Casas tradicionais de música se reinventam na pandemia e apostam na gastronomia

Casas tradicionais de música se reinventam na pandemia e apostam na gastronomia

Para uma cidade com milhões de habitantes e, com certeza, milhares de apaixonados por jazz, São Paulo possui poucas casas tradicionais de música. Duas das mais tradicionais, a Jazz Nos Fundos e a Jazz B, passaram por uma intensa adaptação na pandemia. Com a impossibilidade de promover os conhecidos shows em clima intimista, a curadoria agora aposta na gastronomia e em uma experiência agradável ao ar livre para manter o jazz vivo.

 

Terraço da casa Jazz Nos Fundos, em Pinheiros – Foto divulgação

 

“A música com certeza sobreviveu a esses momentos difíceis de quarentena, mas muitos músicos não receberam nada para fazer lives e nos entreter”, conta Maximo Levy, fundador das casas Jazz Nos Fundos e Jazz B. Para valorizar quem faz música, a curadoria começou a programação de lives depois daquela intensa agenda de apresentações em canais de artistas – que vimos entre maio e julho do ano passado –, e apenas promoveu shows com bandas reduzidas recentemente. Em dezembro, a Jazz Nos Fundos transmitiu o show de Gustavo Infante, que apresentou seu álbum de estreia, e do violonista francês Nicolas Krassik. “Antes da pandemia, já fazíamos lives para o público de fora de São Paulo, é algo que adaptamos bem”.

Paella do Chef Ricardo Sanmiguel – Foto divulgação

 

Ficou claro nessa pandemia que a comida não para. De olho nisso, a Jazz B, na República, agora oferece um menu especializado em defumados feitos com lenha de árvore frutífera. São hambúrgueres, pastramis, berinjelas e tapas servidos na calçada, além de chops e bons drinks. Já na Jazz Nos Fundos, uma deliciosa paella espanhola, assinada pelo chef Ricardo Sanmiguel, é servida no arejado terraço da casa em Pinheiros, aos sábados.

Manter esses espaços vivos em meio à pandemia é possibilitar que, em breve, músicos brasileiros e estrangeiros tenham espaço para desenvolver suas paixões e nos entreter. “É garantir a oportunidade de uma geração de músicos, dos mais famosos aos mais desconhecidos”, conclui Maximo.

 

Piano da Jazz B – Foto divulgação

 

 

No céu, duas opções de passeio para quem visita Boituva

No céu, duas opções de passeio para quem visita Boituva

Uma experiência mais tranquila e outra para quem gosta de adrenalina. Boituva tem alternativas tanto para aqueles que desejam um dia mais contemplativo – como ver o nascer do sol abordo de um balão -, como para o povo que curte emoções mais radicais – como os saltos de paraquedas.

 

Flutuando nos ares

Assim que o sol nasce, os maçaricos são ligados e os balões, inflados. É dessa forma que começam os sábados, domingos e feriados em Boituva, com os passeios de balão da Escola Brasileira de Balonismo (EBB). Por uma hora, os passageiros avistam – a mais de 500 metros de altitude – fazendas, o rio Sorocaba e as reservas da Mata Atlântica. Os cestos têm tamanhos diversos, para até 16 pessoas. Para quem prefere privacidade e exclusividade, há a opção de voo para apenas duas pessoas. Ao final do passeio, o receptivo leva os viajantes à sede da EBB para um brinde com espumante e um café da manhã completo. A Escola possui ainda a Pousada Boituva, que é uma boa dica para um pernoite, já que o passeio começa bem cedo. Os agendamentos são feitos pelo número (11) 95432-8854.

 

Passeios de balão da Escola Brasileira de Balonismo (EBB) – Foto divulgação

 

Sem pensar duas vezes

São 20 minutos de voo para alcançar 4 mil metros de altitude. Já a descida tem velocidade de 220 quilômetros por hora. Faça as contas e após 50 segundos de queda livre e cinco minutos planando, você pousará em terra firme. Saltar de paraquedas pode ser do modo tradicional ou com muita adrenalina. Na SkyRadical – a escola de paraquedismo com o maior número de atletas em atividade e de instrutores credenciados do Brasil – são vendidos dois tipos de salto, o duplo convencional e o challenge.

 

Salto de paraquedas da SkyRadical, em Boituva – Foto divulgação

 

Com 10 minutos de preparação, na modalidade duplo convencional, você salta com um instrutor que controla todas as manobras do voo, além de registrar o momento. Mas, se quiser ainda mais emoção, é possível passar por um treinamento de uma hora que te prepara para abrir o paraquedas, realizar manobras em queda livre e comandar o voo, tudo ainda com a segurança de um instrutor junto.

Para quem ainda não está com a coragem de saltar de um avião, há a opção de voar como observador, apreciando o céu de Boituva da janelinha, ou então ter a experiência por meio do túnel de vento, em um simulador de queda livre que permite todas as sensações de voar, mas a apenas alguns metros do solo.

 

Túnel de vento da SkyRadical, em Boituva – Foto divulgação