Finalista do BBB20, Rafaella Kalimann se prepara para estrear como atriz e dá uma dica para se dar bem no reality-show

Finalista do BBB20, Rafaella Kalimann se prepara para estrear como atriz e dá uma dica para se dar bem no reality-show

Nascida em 1993 na pequena Campina Verde, no Triângulo Mineiro, Rafaella Freitas Ferreira de Castro cresceu, se transformou em Rafaella Kalimann, ganhou o mundo e hoje tem quase 20 milhões de seguidores no Instagram. Segunda colocada na edição 2020 do “Big Brother Brasil”, ela ficou nacionalmente conhecida como fada sensata e como ferrenha defensora dos direitos da mulher durante o período em que esteve confinada na Casa do reality-show. 

 

FOTO GUILHERME LIMA

 

Senhora de seu destino e dona de seu corpo, Rafaella é uma referência para garotas do país todo com seu visual turbinado por silicone, botox, apliques capilares e tatuagens. Em seu ombro esquerdo, tem gravada na pele a frase: “Espalhe a luz”. É isso o que ela faz: ilumina o cotidiano de suas seguidoras com fotos e mensagens inspiradoras. 

A influencer mora em Goiânia, mas tem também um apartamento em São Paulo e, em breve, deve ganhar um endereço no Rio de Janeiro – em maio, ela foi contratada pela Globo para atuar no remake da novela “Pantanal” e protagonizar uma produção na plataforma de streaming Globoplay.
 

Em conversa com a reportagem da 29HORASRafa fala de sua trajetória, da preparação para sua estreia como atriz na TV e ainda aproveita para dar algumas dicas a quem quiser ter uma boa performance em um reality-show.

 

Rafaella Kalimann desfilando quando adolescente – FOTO ARQUIVO PESSOAL

 

Desde pequena você queria ser modelo, estar sob os holofotes? Quais as primeiras manifestações desse desejo que você deu em casa ou na escola? Sempre se achou bonita? Que parte do seu corpo não gostava?
Isso nasceu comigo, não é algo que a certa altura despertou em mim. Desde os 6 anos de idade, já colocava os meus pais sentados no sofá e desfilava para eles, como se eles fossem uma plateia que estava ali para me ver. Na adolescência, achava que as minhas pernas eram muito grossas e que não estavam dentro do “padrão”. Depois cresci, desisti de me encaixar nesses padrões e passei a aceitar o meu biotipo. Não queria mais ser como fulana ou sicrana. Decidi ser a Rafa.

 

Você veio para São Paulo bem jovem, para modelar. Que memórias você tem desse tempo? 
Vim para São Paulo com 14 anos, após ser selecionada em um concurso que recrutava jovens modelos para bookers e agências do Brasil e do exterior. Foi uma fase muito difícil, com pouco trabalho, baixa remuneração e uma vida cheia de privações. Sou de uma família humilde, e o dinheirinho que o meu pai conseguia mandar para eu me sustentar não era suficiente nem para as coisas mais básicas. Deixei de participar de castings porque não tinha a grana da condução. Um dia, quando percebi que o meu sonho não estava evoluindo e que eu estava apenas lutando para sobreviver, resolvi dar um passo para trás e voltar para a casa dos meus pais.

 

FOTO GUILHERME LIMA

 

De volta a Minas, passou a dedicar seu tempo para se tornar uma influencer. Quem eram as suas ídolas naquele momento? Sua conterrânea Thássia Naves foi uma inspiração para essa guinada?
Assim que voltei, entrei na faculdade de Psicologia. Mas eu ainda adorava desfilar, então comecei a postar meus looks no Instagram. Meu melhor amigo fazia as fotos e eu modelava. A Thássia foi, sem dúvida, uma grande inspiração. Ela e outras poderosas blogueiras, como a Camila Coelho. Notei que havia um potencial nessa comunicação pelas redes sociais. Me aprofundei, estudei e tentei achar um nicho para mim. Me encontrei quando comecei a trabalhar no segmento de moda no atacado. Aí meu perfil no Instagram decolou tanto na quantidade de seguidores como no número de marcas interessadas em se ao meu nome.

