Que tal embarcar em um voo para ‘lugar nenhum’?

por | nov 17, 2020 | Turismo, Viagens | 0 Comentários

Para passageiros ansiosos por não poderem viajar de avião, empresas como a Qantas, a ANA e a Eva Air criaram voos que têm como destino o mesmo aeroporto de onde saíram

 

 

Para acabar com o “sofrimento” dos viciados em deslocamentos aéreos que estão impedidos de fazer viagens internacionais, companhias aéreas estão oferecendo os chamados “voos para lugar nenhum” – viagens que têm o mesmo aeroporto como local de partida e de chegada.
 

A taiwanesa Eva Air ofereceu a 120 passageiros a oportunidade de fazer um voo a baixa altitude pelo Mar do Sul da China, até a turística ilha coreana de Jeju. O passeio, que partiu do aeroporto de Taipei e retornou cerca de três horas depois, teve a bordo comidinhas temáticas e quiz sobre a Coreia. Já a japonesa All Nippon Airways (ANA) operou em agosto um curto voo de uma hora e meia com 300 passageiros a bordo de um avião emulando uma “experiência havaiana”, com decoração, drinques e gifts temáticos. 

A Singapore Airlines teve todos os assentos reservados em 30 minutos para os restaurantes que montou em dois de seus gigantescos Airbus A380 estacionados no aeroporto de Changi, na busca de novas maneiras de arrecadar dinheiro com as aeronaves fora de operação por causa da pandemia. As refeições custam US$ 50 na cabine Econômica, US$ 300 na Business e US$ 600 nas suítes da Primeira Classe. 

Qantas viu os tíquetes para seu voo de sete horas pelos principais cartões-postais da Austrália se esgotarem em apenas dez minutos. 134 passageiros pagaram mais de R$ 4.500 para voltar a sentir o frisson da decolagem, para curtir as vistas espetaculares das janelinhas e se deliciar com as comidinhas especiais preparadas para a ocasião. “Se a demanda continuar, faremos mais alguns desses voos panorâmicos enquanto esperamos a abertura das fronteiras, pois esse foi o voo de venda mais rápida da história da Qantas”, avisa Alan Joyce, o CEO da companhia.

Essas iniciativas fazem valer, mais do que nunca, aquele velho ditado popular de que “o que importa não é destino, mas sim a viagem”.

 


Radar

 

Max liberado
Um executivo da Agência de Segurança da Aviação da União Europeia disse que está satisfeito com as mudanças no 737 Max da Boeing, que tornaram o avião seguro o suficiente para retomar os voos na região antes do fim de 2020. A EASA, sigla em inglês da agência, está revisando os documentos finais para editar uma autorização de aeronavegabilidade, o que deve acontecer nas próximas semanas.

Executivos no ar
A gestora de viagens corporativas A1 vem registrando aumento expressivo na demanda desde maio. “Depois de despencar em abril, a demanda vem aumentando 25% a cada mês”, diz Daniel Schaurich de Oliveira, sócio da empresa. Segundo ele, o preço das passagens deve acompanhar o aumento na demanda: “Os bilhetes estão em média 24% mais baratos do que antes da pandemia, mas vêm encarecendo à medida que aumenta a demanda e o fluxo de passageiros”, diz.

Cruise to nowhere
Depois dos voos para lugar nenhum, a Royal Caribbean promove a partir de dezembro cruzeiros-piloto se preparando para o “novo normal”, saindo e desembarcando em Singapura. Os navios terão capacidade reduzida a 50%, embarque autorizado só para quem tiver teste negativo para Covid-19, uso de máscara obrigatório nas áreas comuns, mesas com distanciamento nos restaurantes, higienizações frequentes a bordo e planos de emergência caso surjam passageiros contaminados. Estão proibidas escalas em qualquer porto. 


 

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