Influenciadores se reinventam na quarentena com novos aprendizados

Influenciadores se reinventam na quarentena com novos aprendizados

Lives de yoga, aulas online de meditação e dança, exercícios em casa compartilhados no Instagram, workshop de drinks, e-commerce de flores e até leituras de mapa astral são possibilidades para conquistar leveza e boa consciência em período de confinamento. Os produtores de conteúdo e empreendedores têm mostrado incrível versatilidade na quarentena.  

Tábata Chang é formada em Nutrição, trabalha como influenciadora digital no ramo fitness, incentivando pessoas a levarem uma vida mais saudável com bom humor. Para esse período de isolamento, ela compartilha dicas no seu Instagram de como fazer exercícios em casa e atingir o bem-estar. O nome do projeto não poderia ser outro, é Quarentreino.   

Influenciadora fitness Tábata Chang

Influenciadora fitness Tábata Chang

“Não é necessário que você frequente academias ou box de crossfit para estar bem com o seu corpo. Exercícios funcionais feitos em casa poderão te ajudar na conquista da boa forma e, passado o distanciamento social, são boas opções para quem não tem tempo ou não pode ir à academia”, pontua.

Tábata mostra que é possível fazer esses exercícios sem equipamentos ou com conjunto de elásticos e garrafões de águaNo meu perfil, você encontra vários treinos de funcional elaborados por um profissional de educação física. 

A influenciadora é casada com o consultor de marketing e fotógrafo Claudio Marques, que começou a fazer drinques por hobby e hoje compartilha semanalmente as receitas nas redes sociais.

Procuro inspiração no YouTube, em canais como Educated Barfly, Steve The Bartender e How To Drink. Mas também uso apps como o Mixologist para descobrir drinques mais específicas de acordo com os ingredientes que tenho disponíveis”, conta.  

Como os dois buscam uma rotina saudável, as bebidas ficam para as ocasiões especiais e os dias de gravações. “Busco fazer receitas que não levem açúcar também”.  drinque favorito de Claudio é o Manhattan, à base de Bourbon. “É super fácil de fazer e toda pessoa fã de whisky com certeza irá amar. 

Assessor e fotógrafo Claudio Marques com seus drinques feitos em casa

Assessor e fotógrafo Claudio Marques com seus drinques feitos em casa

Tendências dos astros

Para uma verdadeira conquista de autoconhecimento, a astrologia se mostra como um caminho, como régua e compasso.  A astróloga Claudia Lisboa é professora há 40 anos, e hoje disponibiliza cursos online e faz leituras de mapa astral na internet. “O céu afeta cada um de forma diferente e os canais digitais tem possibilitado maior acesso a esse conhecimento”, revela. 

A crise vivida pela pandemia já era prevista por astrólogos e o período é de tirar boas reflexões, que são inadiáveis. “É um momento de mudança de paradigmas, precisamos transformar nossa relação com a economia, com o consumo, com nossas famílias, e isso vem da atitude de cada um”.  

Claudia pontua que, apesar de buscarmos respostas nos astros, tudo depende das ações humanas. O céu aponta tendências, spossibilitarmos as transformações positivas que esse período pede, vamos colher bons frutos daqui alguns anos”. Nas redes sociais da astróloga, é possível mergulhar nessas reflexões.  

Novas cores, texturas e formas

“Preciso trazer vida e cor para a minha casa” e “obrigada, você salvou o meu dia!” são frases que a florista Silvia Meili passou a ouvir muito com o isolamento social. Dona da “Une Fleur Atelier”, em Moema, na zona sul de São Paulo, ela é especialista em bouquets especiais e arranjos. 

 “Agora as pessoas pedem para enviar flores para parentes e amigos que estão sozinhos e distantes, fazendo com que sintam a presença um do outro, é um movimento muito bonito e que, com certeza, traz bem-estar”.

No Instagram do ateliê, chegam pedidos de flores que podem ser entregues na cidade toda. “As orquídeas são as preferidas do público nesse momento, independente de datas especiais, além de arranjos coloridos de astromelias”, conta. Para Silvia, a flor é uma possibilidade de se descobrir e um gesto de carinho e cuidado que se intensificou na quarentena.  