 

Em 2013 você começou a atuar como embaixadora da ONG Missão África. Como você se envolveu com esse bonito trabalho?
Quando retornei à casa dos meus pais, não estava feliz. Mas estabeleci uma conexão muito forte com a fé, com o divino, com a palavra de Deus. E aí surgiu no meu coração um desejo de missionar. Um dia, uma conhecida postou que estava indo para a África fazer um trabalho humanitário. Entrei em contato com ela e fui muito bem recebida na ONG da qual ela fazia parte, a Missão África. Promovi um bazar para juntar os recursos necessários para financiar a minha viagem e, poucos dias depois, embarquei para Moçambique, para ajudar as populações carentes de lá.
Chegamos a uma comunidade devastada por um ciclone. As pessoas estavam famintas e saquearam o nosso caminhão, que estava levando comida, remédios e água potável para eles. Todos estavam desesperados e não aguentaram esperar. Vi que precisava fazer mais por aquela gente, e armei uma vaquinha no meu Instagram, na expectativa de levantar R$ 400 mil em quatro meses. Nos primeiros três dias, angariamos mais de R$ 700 mil! Mais uma vez, ficou claro para mim que as redes sociais não são apenas um espaço para vaidades e negócios, é também uma poderosa ferramenta de mudança social. Ela ajuda a promover o bem, quando as intenções são boas e o trabalho é sério.

 

Foto Arquivo Pessoal

 

Aí, no final de 2019, quando você já tinha 2,9 milhões de seguidores, surgiu o convite para participar do “Big Brother Brasil 2020”. O que a fez aceitar? Ficou com medo de sujar a sua imagem?
Quando recebi o convite, minha primeira reação foi sentir muito medo. Sempre amei o “Big Brother Brasil”, mas a exposição que ele provoca é algo assustador. Por um bom tempo, fiquei pesando os prós e os contras. Decidi aceitar porque aquele era um sonho que eu acalentava desde a minha infância. Não seria correto correr da raia. Eu queria muito vivenciar aquela experiência! E não me arrependo de nada. O programa é muito bem-feito, a produção é muito cuidadosa. É isso que faz a gente se soltar, se entregar. Eu aceitaria passar por tudo aquilo de novo, quantas vezes me chamassem.

 

A certa altura, você passou a liderar a ala das “Fadas Sensatas” lá na casa do “BBB20”. Quando foi que você teve o clique para assumir esse papel? O que te impeliu a confrontar aqueles machinhos tóxicos?
O clique veio de longe, lá de quando eu cheguei a São Paulo ainda menina e tive de enfrentar um universo machista e opressor. Desde essa época eu passei a exigir respeito. Naquela situação específica, a treta dos meninos nem foi diretamente comigo, mas todas nós demos as mãos e fomos para cima. Mexeu com uma, mexeu com todas! Não dá para admitir aquele tipo de comportamento. Ensinamos para eles o significado das palavras empatia e sororidade.

 

Rafa Kalimann e Thelma Assis, a campeã do “BBB20” – FOTO DIVULGAÇÃO

 

Quando a pandemia chegou ao Brasil, você estava confinada na casa do “BBB20”. Que pensamentos vieram à sua mente quando soube do que estava acontecendo aqui fora?
Percebemos que estávamos literalmente em uma bolha, isolados mesmo de todo o resto do planeta. A produção foi muito cuidadosa, nos sentimos muito protegidos, mas não tínhamos noção da gravidade da situação. Fiquei muito preocupada com meus pais, com meus avós e com as pessoas que ajudamos lá na África. Mas eu só entendi mesmo a real dimensão do problema quando saí da casa. Até aquele dia, a Covid havia matado menos de 5 mil pessoas no país. Hoje, já são quase 200 mil vidas perdidas!

