino’s, que chega fumegante e cheia de aromas em casa.

 

Moqueca do Balaio - Foto divulgação

Moqueca do Balaio – Foto divulgação

A moqueca tem vários bons endereços, como Tre Bicchieri e Capim Santo, mas a vegana (com caju, banana da terra e palmito), do Balaio, dentro do Instituto Moreira Salles, é incrível e serve três pessoas.
Quando o assunto é estrogonofe sou taxativo. Se for no local, o melhor é no Tatini. Feito no réchaud ao lado da mesa, você escolhe se quer mais ou menos desse ou daquele ingrediente… e ainda serve duas pessoas. Se for para pedir em casa, o estrogonofe certo é o da Camelo, isso mesmo, da pizzaria. Acredite, é muito bem servido.

 

Estrogonofe da pizzaria Camelo - Foto divulgação

Estrogonofe da pizzaria Camelo – Foto divulgação

 

Finalmente, para os loucos por comida japonesa, o inverno pede um belo e farto sukiyaki, daqueles que perfuma todo o ambiente. E, nesse caso, a conta fica bem mais barata do que se todos fossem de sushis e sashimis, como é de costume no resto do ano.

Aproveite o aconchego do frio!

As melhores harmonizações de vinho para o inverno

As melhores harmonizações de vinho para o inverno

Muito além do vinho tinto, a estação mais fria do ano também combina com espumantes e vinhos brancos.

Existem algumas verdades no mundo do vinho no Brasil, como o inverno ser associado ao vinho tinto e o vinho branco ser indicado mais vezes durante o verão. Embora tenha que me curvar diante da realidade do mercado, como apreciador e estudioso do vinho, devo dizer que não concordo totalmente com esses comportamentos.

 

Foto: Getty Images

Fondue de Queijos – Foto: Getty Images

 

Há diversos vinhos tintos para o verão, que oferecem frescor, é o caso dos Beaujolais, dos Pinot Noir novos, dos Garnacha, os Novello e os Grignolinos. Vender mais vinho no inverno é totalmente cultural e vem da percepção da maioria dos consumidores de que o vinho esquenta. Ora, duas latinhas de cerveja dão ao corpo a mesma quantidade de álcool que o vinho tinto, e o vinho branco também tem álcool – e é esse o componente que eleva a temperatura corporal. Sugiro, então, situações diferentes para você experimentar diversos vinhos na estação mais fria do ano, que tal?

Espumantes e vinhos brancos harmonizam muito bem com ostras gratinadas. Minhas sugestões para essas combinações são: Espumante LH Zanini (Mistral) e Chardonnay Venturini (site do produtor), ambos brasileiros e de excelente qualidade. Entre os importados, indico o Champagne Pol Roger ou o Chardonnay Bourgogne Blanc Joseph Drouhin (Mistral).

Diferente do imaginário popular, as fondues são ideais com vinhos brancos, como o tradicional Fendant da uva Chasselas, e um Riesling – indico o Pfaffmann Riesling Trocken (Weinkeller), o Dr. Loosen (Wine), ou ainda o brasileiro Miolo Single Vineyard Johannisberg.

As tábuas de queijos pedem vinhos brancos em 80% dos casos. Com um espumante e um Riesling ou Chardonnay, você resolve a maioria dos queijos na harmonização correta. Os tintos entram apenas para os queijos parmesão, os muito fortes, ou os azuis que pedem um tinto evoluído ou um Amarone –, os queijos azuis e os Auslese alemães de colheita tardia também são excelentes combinações.

Um bom e aconchegante risoto de funghi vai perfeitamente com um Pinot Noir. Para isso, três indicações: o Aurora Varietal Pinot Noir (Pão de Acúcar), o Talise Pinot Noir (Vinci Vinhos) e o Irancy do Domaine Clotilde Davenne, biodinâmico da Bourgogne (De La Croix).

Para uma bela carne de panela com seu molhinho apurado e batatas cozidas com sal grosso e alecrim, sugiro o Millésime Cabernet Sauvignon da Aurora (Pão de Açúcar), ou o Les P’tits Gars Rouge do Domaine Oratoire Saint Martin (De La Croix), vinho do Rhone de Grenache e Syrah.

Por último, a boa e velha canja de galinha, ou um Capelleti in bordo que, como aprendi em casa, vai muito bem com meia taça de vinho tinto no prato… esquenta na hora e você nunca mais vai querer uma canja sem vinho! Saúde!

 

LH Zanini, Miolo Single Vineyard Riesling Johannisberg, Talise Pinot Noir, Aurora Millésime Cabernet Sauvignon e Les P'tits Gars Rouge - Fotos: Divulgação

LH Zanini, Miolo Single Vineyard Riesling Johannisberg, Talise Pinot Noir, Aurora Millésime Cabernet Sauvignon e Les P’tits Gars Rouge – Fotos: Divulgação