Kit de arranjo e bombons do "Une Fleur Atelier"

Kit de astromelias e bombons do “Une Fleur Atelier”

 

Emicida celebra “AmarElo Prisma” e reflete sobre a pandemia

Emicida celebra “AmarElo Prisma” e reflete sobre a pandemia

Nelson Mandela narra uma de suas atividades favoritas na autobiografia “Longa caminhada até a liberdade”. Cultivar uma horta significava manter-se são na penitenciária, onde ficou preso durante 27 anos sob o regime de segregação racial da África do Sul, o Apartheid. “Eu via a horta como uma metáfora para certos aspectos de minha vida. Um líder também deve cuidar de sua horta; ele também planta sementes, e então observa, cultiva e colhe o resultado”, escreveu.  

Para Emicida, plantar significa cultivar o bem viver e se voltar para o ritmo da terra. Mandela é, inclusive, a leitura de cabeceira do cantor. “As plantas me fizeram ter uma rotina. Notei que a jabuticaba está crescendo, é maravilhoso perceber essa evolução, agora estou dentro do andar natural do tempo”, repara, com um sorriso espontâneo e sincero.  

Em 2019, Emicida lançou o álbum "AmarElo"

Em 2019, Emicida lançou o álbum “AmarElo”
Crédito: Júlia Rodrigues

Seu álbum mais recente, “AmarEelo”, lançado em outubro de 2019, é uma homenagem ao cotidiano tranquilo. “Sou um velhinho de 80 anos no corpo de um rapper”, define o paulistano do “fundão” da zona norte. “Não moraria no centro da cidade, vocês não iam querer me ver na janela pedindo para abaixar o volume do som”, conta o agora morador de uma casa com jardim em Mairiporã, fora do eixo central da metrópole e onde passa a quarentena. “Estou próximo da Cantareira, o ar é mais puro”, defende e brinca.  

O sorriso e o tom de brincadeira talvez não sejam os comportamentos mais associados a um rapper. Emicida quebra estereótipos. A tônica de suas canções continua sendo os apontamentos de uma realidade com violência policial e racismo – questões duramente atuais no mundo -, e desde 2009 está nas rádios, na internet e nos encontros de rima da zona sul da capital paulista, que lançaram o cantor no cenário musical do país.  

Os problemas sociais também são vivências, infelizmente, presentes nas periferias de cidades brasileiras. A São Paulo de Emicida e de milhões de habitantes não foge a essa dura regra. Mas a suavidade, a alegria de viver e o amor são experiências humanas e subjetivas comuns a todos.

Então, o samba, o tom de voz mais baixo, as parcerias com outros ritmos e até o flerte com o pop ganham espaço na obra do artista. “Nos tirar a positividade é reduzir a nossa vida ao sofrimento e àquilo que não é causado por nós”, define. 

 

Emicida em meio às suas criações no computador e anotações

Emicida em meio às suas criações no computador e anotações

Em 2020, ano pandêmico, AmarElo se transformou em “AmarElo Prisma”, cujo conteúdo se espalha em formato de vídeo (às quartas-feiras, no canal no YouTube do rapper), podcast (às sextas-feiras, nas plataformas de streaming), imagem e texto (em seu Instagram, Facebook e Twitter). São reflexões, poesias e conversas. Emicida está em constante renovação.  

Tal qual uma sinfonia, o “AmarElo Prisma” foi organizado em Movimentos, que são lançados e destrinchados semanalmente. São quatro Movimentos no total, cada um regido pelos valores de “AmarElo”.

São: Paz (dialoga com o corpo), Clareza (aborda a mente e a saúde mental), Compaixão (fala da alma, empatia e capacidade de conexão com o outro) e Coragem (diz sobre o coração, o poder de criar uma nova história juntos, independente do medo gerado pelo desconhecido). Esta última, inclusive, traz a filosofia africana Ubuntu como referência (“eu sou porque nós somos”). “Juntos podemos fazer muita coisa foda”, reflete. 

Arte se semeia em casa

Emicida é Leandro Roque de Oliveira. Filho de Jacira Roque. “Fui criado por alguém que mesmo trabalhando duro em casas de família, ouvia muita música no rádio, lia poema em voz alta para treinar a leitura, ela é símbolo de perseverança e força para mim”, lembra. Dona Jacira, como é conhecida pela família e pelos quase 9 mil seguidores nas redes sociais, hoje é escritora e artista plástica.  