 

O que você aprendeu no “BBB”? Vivemos em um mundo absolutamente polarizado e dividido. A convivência lá dentro era pior do que aqui fora? Vocês descobriram da pior maneira a importância da tolerância?
É transformador. Aprendi a importância da tolerância desde que vivi em repúblicas de modelos, com tanta gente diferente em um mesmo lugar. Lá dentro da casa do “BBB20” eu cresci muito. Me conheci melhor, senti o quanto é necessário ter fé, descobri o quanto eu gosto da minha família, adquiri muita inteligência emocional e aprendi a lidar melhor com a pesada pressão psicológica. Me diverti, vivi intensamente cada momento e tirei lições positivas até das situações mais desagradáveis. A polarização do mundo atual estava lá dentro também. E a convivência lá na casa é complicada porque ninguém está ali a passeio. Existe uma competição, existem os egos, existem as provocações, as estratégias, os segredos…

 

Quais dicas você pode dar para quem quiser ganhar o “BBB”? Se posicionar é importante? Sempre?
Minha dica é óbvia, mas é absolutamente verdadeira: seja quem você é. Não dá para enganar o público quando sua vida é acompanhada por dezenas de câmeras 24 horas por dia. Lá dentro até dá para você eventualmente iludir algum dos brothers, mas quem está assistindo aqui de fora fica sabendo de tudo. Se você encarna um personagem, fala uma coisa e faz outra, as câmeras te desmascaram e você logo é tachado de falso. E é importante também ser leal. Quem joga sujo logo sempre é julgado e condenado pelo público. Ah, e por último, eu acho que é primordial se posicionar. O público fica desconfiado se você se omite e fica em cima do muro. Quando vai votar, o telespectador quer saber de que lado você está.

 

A Manu Gavassi se tornou a sua inseparável parceira lá no “BBB20”. Aqui fora, vocês mantêm a amizade pelo que podemos ver nas redes sociais. Como você define o “match” que deu entre vocês duas?
A Manu foi o maior presente que o BBB20 me deu. Ela é uma mulher única, especial, inteligente, uma artista completa! Sem ela eu não teria suportado muita coisa que aconteceu lá dentro da Casa. A gente se apoiava muito. Encontrei nela alguém que me ouvia, me respeitava, me dava muito carinho. E sinto que essa admiração é recíproca. Aqui fora essa amizade continua, cada vez mais forte – sempre que podemos, estamos juntas.

 

Rafa Kalimann e Manu Gavassi – FOTOS DIVULGAÇÃO

 

Agora contratada da Globo, quais serão os seus próximos trabalhos na emissora? Como vem sendo a sua preparação para essa nova carreira?
A preparação é puxada e a evolução, contínua. Todo dia tenho sessões de fonoaudiologia e aulas de interpretação. Respeito muito o ofício do artista, que toca fundo o coração das pessoas. Esse é um trabalho que demanda muito cuidado e profissionalismo. A pandemia paralisou meus projetos, eles ainda estão muito embrionários, tanto na TV Globo como na GloboPlay. Por causa disso, ainda não tenho muita coisa para adiantar.

 

E 2021 vai ter casamento também? Você e o músico Daniel Caon já haviam ficado há alguns anos, não é? Como é esse novo namoro, com os dois mais maduros?
Estamos vivendo um momento gostoso, leve, sem rótulos. Nos reencontramos da maneira mais improvável: eu na casa do “BBB20” e ele na Casa de Vidro, disputando uma vaga no programa. Resolvemos dar uma segunda chance à paixão que vivemos no passado. Ele tem um jeito cativante de me colocar para cima, de fazer com que eu me sinta segura, amada e feliz. Não temos planos de casamento no horizonte. Queremos curtir esse amor sem pressa. Um passo de cada vez! 

 

Rafa Kalimann e Daniel Caon – FOTOS DIVULGAÇÃO

 

 


 

O campeão mundial de surf Italo Ferreira se prepara para a estreia da categoria nos Jogos Olímpicos

O campeão mundial de surf Italo Ferreira se prepara para a estreia da categoria nos Jogos Olímpicos

Mesmo com tantas adversidades azucrinando 2020, o potiguar Italo Ferreira não ficou a reclamar da vida. Sabiamente, o atual campeão mundial do esporte das pranchas tratou apenas de exercitar Grande Mandamento dos surfistas – ou seja, fugir de ondas ruinsPara isso, montou em casa uma academia não parou de surfar em praias desertas de Baía Formosa, balneário com nove mil habitantes a 90 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte, onde nasceuAinda bem que deu certo, porque 2021 vai exigir muita saúde deletanto nos campeonatos de praxe como nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão 

FOTO SERGIO BOCHART

 

Venha o que vier por aíItalo Ferreira não parece muito tenso. Aos 26 anos, mostra gás de sobra para encarar qualquer desafioLigado em 220 volts e, sobretudo, sempre bem-humorado, o campeão esbanja carisma e alegria, fazendo crescer sua torcida. No Instagram, por exemplo, tem 800 mil seguidores. 