Ela lançou, em 2018, o livro autobiográfico “Café”, que narra suas memórias desde a infância – como o período difícil em uma escola de freiras – até a maternidade e outras experiências atuais. Mas Jacira faz isso de forma leve, amarrando as narrativas como se estivesse recebendo o leitor em casa para uma conversa ou um café da tarde gostoso.

“Minha mãe chorou muito quando o Renato Russo morreu, parecia que um tio meu tinha morrido. Ela amava Legião Urbana! É esse o papel da arte na vida dela”, resume o cantor, que também tem um irmão artista – o produtor musical Evandro Fióti.  

Cantor ao lado de sua mãe, dona Jacira, e de seu irmão, Evandro Fioti

Cantor ao lado de sua mãe, dona Jacira, e de seu irmão, Evandro Fióti

Cultivo de boas reflexões

A escuta é, muitas vezes, mais importante que a fala. “Quando nos fechamos em bolhas, ouvimos apenas quem pensa de forma parecida, assim estamos aplaudindo a nós mesmos”, define o rapper, que integra o time de comentaristas do programa da GNT “Papo de Segunda”, agora transmitido da casa de cada um. 

Toda segunda-feira, assuntos comportamentais, políticos e sociais são colocados em pauta para os humoristas e atores Fábio Porchat e João Vicente, o escritor Francisco Bosco,  e Emicida compartilharem suas visões. “Gosto daquele ambiente porque sei que eles terão olhares diferentes dos meus, e eu respeito muito isso, a vida é infinitamente possível”. Tanta sensibilidade faz o cantor parecer o mais quieto, mas, ao mesmo tempo, muito analítico naquele espaço. 

Paternidade e masculinidade são temas comuns nos episódios. “Não sei o que ser homem significa, mas ser pai me transformou em uma pessoa melhor, é mágico”. Emicida é pai de Estela, de 9 anos, e Teresa, de 2. Para o rapper, esses assuntos não eram recorrentes há pouco tempo, mas hoje já dominam rodas de conversas. “Isso tudo graça às mulheres que fazem a denúncia do machismo e aos homens que entram na discussão e conscientizam os outros”, comenta. 

 Flores que se alastram

Entre 2005 e 2009, o cantor ficou conhecido por seus improvisos, que o tornaram um dos MCs mais conhecidos de São Paulo. Venceu onze vezes consecutivas a batalha de MC da Santa Cruz e por doze vezes a Rinha dos MC, encontros em que rappers disputam as melhores rimas.

Na época, Emicida acumulou milhares de acessos em cada batalha sua no YouTube. Leandro, então, criou o acrônimo E.M.I.C.I.D.A (Enquanto Minha Imaginação Compuser Insanidades Domino a Arte). 

Das ruas paulistanas, Emicida ocupou muitos lugares com a sua música. O lançamento de “AmarElo” aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo, em novembro do ano passado. “Muito importante trazer um concerto de rap para cá”, Emicida anunciou no palco. “Isso aqui é o resultado do sonho coletivo de muita gente. Essa conquista é o que anistia o espírito de quem veio antes de nós e sofreu”, declarou.  

E, falando em espírito, Emicida lembra que, há 500 anos, pessoas negras eram entendidas como sem alma e, assim, a escravidão aconteceu e perdurou no mundo. “Parece distante, mas as consequências são muito atuais. No lançamento do álbum, naquele ambiente de arte, pegamos a nossa alma de volta”. 

Mc Carol no desfile da LAB na São Paulo Fashion Week

Mc Carol no desfile da LAB na São Paulo Fashion Week

Os projetos se multiplicam. Fundada em 2008 pelos irmãos Emicida e Fióti, a Laboratório Fantasma (LAB) é um hub de entretenimento que tem gravadora, editora, produtora de eventos e marca de roupas. Em 2016, a LAB estreou na São Paulo Fashion Week. “As passarelas do nosso país precisam ser um reflexo do que se vê em nossas calçadas, aquilo também foi importante para muita gente”. 

Neste mês, estreia a LAB Fantasma TV no Twitch, maior plataforma de e-sports do mundo. Emicida está em todos os lugares. Nas ruas, na TV e nos diferentes palcos, o rapper segue ocupando muitos espaços e, ao lado de outros artistas, planta mudanças importantes por onde passa. 

Papo reto na pandemia da Covid-19 

Emicida discorre sobre os impactos do novo coronavírus no Brasil e os posicionamentos necessários em meio à crise 

Emicida analisa a pandemia e seus impactos no Brasil

Emicida analisa a pandemia e seus impactos no Brasil. Crédito: Victor Balde

Na sua visão, qual o papel de cantores e artistas neste momento?

O mesmíssimo papel de qualquer outra pessoa comprometida com a civilização e não com a barbárie.  Ajudar a construir pontes que facilitem a travessia de quem se encontra em situações mais adversas. Se não for possível ajudar a construir, não atrapalhar quem está construindo já é uma grande ajuda. Artistas não são diferentes do resto dos seres humanos, aliás, para a natureza, a arte nem existe. Tudo é vida, manifestação da existência. Tudo está comprometido com a vida e a transformação necessária para que a vida aconteça, do bolor das comidas que se decompõe até as orquídeas que tanto admiramos.

Então, a arte, para mim, hoje, é se comprometer profundamente com a continuidade do ciclo da vida, isso não é feito somente por profissionais da área. A agricultura familiar produzindo e distribuindo cestas básicas de alimentos orgânicos via Movimento dos Sem Terra (MST) e os médicos no front, lutando contra o coronavírus, é esse o comprometimento com a transformação de que falo. 

Como você tem mudado a sua rotina de criação nesse momento de isolamento? Como é trabalhar em casa e cuidar de filhos e casa tudo junto?

Eu não estou preocupado em criar, sinceramente. Estou preocupado com quem, diferente de mim, atravessa esse período em uma situação desconfortável, de maneira semelhante às que já vivi. Tenho estudado piano, feito tarefas escolares e brincado com as crianças, feito exercícios físicos em casa, meditação, lavado louças e banheiros e cozinhado. Aprendi a fazer queijos e isso tem sido uma alquimia interessantíssima! Uma brincadeira mágica com a microbiologia, que é uma faca de dois gumes, desespera o mundo com a Covid-19, mas também gera as transformações mágicas dos laticínios. Eu me sinto o Rick Moranis no filme “Querida, Encolhi as Crianças”, quando fico observando essas transformações.

O fato é que o meu compromisso é ser uma pessoa melhor, que vai embora daqui sem ter estragado o planeta. Isso faz parte da minha rotina antes da pandemia. Esse é o meu lance: valorizar coisas simples, talvez por isso eu não esteja em frangalhos emocionais como muitos amigos. O sorriso da minha família me recarrega a bateria todos os dias e eu, independente do estresse que sentir, tenho o compromisso de sempre fazer quem eu amo sorrir, nem que seja uma vez no dia. 

Como foi a experiência de fazer uma live? Qual foi o retorno do público?

Bacana, mas nem se compara com um concerto ao vivo. As pessoas interagem bem, é legal o fato de quem está Acre vivenciar uma experiência junto com quem está em São Paulo, simultaneamente. Fizemos uma gigante, 8 horas, só canções de nossa autoria, algo impossível para muitos artistas, mas, para a gente, é só rotina. Nunca tínhamos tocado 8 horas seguidas. Às vezes, os shows têm 4 horas (se empolgamos no improviso), mas nesse aí a gente empolgou mesmo, e ainda faltou música. 

 O mundo vai mudar muito na pós pandemia. Muitos já observam como a mobilidade urbana sofrerá grande impacto, além de preocupações ambientais e discussões de direitos econômicos e sociais estarem muito em alta mundo afora. Mas, na sua opinião, o Brasil acompanhará esse caminho?

O Brasil é o único lugar onde o coronavírus vai se transformar em um detalhe devido à dimensão dos abismos sociais e a irresponsabilidade de quem está ocupando o Palácio do Planalto. Essa brincadeira de chamar pandemia de “gripezinha” vai comprometer, no mínimo, duas gerações. Uma chaga inesquecível.

Lembra quando Israel chamou o Brasil de anão diplomático? Hoje somos menos do que isso, um micróbio irrelevante em qualquer discussão frutífera a respeito de um bom caminho para o planeta. Vai doer e vai doer por muito tempo, por mais que tenhamos mentes brilhantes aqui dentro, o maior freio de mão que poderíamos ter está com a faixa presidencial. Elegeram uma âncora e agora todos vão pagar, pois a única vocação de uma âncora é descer o máximo que puder. 