Não é de hoje que Italo Ferreira desperta admiração. Claro que a praia sempre esteve ao alcance de todos em Baía Formosa, mas o garoto logo mostrou que tinha mesmo talento com as pranchas – se é que podemos chamar de pranchas os pedaços de isopor que ele usava para deslizar sobre as ondas naquela época de dureza. Dentro do possível, Luiz e Katiana Ferreira, seus pais, deram força para o surfista-aspirante, e tudo deslanchou. 

Coruja assumida, Dona Katiana derrete-se: “Italo é um orgulho muito grande. No começou não foi nada fácil, mas ele é muito determinado no que quer, e a gente só podia incentivar. Não tenho nem como explicar. É muita emoção, é tudo de bom. Ele aqui para gente é tudo”. 

 

FOTO JÉRÔME ALBUGUES | FLICKR

 

É justamente o que diz o campeão, quando perguntado sobre o que a família significa para ele: “Tudo! Para chegar até aqui tive que batalhar muito, enfrentar diversos desafios, mas sempre tive a família ao meu lado, sou muito grato por isso”, conta ele, diretamente do Havaí, às vésperas do início da temporada 2021 da World Surf League, o maior campeonato do surf mundial. 

Todo esse afeto só rendeu bons frutosDesde garoto, sua carreira foi surpreendente. Conseguiu o primeiro patrocínio aos 12 anos e logo começou a viajar. Acumulou prêmios nas categorias de base, cresceu, foi conquistando espaço e fazendo seu nomeJá na sua primeira participação no torneio da elite profissional, em 2015, foi eleito o estreante do ano ao ficar em sétimo lugar no ranking. Não é pouca coisa. Entre ganhar a primeira prancha (baratinha, porém de verdade) e o campeonato mundial, em 2019, passaram-se apenas doze anos.  

 

FOTO WSL | POULLENOT

 

É por essas e por outras que o sujeito agitado por natureza certamente continuará a dar trabalho aos seus concorrentes. Concorrentes, sim, mas sobretudo parceiros de batalha como o paulista Gabriel Medina, bicampeão mundial, e o australiano Mick Fanningtricampeão mundial. Desde que se profissionalizou no surf, há cinco anos, é com essa turma que Italo Ferreira tem se encontrado em praias de todos os continentes. 

Eles são veteranos nos circuitos, são atletas que estão por aí há muito mais tempo que eu. Aprendo com todos, mas o Mick Fanning é minha referência dentro e fora d’água. Ele era um cara muito focado no que fazia, o primeiro a chegar na água para treinar, quase o último a sair. Tinha suas metas definidas e foi três vezes campeão mundial, deixando um legado muito grande, admira. É essa a linha de trabalho que Italo adota.  

Em um ano complicado como 2020, em que foram cancelados praticamente todoos campeonatos importantes do surf profissional, o potiguar conseguiu manter a rotina de pegar pesado no aprimoramento da forma física e da técnica. São pelo menos seis horas surfando dia após dia, divididas em três sessões. É uma preparação também psicológica, reforçando a experiência adquirida nos últimos anos. “Muitas das derrotas que eu tive foram aprendizados que me deixam mais forte para alcançar meus objetivos”, diz ele, no melhor estilo Nietzsche, antigo surfista das ideiasE o maior desafio a cada competição é ser melhor que na última. 

 

Fora d’água 

Enquanto os campeonatos não retomam sua força total, o potiguar ensaia voos mais altos que suas manobras radicais, que tanto têm surpreendido os amantes do surf. Agora em 2021, por exemplo, ele deve dar sinal verde para os projetos do Instituto Italo Ferreira. “A intenção é ajudar as crianças da minha cidade e desenvolver um projeto de proteção ambiental em Baia Formosa, promovendo atividades extracurriculares, educação ambiental para pais e filhos, reciclagem… Nossa equipe está cuidando para que esses projetos se concretizem e que possamos ajudar muitas pessoas e a minha cidade, que amo. Precisamos nos comprometer mais com a natureza, que tanto nos dá.” 

A natureza, de fato, está precisando de uma força, sobretudo de quem vive enfronhado nela, até mesmo quando está de folga. É bem o caso do Italo, que não sabe viver longe da água. Em novembro, por exemplo, ainda fora das competições, ele partiu para Portugal, onde se meteu nas lendárias ondas gigantes de Nazaré (casa da brasileira Maya Gabeira, que você conheceu na edição de março de 2020 da Revista 29HORAS). “Foi uma experiência incrível. Amo me desafiar no esporte. Peguei a maior onda da minha carreira e pude treinar em ondas que ainda não tinha surfado. 

Mas essa descoberta não o fez dar nova guinada na prancha e se bandear para as ondas gigantes. “É um outro estilo de surf, que curto fazer pelo desafio, mas não pra carreira profissional”, analisa. 

 

O surfista na conquista do Mundial, no Havaí, em 2019 – FOTO WSL | DIVULGAÇÃO

 

Sonho olímpico 

Entre milhões de problemas provocados pela Covid-19 em todo o mundo, o adiamento da Olimpíada de Tóquio 2020 pode nem parecer uma questão tão relevante para a maioria da humanidade. Porém a gente reconhece que, embora tenha sido uma medida necessária, empurrar os Jogos para julho e agosto de 2021 foi um banho de água fria em atletas e fãs do surf, que finalmente estrearia como esporte olímpico. Mas pelo menos, é bem verdade, surfistas não têm medo de água fria. 

Marolas à parte, a regra é clara: o chamado Festival Olímpico de Surf terá 40 competidores – 20 no feminino e 20 no masculino, sendo dois representantes por país em cada categoria. Pelo Brasil, entrarão nas ondas de Tsurigasaki, a 40 quilômetros de Tóquio, os preparadíssimos Silvana Lima, Tatiana Weston-Webb, Gabriel Medina e, claro, Ítalo Ferreira. Os gringos que tremam na base. 

Para o surfista potiguar, o negócio é treinar com a seriedade de sempre, manter a tranquilidade e cortejar o ouro olímpico. Será a primeira vez do surf na competição”, diz o campeão brasileiro, lembrando de uma questão primordial para o fortalecimento do esporte: “O surf no Brasil veio para ficar, e agora, como esporte olímpico, precisamos de empresas que apoiem as categorias de base pensando no futuro. Já temos empresas no país que estão visando o surf, mas precisamos de mais. 

E é verdade. A Olimpíada é uma vitrine gigantesca para patrocinadores inteligentes em busca de consumidores. Ajudar os quatro brasileiros a aumentarem a popularidade das pranchas no país é uma boa sacada. Há que se considerar que existem por aqui cerca de três milhões de praticantes do esporte, que movimenta 2 bilhões de reais ao ano e emprega, direta ou indiretamente, cerca de 140 mil pessoas, segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Surf. E lembremos que o que não nos falta é litoral a ser explorado. 

Vamos, então, torcer pelas medalhas. A depender do cronograma divulgado pelo Comitê Organizador da Olimpíada, e se as condições do mar em Tsurigasaki permitirem, a estreia do surf nos Jogos Olímpicos será em 25 de julho, domingão, com duas competições. No dia seguinte será disputado o round três; no dia 27, quartas-de-finais e semifinais. A decisão fica para o dia 28, com as baterias da disputa do bronze e a grande final. “Seria incrível trazer essa medalha para o nosso país”, finaliza E nós estaremos lá, ansiosos e torcendo, mesmo que à distância. 

 

FOTO WSL DIVULGAÇÃO

 

 


 

Revista Online: Edição 132 – VCP

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