 O que precisamos fazer para que o amanhã não seja um ontem com novo nome como você canta em “AmarElo”?

Podemos aprender que a perspectiva europeia que ainda norteia as grandes movimentações desse lugar não é necessariamente uma mentira, mas é apenas uma forma de analisar a realidade e que muitas outras podem acrescentar e nos tornar um lugar melhor se as observarmos com a capacidade de aprender. Os Yanomami estão aqui ainda, por que não os trazemos à luz? Povos que antecedem a chegada dos europeus, eles lidam com essa terra há 10 mil anos, tem muito a nos ensinar, mas os parâmetros que essa sociedade preferiu seguir são esses de uma mão única que destrói tudo por onde passa e depois da catástrofe põe a culpa em Deus. Deus é cada árvore cortada e cada criança quilombola chorando por ver sua casa derrubada pelas forças armadas, Deus é sempre o mais vulnerável.  

 

Hora Rio: Veja as dicas da semana

Hora Rio: Veja as dicas da semana

Nos meses de junho e julho, você confere o melhor dos delivery do Rio de Janeiro e as indicações do que fazer na quarentena no Hora Rio. Veja as dicas da semana!

Pratos e quitutes

Surgida em 1999 no Centro, em frente à Confeitaria Colombo, a Deli 43 logo ficou famosa por seus deliciosos quitutes salgados e cachorros-quentes feitos com salsichas ou linguiças artesanais. Sua filial do Leblon está operando com um sistema de delivery próprio, tomando todos os cuidados de higienização que o momento exige. Quem comanda os trabalhos na cozinha é a chef Renata Bellizzi e o cardápio para entregas inclui clássicos (como os croquetes de carne picante, de cogumelos ou de bacalhau) e também tentadores doces, como os quindins, as éclairs e os strudels. Destaque também para as minitortas de brigadeiro de chocolate belga (R$ 13 – foto). 

O serviço de delivery funciona de segunda a sábado, das 11h às 18h, para entregas  em  Ipanema, Gávea, Jardim Botânico, São Conrado, Humaitá e, claro, Leblon. Deli 43: Rua João Lira, 97, Leblon, pedidos pelo tel. 21 2294-1745.

Torta de brigadeiro da Deli 43

Torta de brigadeiro da Deli 43

Casa especializada em carnes na parrilla, aCortés Asador disponibiliza algumas opções de seu cardápio para os clientesda Zona Sul carioca pedirpara delivery, peloaplicativo iFood, sem taxa de entrega. É possível pedir entradas como as rodas de linguiça toscana e grelhados como o top sirloin, o bife ancho, a fraldinha, o salmão e o frango desossado. O menu disponibiliza ainda quatro diferentes hambúrgueres e dois tipos de saladas. Seis combos com valores especiais são exclusividade do delivery, como a costela assada lentamente na parrilla (450 g), servida com mandioca assada e gratinada com queijo coalho, manteiga de alho e farofinha crocante de pão e mais um acompanhamento à escolha do cliente. Perfeito para saciar o apetite de duas pessoas, esse combo custa R$ 118. De sobremesa, aposte no Tableton Mendocino (folhas de biscoito rústico recheadas com doce de leite argentino e polvilhadas com açúcar e raspas de limão). 

Cortés Asador: Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, tel. 21 3576 9707.

Cinema do novo mundo

LoveCine Drive-in é um projeto visionário, que por causa do fechamento dos cinemas ocasionado pela pandemia, vai resgatar os autocines, com sessões para até 180 carros – sempre respeitando o distanciamento e todas as demais medidas preventivas determinadas pelas autoridades de saúde. Instalado no estacionamento da Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, funciona pelo menos até 5 de julho, com duas sessões às quintas e domingos e três sessões às sextas e sábados.

Do Happy Hour à madrugada, as atrações prometem animar os passageiros que embarcarem com seus carros nessa divertida e inusitada experiência. Além de filmes, as atrações incluem DJs, shows musicais, desenhos animados para a garotada e muito mais. Às sextas-feiras, a programação é dedicada aos casais, com um clima mais romântico, enquanto os sábados serão mais focados em filmes de suspense e os Domingos de Glória terão produções musicais e cômicas. 

Love Cine Drive In: Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3.401, Barra da Tijuca. Ingressos a R$ 100 por veículo, à venda emwww.lovecine.com.br  

Venda online de vinho cresce e o momento é de imersão

Venda online de vinho cresce e o momento é de imersão

Os canais de venda tradicionais foram a pique. Restaurantes, bares e lojas estão fechados ou trabalhando com delivery, absolutamente fora de sua proposta. As importadoras de vinho se adaptaram a essa modalidade de venda. Afinal, é o que restou. 

Quem se deu bem e muito bem, foram os supermercados que estão funcionando normalmente. Para se ter uma ideia, o Pão de Açúcar cresceu em 50% as vendas de vinho desde março. Um salto impensável. Outro setor que cresceu foi a venda virtualcomo os clubes de vinho que também experimentam um crescimento semelhante. 

Importante observar que há diversas propostas nesse mercado, há clubes que vendem vinhos de rotulagem linda e com vinhos muito simples dentro e outras que vendem produtos mais selecionados de preços mais altos e de volumes limitados. O fato é que, mesmo com esse crescimento todo, o volume não cobre a perda que se observa.  

Venda online de vinho cresce e o momento é propício para uma imersão em livros e cursos

Venda online de vinho cresce e o momento é propício para uma imersão em livros e cursos

De um lado, cresce o consumo na residência por motivos óbvios, mas de outro as pessoas se restringem com gastos, o resultado é o crescimento dos vinhos mais simples. Eu diria que na faixa de preço de até 50 reais. Os vinhos brasileiros saem ganhando e esses se encontram nos supermercados, como Aurora Varietais, os Almadén e os Salton Classic. 

Isso também se explica porque o câmbio cresceu quase 50% em dois meses e isso reflete em tudo. Os vinhos estão mais caros e vão ficar ainda mais. Um momento muito difícil. Penso que agora os produtores brasileiros deveriam intensificar ofertas e delivery e promover seus vinhos. 

As pessoas não conhecem vinho, não sabem das suas diversas alternativas, de regiões, de estilos, de produtores, etc., e então acabam confiando em quem lhe indica o vinho. Os clubes sempre falarão bem dos vinhos que estão oferecendo, porém para quem é do ramo sabe que hoje, um vinho vendido a 30 reais custou lá fora 1 euro. Isso é algo que os consumidores deveriam ter em mente e dar preferência a um vinho feito em seu país, que nesse momento precisa sobreviver. 

Eu acho que hoje o consumidor deveria primeiro escolher um importador ou um produtor brasileiro em quem confia, quem cuida bem de seus vinhos e são honestos. Então a partir daí você pode escolher entre muita variedade. Hoje todos entregam, é uma facilidade. 

Há também um fator bom para o vinho nisso tudo. As pessoas estão dentro de casa e estão sem a possibilidade de sair, assim podem prestar mais atenção ao vinho que bebem. O vinho precisa disso, pois há diferenças entre eles, entre as castas, entre os assemblages. Quando a pandemia passar, os consumidores estarão mais familiarizados com os vinhos, tenho certeza.  O importante é experimentar, variar, esquecer as notas e palpites de experts de vinho, acredite em você. 

Mergulhe!

"Confissões de uma amante de vinhos" de Jancis Robinson

“Confissões de uma amante de vinhos” de Jancis Robinson

E informe-se, há inúmeros cursos de vinho e livros maravilhosos para se curtir nestes tempos de confinamento, sugiro de cabeça os seguintes: A História do Vinho de Hugh Johnson,A experiência do gosto de Jorge Lucki, “A Arte de Degustar o Vinho” de Enrico Bernardo, Confissões de uma Amante de Vinhos de Jancis Robinson, Vinho para Iniciantes e Iniciados de José Oswaldo Albano do Amarante, Presença do Vinho no Brasil” de Carlos Cabral e “O Gosto do Vinho” de Émile Peynaud e Jacques Blouin. 

Eu tenho um curso que vez por outra é lançado na web, sugiro que o leitor interessado se inscreva em “O vinho é simples 2020” e acompanhe o próximo lançamento. Saúde!! 

Revista Online: Edição 125 – RJ

Revista Online: Edição 125 – RJ